Ava Albuquerque, fazia parte de um esquadrão militar que escoltava médicos da organização dos médicos sem fronteiras por seis meses na África, aos vinte anos. Ao retornar à sua cidade resolveu se formar em medicina e algumas de suas especializações...
A irmã de coração de Ava chegou ao hospital, totalmente perdida, não fazia ideia do que fazer e logo se direcionou para a recepção.
- Boa tarde, como posso ajudar? - Fala uma morena super calma enquanto mexia no computador.
- Quero saber sobre Ava Albuquerque. - A irmã super nervosa pergunta agoniada, tentando parecer calma. No fundo ela sabia que ficar maluca no meio do hospital não ajudaria.
- Sinto muito, ela deu entrada há alguns minutos, não temos notícias. - A morena fala com cautela, sentida, pois como todos os funcionários, sem exceção, estavam preocupados com a chefe. - Peço que se acalme e espere. Vem eu te levo até lá. - A mesma se levantou saindo de trás da bancada e foi até a loira a confortando, a levando para o hall de espera.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
- Todos nós estamos apavorados, estamos tentando não surtar. Ava sempre era humilde, animada, simples e principalmente, brincalhona. - A morena falou levando a loira até o sofá, ao mesmo tempo que um atendente da lanchonete, veio trazer uma água ao seu lado.
- Obrigada, poderia não falar no passado? - Loira fala mais fofa possível, tentando não ser rude. - Ela está viva. - Murmura mais para si mesma do que para a morena.
- Desculpe, senhora. Com licença. - A morena preocupada se despede e volta para o seu posto. A loira bebeu sua água, ficando um pouco mais calma na medida do tempo e seu silencio é quebrado pelo o toque de seu celular.
- Alô. - Atendeu com a voz embargada sem olhar o visor.
- Oi, amor! - Falou o mineiro animado, escutando ao fundo seus amigos comemorando a vitória no vestiário prontos para voltar para o hotel. - Os meninos iram comemorar um pouco e já voltamos. Eles estã.....
- A minha menina, Everton. - A loira o interrompe com a voz chorosa, ela não estava mais aquentando segurar.
- O que foi Marília, está no viva voz. - Escutou o silêncio se impregnando nas duas linhas, depois que Everton falou em tom sério chamando a atenção dos amigos que logo desligaram o som e começaram a prestar atenção.
- A Ava sofreu um acidente de carro. - O silêncio no vestiário continuou, permitindo apenas as imaginações dos jogadores processarem.
- Co....como? - Gabriel gagueja chegando perto do celular, tentando de alguma maneira pensar que tenha escutado errado.
- Está em todos os jornais, o carro está acabado. Eu não conseguir vê-la ainda. - Marília fala rápido andando de um lado para o outro desesperada.
GABRIEL
O ar me faltava, parecia que eu estava em um lugar que cada vez mais ficava sem oxigênio. Meu coração estava acelerado, minhas mãos soavam, minha cabeça explodia. O Everton tinha acabado de desligar a ligação e logo foi pesquisar as notícias enquanto todos arrumavam suas coisas rapidamente em silencio. Por mais que seja pouco tempo mas os meninos amavam a Ava, vê-la antes dos jogos, ela entrava nas brincadeiras deles, cantava com eles, dançava.
