Capítulo 26

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Alguém bateu na porta, e assim, Izuna levantou a cabeça rapidamente, em direção ao corredor que levava até a porta de entrada. Em seguida, olhou para Delilah, sentada ao seu lado, e ela o estimulou com um gesto a se levantar e ir abrir a porta, já sabendo quem era a essa hora da manhã. Deu para perceber que Heather ficou incomodada no canto, mas não se mexeu ou ao menos protestou quando o chefe levantou da cadeira, rapidamente indo para o corredor. Já Jessie sorriu minimamente, discreta.

Havia percebido que algo estava errado na relação do chefe e do amante, contudo, por sorte, já aparentava estar resolvido. Ou pelo menos por uma parte.

O Uchiha parou na frente da porta, ouvindo mais batidas e suspirando, limpando as mãos frias e suadas. O coração pesava, o estômago lhe fazia quase passar mal. Iria ver Tobirama de novo? Esperou por uma semana, e nada dele aparecer. Era sempre o mesmo homem. Não tinha tantas esperanças de ser o Senju, porém, ainda assim, seu corpo agia como se tivesse.

Abriu a porta aos poucos, com o olhar baixo, observando os sapatos da pessoa a sua frente. Colocou um sorriso no rosto, apertando a faixa ao redor da cintura, a qual segurava os lados do roupão e elevando a cabeça, pronto para dar bom dia ao substituto, todavia, quase deu um passo para trás quando viu quem realmente era.

Ele estava lá, com a expressão neutra de sempre, não segurando nada nas mãos, com a bolsa lateral pendurada em seu ombro, olhando para si com tanta ênfase que engoliu em seco, corando minimamente enquanto o encarava de volta, mexendo os lábios de vez em quando, sem saber o que dizer.

— Bom dia. — ele disse, com a voz em um tom relativamente baixo, quase como se não quisesse o assustar

— Bom... Dia. — falou, piscando algumas vezes, meio confuso — Eu... Eu achei que estivesse doente.

— Eu estava. — o loiro respondeu — Já estou totalmente são mais uma vez.

— Que bom. — anuiu com a cabeça, cruzando os braços e abaixando a cabeça, engolindo em seco enquanto ele se aproximava alguns centímetros, diminuindo ainda mais o volume da voz — Não tem nenhuma carta hoje?

— Não. Izuna? — lhe respondeu com um resmungo, erguendo a cabeça e ficando muito próximo a seu rosto — A gente pode conversar?

— ...Não aqui. — desviou o olhar, voltando um passo para dentro da casa — Que tal... No meu esconderijo? Aquele que a gente já foi algumas vezes. Você se lembra onde é?

— Sim.

— Resolvido então. — sorriu para ele, um sorriso que não durou mais que dois segundos — Eu prometo te contar tudo, de verdade.

— Eu sei. — o maior assentiu, levantando minimamente o chapéu sobre os cabelos, se despedindo, enfim — Te vejo lá.

Movimentou a cabeça, se despedindo também, suspirando enquanto ele se afastava, sorrindo um pouco no final, ainda preocupado.

Finalmente iria conversar com Tobirama, no entanto, não sabia se poderiam ter algum progresso. O que poderia acontecer era simples. Ou eles se resolveriam ou então não. Tinha uma péssima impressão, a qual embrulhava completamente seu estômago. Considerava o perdão dele algo inalcançável no momento, então a única coisa que conseguia fazer era esperar, e pensar no melhor, tentando não ser pessimista.

×××

A neve no chão começava a derreter, deixando a grama úmida sob o assoalho de seus coturnos. Soltou um suspiro assim que chegou ao seu destino, apertando sua bolsa lateral com cuidado. Ficou estático no início do beco, parado encarando a madeira pesada que tampava a entrada do esconderijo de Izuna, que já deveria estar ali dentro naquele momento. Havia acabado de sair do trabalho e já estava indo em direção ao Uchiha mais uma vez, mesmo que diferente das outras.

Torta de Maçã (TobiIzu)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu