ÚLTIMA CHANCE

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OI MEU POVO DE SORTE.
Sei que dei uma sumida, mas é isso. Quem gostou bate palma, quem não gostou paciência.
Os próximos capítulos serão um pouco mais longos, pois eu tô afim de concluir a história mais rápido, sabendo que ando ocupada e não posso tá atualizando com frequência. Mas enfim.

Esse capítulo, prestem atenção. Vai ser importante mais pra frente. Espero que gostem. Me digam o que estão achando.


POV JULIETTE

Olhando pro relógio pela milésima vez, eu estava pensativa. Dei um gole no café na minha xícara, ainda olhando pra um ponto fixo na parede de minha casa. Estava esperando Sarah. Seria meu primeiro dia de trabalho e ela insistiu em me levar, o que eu não achava uma boa ideia dado as circunstancias, mas precisava agir normal pelo mesmo perto dela.

Basicamente o meu chefe poderia ser o pai do bebê que estava na minha barriga. E Ainda tinha isso. Um bebê. Eu estava ignorando a existência desse bebê até que conseguisse resolver todos esses problemas em que me envolvi. Não conseguia parar pra raciocinar que eu ia ser mãe aos 18 anos. Eu não estava com cabeça pra isso, estava emocionalmente abalada, com medo do que estava por vim.

Era estranho me sentir assim de qualquer forma, sempre tentei manter meus pés no chão, sempre focada e pensando nos meus próximos passos, sem medo de nada dar errado, tentando ser segura sobre tudo que eu sentia e estava fazendo, mas dessa vez era diferente. Agi por emoção na hora de contar a Sarah sobre a gravidez, não pensei nas consequências que isso teria. A realidade era que eu amava Sarah, e eu desejava de todas as maneiras que ela fosse mãe daquele bebê, mesmo sem ter certeza. Eu queria que fosse ela. Eu só conseguiria seguir com essa gravidez se ela estivesse ao meu lado.

Nós ainda não tínhamos conversado sobre isso, eu estava fugindo desse assunto o quanto podia, sabia que uma hora eu teria que falar, teria que sentir aquele ser crescendo dentro de mim. Sabia também que isso mexeria totalmente com todas as minhas emoções, algo que eu tentava ao máximo manter dentro de mim.

Sarah, por sua vez, estava sendo totalmente paciente e esperando o meu tempo. O que me deixava ainda mais irritada e com um sentimento de culpa. Sarah era uma pessoa boa, respeitosa, companheira. Ela parecia estar destinada a fazer dar certo entre nós, e isso só estava me deixando mais apavorada, eu não queria estragar tudo, não queria decepciona-la mais uma vez.

Ouvi a buzina de seu carro me tirando de meus pensamentos e me levantei da mesa. Peguei minha bolsa ajeitando minha roupa de qualquer jeito e sai pela porta. Andei até seu carro sentindo um calafrio percorrer meu corpo. Sentia ansiedade, medo, enjoo, tudo junto. Teria que conviver com a pessoa que poderia ser o pai do meu filho, e ainda com Sarah, que também poderia ser a mãe. Onde diabos fui me meter?

- Bom dia, meu amor. - Ela disse animada quando entrei no carro e sorri tentando não demostrar meu total desespero.

- Bom dia. - Respondi selando nossos lábios. Me ajeitei no banco completamente desconfortável e tentei agir normal pelo menos na frente dela.

- Está ansiosa?

- Sim. E bem nervosa. - Respondi sentindo meu estômago revirar. O pior de tudo era ter todos esses sentimentos estando grávida, parecia que minha aflição estava mil vezes maior. Fora os enjoos e dores pelo corpo.

- E como está meu filho? - Sarah perguntou enquanto dirigia. Ela não me encarou. Sarah sabia que tudo sobre aquela criança ainda me deixava tensa, mas ela não deixava de perguntar.

- Está bem. - Respondi sem muita animação e ela assentiu. - Vou ao médico amanhã.

- Quer que eu vá com você?

STOLEN [ INTERSEXUAL ] SARIETTE Where stories live. Discover now