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Henrique|Caveira ☠️

O silêncio reinou na sala assim que a minha irmã subiu às escadas, na verdade o único barulho que dava pra ouvir, era da Analu que batia um dos pés no chão enquanto me encarava com o braços cruzados esperando eu falar.

E mano tudo que eu tinha bolado na mente pra falar pra ela, sumiu pô igual a fumaça dos meus baseados e eu fiquei aqui encarando ela sem saber por onde começar.

Ana Luíza: Vai ficar aí me olhando com essa cara de idiota ou vai falar logo o que você quer comigo? — falou grossa e encarei ela.

Caveira: Coé Analu? Mais respeito no bagulho pô! Não vou admitir tu falar comigo da maneira que tu quer não tá ligado? — falei grosso e ela me olhou com deboche.

Ana Luíza: Que hipócrita você né Henrique? Quer respeito, mas não soube me respeitar. — falou balançando a cabeça rindo.

Caveira: Eu tô ligado que tô no erro contigo porra, e quero te pedir desculpas porque tive atitude de moleque mermo. — me encarava em silêncio. — Tu é uma mina dahora demais Analu, tu é responsa mermo e eu reconheço pô, tu é diferente de qualquer outra mina que eu já me envolvi e por isso que me amarro pra caralho em tu, e porra eu tô sendo purão contigo mermo, palavra de sujeito homem. Eu tô ligado que tenho esse defeito e ajo na emoção pô. — me aproximei dela e segurei sua mão, ela tentou puxar mas não deixei. - Tu não merecia ouvir aquela parada da minha boca não, e nem da boca de ninguém mano, me desculpa mermo. — ela continuou em silêncio. — É isso aí parceira, isso aí que eu queria te falar pô, se não quiser me desculpar eu te entendo e tu tá no teu direito.

Ana Luíza: Henrique eu fiquei chateada realmente pela forma como você me tratou, e pelas palavras que você falou.— suspirou. — Cara só eu sei o duro que eu dou desde quando me conheço por gente para não depender de ninguém pra nada, e você falar como eu fosse qualquer uma, cara me magoou de verdade, eu nem deveria me abalar porque eu sei que não sou nada disso, mas quando ouvimos uma coisa dessa de uma pessoa que gostamos, cara, mexe com a gente.— concordei. — Você tem que aprender o peso das suas atitudes e palavras!—suspirei.— Mas a raiva passou, eu ainda estou chateada contigo mas também vai passar, e bom eu te desculpo, somos adultos e não podemos ficar agindo que nem adolescentes.— abri um sorrisão quando ela disse que me desculpava pô, foi mais forte que eu tá ligado.— Mas a partir de hoje seremos somente amigos. — falou séria.

Porra na hora que ela terminou essa frase, meu sorriso sumiu na merma hora.

Caveira: Qual foi Analu? Como assim mano, só amigos? — ela concordou. — Deixa de ideia errada minha morena. — ela puxou a mão dela que eu ainda segurava.

Ana Luíza: Será melhor assim. — discordei.

Caveira: Melhor pra quem pô? Nós tá se curtindo e se entendendo pra caralho pô, eu sei que teve esse desentendimento aí entre nós pô, mas tamo aqui pra se resolver pô.— encarei ela.— Porque tu quer da rl no nosso lance mano? Tô aqui sendo purão contigo mano.— ela ficou em silêncio. — TU TÁ COM OUTRA PESSOA NÉ ANALU? FALA VERDADE PÔ, CHEGA NA SINCERIDADE CARALHO! — falei puto.

Ana Luíza: Primeiro você abaixa o tom de voz comigo Henrique!— apontou o dedo na minha cara. — A gente acabou de conversar sobre atitudes como essa. — balançou a cabeça negando. — Com você sempre vai ser assim né? Quando às coisas não são do seu jeito, aí você grita, xinga e quer bater como fosse uma cobrança aqui do morro? — suspirei vendo que vacilei. —E outra eu não te devo satisfações nenhuma da minha vida, se eu estiver ou não com outra pessoa é problema meu! A GENTE NÃO TEM NADA! — falou grossa.

Caveira: Porra me desculpa mano.— me aproximei dela que se afastou.— Quando os bagulhos se trata de tu, eu num sei como agir nas paradas e faço tudo errado nesse caralho.— suspirei.— Porra eu te curto pra caralho, tu chegou na minha vida do nada e fez a maior bagunça marrentinha, eu quero continuar com nosso lance pô.

Ana Luíza: Henrique...— suspirou.— Também curto você demais, mas vamos deixar às coisas como estão, vai ser melhor para nós dois, e principalmente pra mim.— neguei.

Caveira: Tu quer isso mesmo pô?— concordou.— Então é isso mermo Analu, se é isso que tu quer, dessa forma vai ser pô!

Saí de casa batendo a porta e deixando ela sozinha ali na sala, montei na minha moto que estava estacionada na frente de casa e meti o pé pro alto do morro, o único lugar que eu ia conseguir ter um pouco de paz no momento, e era isso que eu tava precisando mermo.

Sentei em um banco que tinha ali no alto do morro e coloquei meu celular pra tocar meus raps enquanto bolava meu baseado.

Fiquei ali jogando fumaça pro alto com meus pensamentos além e observando meu morro todo aqui de cima, mas era incrível como até uma música me fazia lembrar da diaba da Analu.

[Música tocando]
A gente se encaixou feito peça
Gostei de você abeça
Beleza singular, riqueza maquiavélica
Achei que cê fosse mais uma, mas
Cê não é mais uma, não
Hoje ela é minha menina,
Linda mulher, libertina 🎶

Coloquei a música no pause e entrei no whatsapp onde tinha várias mensagens, mas estava sem cabeça pra responder, porém a da Jady me chamando pra brotar no barraco dela chamou minha atenção pô.

Cheguei na casa da Jady era quase de manhã, e ela estava no maior fogo do caralho mano, me arrastou direto pro quarto tirando minha camisa, abaixando minha calça e começou a punhetar meu pau e me chupar.

Jady: Que saudades de tu meu preto. — veio por cima.

Caveira: Também tava minha gostosa.— tirei a roupa dela.

Passei o resto da madrugada com a Jady, e quando amanheceu eu meti o pé pra casa que ela nem me viu ir embora.

Cheguei em casa e minha irmã estava na cozinha tomando café com uma roupa social, aí eu estranhei porque a Helô não acostumava acordar cedo e era 6:30HR da manhã e com essa roupa aí parecendo gente?

Caveira: Caiu da cama pô? — negou. — E tu tá toda engravatada aí pq?

Heloísa: Tenho uma entrevista daqui a pouco naquele escritório de advocacia em Ipanema, eu te falei lembra? — concordei.

Caveira: Quer que mande alguém te levar? — discordou.

Heloísa: A Analu vai vim me buscar.

Porra essa diaba me persegue pô? Como vou tirar essa mandada da mente se tudo e todos me fazem lembrar dela mano.

Heloísa: A conversa de vocês não terminou bem né?

Caveira: Terminou como tinha que terminar, quero saber dessa parada mais não. — ela negou com a cabeça.— Ela quis assim pô, eu que num vou ficar me humilhando pra ela, fui sincero e mandei a real no bagulho.— ela discordou.

Heloísa: Vocês se gostam, mas são dois cabeças duras para admitirem pra si mesmos.

Caveira: Morreu essas ideia Heloísa!

Subi pro meu quarto pra não ficar rendendo assunto, tomei um banho e meti o pé pra boca, hoje íamos receber mercadoria e tínhamos que fazer a conferência e abastecer às bocas.

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LEAL - [LIVRO FINALIZADO] Onde histórias criam vida. Descubra agora