Capítulo 1

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— Bom dia, Izuna. — Delilah disse com um sorriso pequeno quando o marido se sentou na mesa de jantar, a observando preparar um café da manhã simples sonolento

Izuna sorriu de volta, a face ainda meio cansada voltando ao normal aos poucos junto de seus bocejos. Hoje era um começo de semana, então o Uchiha tivera de acordar cedo para se arrumar para seu novo dia num novo trabalho.

Uma outra recompensa que ganhou da família Beaufay foi um bom cargo na empresa daquela dinastia, que já vinha desde muito tempo trabalhando e negociando com inúmeros bancos da cidade. A função que recebeu lhe daria muito dinheiro, por ser também o próximo herdeiro daquela grandiosa empresa. Não existia nenhum filho homem na família, logo, o marido da filha mais velha seria o herdeiro, ou seja, Izuna.

O moreno bocejou de novo sobre o pão que colocou na boca, fazendo Delilah rir baixo por causa daquilo.

— Você nunca foi acostumado a acordar tão cedo, não? — a mulher indagou e o moreno assentiu

— Eu trabalhava a tarde, então poderia acordar mais tarde que Madara ou o pai.

— Eu sei, mas ainda assim você era tão preguiçoso. — soltou uma risada mais alta e o fez rir também, mas logo o som de batidas na porta da frente foi ouvida, e Delilah iria se levantar se Izuna não tivesse o feito primeiro

— Deve ser o jornal e cartas, não se preocupe, eu pego.

Delilah assentiu, tomando sua xícara e tomando com satisfação o seu chá de cidreira com mel.

O Uchiha vestia seu roupão quando atendeu ao chamado do carteiro, abrindo a porta e logo sorrindo com uma expressão mais normal de seu dia a dia para Tobirama.

— Bom dia, senhor Senju. Como está o seu dia?

— Cansativo. — respondeu ele em tom baixo enquanto entregava-lhe o jornal do dia — Mandaram uma carta para o senhor hoje.

— De quem? — perguntou, pegando o envelope estendido em sua direção, ignorando a resposta anterior dele

— Não tenho permissão para espiar cartas de senhores como você, de ninguém na verdade.

— Sou eternamente satisfeito contigo por me chamar assim com tamanho respeito, mas não sei se a palavra 'senhor' se ajusta com minha pessoa. — riu ao final da frase, atraindo o olhar calmo do Senju — Sei que não nos conhecemos a mais de duas semanas, mas seria gratificante se me chamasse pelo primeiro nome, acho que não tenho maturidade o suficiente para ser chamado de tal forma.

— Você... Quer que eu te chame pelo primeiro nome?

— Se possível, sim. — deu de ombros enquanto o contato visual estava se tornando duradouro

Mas aquilo não durou tanto quanto esperava, já que o loiro virou as íris para o lado, mostrando uma nítida vergonha ao curvar levemente os ombros.

— Se te agradar... — ele deu de ombros, ainda parecendo acanhado com a ideia

A timidez logo foi compartilhada com o moreno, que desviou o olhar também e mexeu nos cabelos, logo voltando a atenção para a carta. Suspirou quando viu o nome de seu pai como remetente, mas logo voltou sua atenção para o homem a sua frente.

— Sua casa é longe daqui? Você acorda de que horas? Se sente muito cansado ou está se acostumando?...

Ele parecia meio assustado com as perguntas que ainda vinham, mas o que fez o menor parar de verdade foi um grito do outro lado da rua.

— Ei! Carteiro! — Pierre, seu vizinho, gritou do outro lado da rua; sua face gorda estava avermelhada de raiva enquanto ele gesticulava em direção ao loiro — O que diabos está fazendo aí de papinho?! Venha trabalhar e me entregue logo a porcaria do jornal.

Torta de Maçã (TobiIzu)Where stories live. Discover now