Quinze - te peguei, linda...

820 75 12
                                    



Beatrice despertou em um susto, estava desmaiada. Logo sentiu uma dor aguda em sua barriga e um enjoo subindo pela garganta.

Ainda desorientada, olhou ao seu redor e a primeira coisa que seus sentidos detectaram, foi um forte odor de lobisomens, lobisomens os quais ela não conhecia, e o local estava impregnado. Parecia estar no subsolo de algum lugar, talvez uma casa, as paredes eram úmidas e mofadas e a iluminação natural mal chegava aqui.

Tentou se levantar, porém, percebeu estar acorrentada a uma cadeira de madeira também presa ao chão. Sua visão era turva e seu corpo implorava por descanso. Se manter acordada nunca pareceu ser tão exaustivo, é como se tivessem a drogado com alguma substância tóxica, malmente conseguiu formar ideias em sua mente.

Logo, sentiu sua consciência pesar e seu corpo querer se entregar a exaustão, suas pálpebras teimavam em fechar-se, mas, mantéu-se firme por longos minutos que mais pareciam ser eternidades.

Repentinamente, uma voz ecoa por aquele porão.
"achei que não fosse mais acordar"

Parecia tão familiar...
— hm...? – tento enxergar, mas só vejo borrões, aperto os olhos novamente. — stefan?

— não, é o papai noel

— por-que eu t-to aqui?! - sua voz sai arrastada, mas seus olhos estavam cerrados. Ela não suportava sarcasmo.

— ah, sabe como é ne, nada pessoal, mas tenho algumas contas pra acertar com klaus

— e o que eu tenho ha- *tosse* haver?*tosse* porra!

Stefan caminha tranquilamente em sua direção. Ele estava de camisa de manga preta, calça jeans, e no rosto, havia uma expressão séria, como se ele soubesse exatamente o que está fazendo.

— você nem tanto, mas a criança faz parte dos danos colaterais

Sentiu um bolo se formar em sua garganta. Ela queria vomitar, mas antes, queria arrancar a cabeça dele.

"não" - ela tenta gritar, mas sai como um sussurro.

Beatrice lança um olhar raivoso para stefan que em resposta, sua boca se abre em um sorriso frio.

Pelo modo frívolo com que stefan agia e falava, percebe-se que ele ainda está com a humanidade desligada e isso não é nada bom. O pior disso tudo é que a culpa é daquele híbrido arrogante.

— imagina a aberração que essa criança vai ser, isso se ele nascer - riu zombeteiro.

"e-eu vou te matar seu filho da p-puta" - disse entre rosnados.

Ele finge espanto.
— uhh, ela sabe rosnar!

Tento fazer magia, mas me sinto tão grogue que para fazer um simples feitiço, eu teria que fazer um esforço absurdo. Que lástima.

— Você tá horrível sabia? tá tão pálida que eu te confundiria com um fantasma. Mas não julgo! é que eu injetei tanto acônito em você que sinceramente eu to surpreso que esteja viva. - ele fala enquanto rodeia a cadeira que ela estava. — um terço do que eu te dei poderia matar três alcateias inteiras. Mas você é uma loba especial, né? eu sei quem é você...Beatrice Leblanc

Tento novamente me soltar daquelas correntes, mas, sem sucesso. Meus pulsos e tornozelos estavam doloridos de tanto me esforçar.

Ele se aproxima do meu ouvido e sussurra. "me surpreendo que ainda esteja viva, híbrida"

Me esforço mais, e então, flashs surgem em minha cabeça...Eu, mensagem anônima, debby, alguém me apaga e eu apareço aqui.
Claro, eu fui enganada! como eu fui tão idiota?! achei que tivessem sequestrado a debby, mas foi somente uma armadilha e eu caí feito
idiota. Que filho da puta.

The Mating |Klaus MikaelsonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora