Capítulo 27

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Eliza

Dante está me levando de volta para o castelo em seus braços, estou quieta e em silêncio aproveitando um pouco essa situação já que provavelmente não irá se repetir tão cedo.

Eu devia detestar a presença dele, mas não consigo, meu corpo faz o contrário do que eu quero, era para estar brava e não tranquila.

Dante —estou sentindo sua energia ficar inquieta algumas vezes, aconteceu algo para te deixar assim? Me pergunto no que está pensando tão quietinha.— diz normalmente enquanto continua o caminho.

—no quanto parece um demônio, mas está faltando os chifres de corno.— falo e ele para de andar e olha para mim sério.

Dante —você sabe que é mais provável que um par de chifres cresça na sua cabeça do que na minha, você sim é uma legítima demônia nascida no inferno.— diz me soltando fazendo me cair de bunda no chão.

—nem fico impressionada, morenos são tudo mal educados mesmo.— falo pois ele fez quase a mesma  coisa que o homem da cabana.

Dante —do que está falando, sou o único moreno que conhece.— ignoro ele enquanto me levanto.

—não é, tem o das maldições no corpo que me salvou e logo depois me expulsou de sua casa.— quando falo isso o moreno a minha frente paralisa na hora.

Dante —conheceu o Amon?— pergunta mais sério que o normal olhando para mim, tem algo de errado em seu olhar, talvez seja preocupação e medo.

—não sei o nome dele, o desgraçado não disse. Eu diria que ele é você um pouquinho mais velho e machista.— falo indo em direção ao reino caminhando mesmo mancando um pouco.

Dante —esse homem te salvou por saber que era a rainha ou fez sem saber.— pergunta andando ao meu lado, tem algo de errado na voz dele.

—não sei, mas parecia que sabia, me tratou te forma super grosseira e quando me recuperei dos ferimentos me tacou para fora. Também sempre vinha com um papo estranho que mulheres não podem ter cicatrizes etc. Já ia esquecendo, tem um poder de bloqueio que pode ser usado de longe, igual ao seu, mas mais potente e útil.— falo enquanto noto que estamos chegando no reino.

Dante —quem pensa que é para chamar meu poder de inútil?— diz me puxando para seus braços me fazendo encarar seus olhos bravos.

—a rainha talvez.— falo e ele me solta respirando fundo.

Dante —sempre esqueço que agora tenho uma peste com a posição a cima da minha para me infernizar, e tinha que ser uma demônia maldita.— diz passando por mim enquanto caminha, tem algo de errado na voz dele.

—qual seu problema comigo, você do nada começou a me ofender depois de termos começado a falar desse tal Amon.  Se está bravinho vai descontar em alguma outra coisa que não seja a mim.— falo o seguindo seria.

Vejo o moreno parar de andar e ir em direção a uma árvore, sinto a energia dele aumentar,  quando ele dá um soco o madeira se despeça e a árvore quebra ao meio me deixando impressionada e sem palavras.

—por que está bravinho? É complexo de superioridade com certeza, está assim porque sabe que esse tal de Amon é mais forte que você.— falo começando a correr sabendo que vai estourar com a quantidade certa de Pólvora que no caso são os insultos.

Tomo um susto quando ele aparece na minha frente do nada, está me olhando de uma forma tão firme e seria que está me causando um pouquinho de medo.

Dante —peça perdão sua peste.— diz caminhando na minha direção extremamente sério, mas eu corro e abro minhas essas e começo a bater elas para sair do chão rapidamente.

—nunca, e eu acho que essa superioridade toda que você coloca é porque na verdade é um corno traumatizado com a vida.— me viro e vou em direção ao reino voando, consigo ouvir o bater das asas dele atrás de mim, parece que talvez tenha realmente o irritado.

Dante —volta aqui sua peste, não pode dizer isso para mim e fugir depois.— pela voz dele está se aproximando de mim rapidamente.

—posso sim.
(...)

Chego ao castelo cansada, mas não deixo de me apressar para encontrar Cristian, pois Dante está bravo a minha procura, ele é meio louco as vezes então não confio.

Só sinto alguém me abraçar por trás com bastante força e carinho.

Arina —eu pensei que você tinha morrido.— a voz dela mostra tanta preocupação.

—aconteceu algo enquanto estava fora, alguém se machucou.— falo pois estou curiosa por estar sem saber de nada.

Arina —alem de invasão que deixou vários mortos nenhum de nós se machucou gravemente. Onde esteve? Mandei vários guardas procurarem você, mas não achamos nenhuma pista de onde poderia estar.— parece estar esperando eu responder.

—fui salva por um moreno que cuidou do meu ferimento e me alimentou por  dois dias, depois me tacou para fora de sua casa.— falo e ela me encara por um tempo.

Arina —imagino que esteja procurando o Cristian, ele está no jardim, deve estar se preparando para procurar ela novamente.— só corro em direção ao jardim.

Cristian está se preparando para subir em seu cavalo branco, mas o paro com um grito alto chamando seu nome.

Vejo meu favo de mel vir na minha direção, ele está olhando para mim e parece ter se tranquilizado ao notar que estou bem.

—pode trazer minhas servas para cá? Não consigo ficar tranquila, pode ter acontecido algo com elas, estou preocupada.— falo pois depois do ataque elas podem ter ficado feridas, quero que estejam protegidas junto comigo.

Cristian—não fique preocupada minha rainha,  vou mandar Alex ir buscá-las. Agora o que importa é que você está bem, vá descansar, mandarei prepararem um jantar para comemorar sua volta.— concordo com a cabeça, estou com um sorriso no rosto por estar de volta.

—certo.— falo voltando para dentro no castelo.
(...)

Estou na banheira tomando um banho  quente com rosas, pois esse inverno está extremamente frio, eu estava sentindo falta daqui.

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora