Capítulo 22

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POV Hashirama

Eu fiquei cheio de esperança de que a Mito sentisse algo por mim por causa das demonstrações de carinho que ela vinha me dando, mas não iria investir pesado nela, tinha medo dela ceder e acabar se arrependendo depois e não poderiamos voltar ao que éramos.

Fiquei feliz na festa quando vi Tōka, ela é uma grande amiga, apesar de ser minha ex namorada, que eu mal tinha tempo para ver nos últimos tempos. Aproveitei o clima de festa e a chamei para dançar depois de cumprimentar meu grande amigo com quem ela se casou. No meio da dança vi os rolinhos primavera e ri com a ideia travessa que passou pela minha cabeça, eu com certeza estava convivendo muito com Kantaro.

— Tenho uma surpresa, abre a boca e fecha os olhos — ela me olhou desconfiada, mas atendeu meu pedido — Experimenta!

Coloquei um rolinho primavera na boca dela e segurei o riso quando Tōka fez uma careta. Ela engoliu para não fazer feio no meio de todo mundo e ameaçou me matar enquanto eu ria. Depois decidi que era hora de voltar para perto da minha esposa, queria grudar nela e não sair de perto nunca mais. Olhei em volta e não a encontrei, fui até Suyen e Madara e vi a esposa do meu amigo me olhar feio.

— Aconteceu alguma coisa? Cadê a Mito?

— Saiu daqui pra não ver a pouca vergonha — Suyen respondeu e saiu de perto, olhei confuso para o Madara que queria rir da situação.

— Mito ficou com ciúmes do seu showzinho com a Tōka — meu amigo falou e eu dei um pequeno sorriso ao constatar que ela se importava — A última vez que vi ela estava com raiva falando com o bastardo do seu irmão.

Fui até Tobirama e comecei a ficar tenso quando não achava Mito em lugar nenhum. Meu irmão disse que a viu indo para a floresta depois que eu dei comida na boca da Tōka, fui até a floresta nos fundos da nossa casa sendo seguido por Madara e Tobirama, travei quando vi algumas manchas de sangue fresco no gramado, minha felicidade por seus sentimentos pouco a pouco se tornou culpa.

— Será que pegaram ela? — perguntei um pouco nervoso e Tobirama expandiu seu chakra.

— Ela ainda está na floresta — nem pensei antes de correr pela floresta procurando por ela — A direita, Hashirama.

Me virei na direção que o Tobirama mandou e quando achei Mito atrás de uma árvore toquei seu ombro e ela se virou rápido, com a mão coberta de chakra me atacando, segurei seu pulso e direcionei sua mão à árvore mais próxima, que quase foi partida ao meio, me dando uma amostra de uma habilidade shinobi que eu nem sabia que ela tinha.

— Eu só vim ajudar — falei com os olhos arregalados — mas parece que você não precisa de ajuda.

— Hashirama — ela se jogou em meus braços e me abraçou apertado, logo depois se afastou e eu vi sangue em seus braços, barriga e rosto, além do cabelo todo desgrenhado.

— Ele machucou você? — perguntei sentindo odio consumindo meu corpo.

— Foi coisa boba, eu consegui fugir, mas ele é bem forte — levei a mão a barriga dela e constatei que a ferida já estava fechada, mas ainda assim eu jamais o perdoaria por machucar Mito — O deixei há alguns quilômetros ao norte daqui.

Madara correu na direção que ela indicou e cinco minutos depois ele voltou trazendo um homem nos ombros.

— Não me disse que o deixou desacordado, ruivinha — meu amigo falou com um sorriso e eu fiquei surpreso, Mito era realmente habilidosa para derrotar alguém que estava no alto da hierarquia de um clã poderoso.

Não voltamos para nossa casa para não estragar a festa, fomos por fora da vila até o centro de inteligência. Madara jogou aquele homem com força do chão enquanto Tobirama pegava a cadeira e as cordas que consomem chakra para prende-lo. Mito estava distante, cabisbaixa e calada, nós três prendemos o Hosokawa na cadeira e saímos da sala esperando que ele acordasse.

— Pode ir pra casa se quiser — falei pra Mito passando a mão em seu rosto e ela deu um passo para trás.

— Tobirama, pode ir lá em casa dispensar os convidados? — ela se virou para o meu irmão que desapareceu no instante seguinte e eu ergui as sobrancelhas, totalmente perdido — Eu vou ao banheiro.

— Você realmente está confuso? — Madara perguntou com deboche — Ela está morrendo de ciúmes, Hashirama!

Tive que segurar o sorriso que queria se formar em meu rosto e fui atrás dela, assim que Mito saiu do banheiro eu segurei seu braço.

— Por que está me tratando assim?

— Eu estou normal — ela respondeu com a cara fechada e eu a abracei apertado, beijando sua bochecha — Me larga, vai agarrar sua amiguinha!

— Então é isso? — me afastei ainda com os braços em volta da sua cintura e vi seu rosto extremamente vermelho — Está com ciúmes da Tōka?

— Não — ela tentou negar e eu abri um sorriso.

— Ela é só uma amiga, Mito, você é minha esposa — falei olhando em seus olhos.

— Mas ela foi sua primeira, não foi? — havia acusação na voz de Mito e eu fiquei sério, me afastando um pouco.

— Quem te disse isso?

— Não importa, ela foi importante e você continua cheio de intimidade com ela — ela levantou a cabeça para olhar em meus olhos e eu inclinei a minha, mesmo pequena ela era um pouco assustadora.

— Só existe você pra mim — sussurrei acariciando sua bochecha que ainda carregava a fofura da juventude e esperei que ela entendesse minha declaração velada — Ela é meu passado e ainda é uma grande amiga, mas você, Mito, é meu presente e meu futuro, assim como Ryu é para Tōka. Não precisa se sentir insegura comigo!

A abracei e ela me apertou em seus braços, enquanto eu acariciava sua nuca com uma mão e apertava a cintura com a outra.

— Mas eu ainda não esqueci você dando comida na boca dela, seu sem vergonha — minha esposa reclamou e eu dei uma gargalhada, indo com ela até a sala de interrogatório onde o maldito Hosokawa havia acabado de acordar.

Madara começou a fazer perguntas e ele ficou calado, não respondia nada, então meu amigo ameaçou vasculhar a mente dele com o sharingan e nesse momento o maldito começou a falar.

— Eu queria pegar essa putinha porque ela é a amante do homem que matou minha esposa — fechei os punhos ao ouvi-lo falando isso da minha mulher — Aliás, hokage, acho que devia agradecer a mim por ela ter se casado virgem, isso se ainda tivesse pureza quando se casou. Você fez algum exame não é? Não da pra confiar numa vadia que fica se esfregando com um homem praticamente pelada na cachoeira!

Madara socou a cara daquele homem e eu vi Mito se encolher, provavelmente pensando que eu a achava uma vadia já que a submeti aquele exame idiota.

— Por que ficou tão irritado, Madara? Não falei nenhuma mentira, quando cheguei aquela cachoeira Satoru estava com a mão dentro da calcinha dessa vadia enquanto ela gemia nos braços dele — outro soco, dessa vez veio de mim — Aaah Hashirama, com raiva porque se casou com uma qualquer?

— Para com isso — Tobirama ordenou, me segurando enquanto eu batia nele — Não vê que ele quer nos fazer perder a cabeça pra mata-lo logo? Ainda precisamos das informações, não caia nas provocações dele, Hashirama!

Eu estava muito incomodado por saber mais detalhadamente sobre ela e Satoru e realmente não imaginava que eles haviam chegado ao ponto de se tocar tão intimamente.

— A propósito, Mito — ele se direcionou a minha esposa, exibindo um sorriso coberto de sangue — Você tem belos peitos, pequenos e empinadinhos, deu pra ver enquanto Satoru os chupava!

Tive que usar todo o meu autocontrole para não matar aquele cara imediatamente, olhei pra Mito com raiva e ela estava muito vermelha e com os olhos marejados.

— Vou te levar pra casa — Tobirama falou parando ao lado dela quando viu sua expressão, Mito ergueu o olhar ferido pra mim e eu dei um sorriso para tentar acalma-la — Você não é obrigada a ficar ouvindo isso, vamos?

Minha esposa assentiu e meu irmão a teletransportou com ele para nossa casa.

— Ela é sua esposa, também não é obrigado a ouvir isso, Hashirama — Madara falou e eu neguei com a cabeça, me aproximando do Hosokawa para continuarmos com aquilo.

A Aliança - Hashirama SenjuWhere stories live. Discover now