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Coloquei a mão na coxa dela, ela prestava atenção no açaí que comia. Só assim pra fazer a doida ficar menos puta.
Fp: tão feia- ela me olhou de cara fechada e eu sorri.
Nossa aproximação foi coisa de doido, já brigamos feio, já chorando juntos, considero essa novinha pra caralho.
Ela conseguiu confortar toda aquela dor, raiva ou qualquer sentimento negativo da morte do meu irmão.
Lorrany: bora, me leve pra casa- tirou a perna de cima da minha e levantou da sacada de casa.
Fp: eu não- ajeitei o cabelo dela,- tá mal falando comigo, acha que não tem que dar satisfações não?
Lorrany: não tenho motivos?
Fp: o que você quer saber?- olhei fixamente no olho dela.
Lorrany: você sabe.
Fp; é o de sempre princesa, rival querendo atingir teu pai.
Lorrany: e tão me escondendo isso? Tenho certeza que vai muito além..
Fp: só tão tentando te colocar em uma bolha pra te proteger.
Lorrany: já tô bem grandinha, não acha?
Fp: sabe se defender sozinha?- ela ficou né olhando na mesma posição por um momento e desviou olhando o chão- tem que entender que eles só querem teu bem.
Lorrany: e se eu não reparasse? Não soubesse da gravidade? Me entende?
Fp: sempre é grave.
Lorrany: mas ninguém me contou! Eu tive que começar a reparar sozinha.. Eu sempre tô sozinha.
Fp: eu sou o que coisa feia?
Lorrany: só me procura quando tá querendo alguma coisa.
Fp; agora eu tô suavão contigo.
Lorrany: por isso o tempo tá virando- me encarou sorrindo, meu olhar quebrou pra boca dela, virei pra frente de novo e respirei fundo.
Fp: vamo lá, te deixo na tua base.
Lorrany: tá vendo? Tava demorando pra me expulsar.
