Game of Crowns [ Taekook, Vkook - ABO ]

Capítulo Um

Boa Tarde Amorecos.

Jeongguk ainda não estava acreditando no que havia acabado de ouvir, nem mesmo cria no que estava vendo no visor da televisão... aquilo era impossível. O alfa de apenas vinte anos teve que parar o seu trabalho para poder prestar atenção no que a apresentadora falava, e mesmo assim, ainda estava incrédulo com os fatos. Até mesmo seu cliente se levantou da 'maca' em que estava deitado para prestar atenção a televisão plugada a parede da pequena sala junto a ele.

— Não creio. — o beta disse abismado, olhando a televisão ao mesmo tempo que voltava seu olhar para o tatuador a sua frente — Puta merda! Você passou nesta porra de seleção, Jeon! Como? — ele o perguntou ainda perplexo, principalmente pelo alfa a sua frente ter um estilo bem diferente dos demais participantes.

— Pelo visto sim. — Jeongguk o respondeu atordoado, olhando fixamente para tv — E eu nem sabia que estava participando desta merda.

A sua fala foi uma deixa para que o beta, um cliente já bem regular naquele estúdio de tatuagem, gargalhasse do mais novo.

Jeongguk bufou, já imaginando quem poderia ter o inscrito naquilo, e seus olhos brilharam, deixando o tom roxo tomar a íris de seus olhos, assim como sua presença começou a se espalhar e impregnar pela pequena sala que era seu estúdio, juntamente com o seu forte aroma de canela. O alfa não estava nenhum pouco contente com aquilo, ele sequer imaginava participar de algo como uma competição, ainda mais sendo uma competição fútil, em que alfas e betas disputariam pela mão do príncipe ômega.

O alfa de fios róseos vivos, quase em tons abrasantes de vermelho, rosnou, agarrando seu celular do bolso de trás da calça jeans surrada e pedindo alguns minutos ao seu cliente, que apenas acenou com a cabeça, já não gargalhando mais devido a presença opressora de Jeongguk. O alfa saiu da sua pequena sala do estúdio passando a língua pelo piercing que ele carregava no canto de sua boca, irritado, e foi para uma parte do estúdio de tatuagem em que ninguém pudesse o ouvir a conversa que teria, já com o número de seu melhor amigo discado em seu telefone.

O estúdio em que Jeongguk trabalhava era clandestino, assim como a grande parte dos estúdios na Coreia, e o alfa trabalhava a pouco mais três anos naquele lugar. Lee Seungri, o seu patrão, viu o talento do jovem alfa quando este ainda tinha os seus dezessete anos, idade em que o Jeon o procurou devido a vaga de emprego para recepcionista do local, mas que vira e meche desenhava algumas das artes que ele tatuava em seus clientes. Em menos de um ano o Lee o convidou para ser um de seus tatuadores, ofereceu um curso ao rapaz para que ele pudesse se especializar naquela área, e em poucos meses Jeongguk já ocupava uma das salas com seus materiais e suas artes.

Em pouco tempo o alfa foi ganhando fama pelos amantes de tatuagens, e hoje, aos seus vinte anos, Jeongguk era um dos tatuadores do Studio VIP mais procurados de Daegu, e o alfa não se via em outro lugar. Ele gostava de seu trabalho ali, gostava da satisfação no rosto de seus clientes ao ver o seu trabalho terminado, e até mesmo pensava em abrir seu próprio estúdio em algum momento de sua vida.