Capítulo 4 - Jessie

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No dia seguinte, na mesma hora eu estava entrando no apartamento da Dona Stella e do gostosão para continuar o meu trabalho.

A manhã foi bem proveitosa, mas não posso dizer o mesmo da parte da tarde. E sabem porquê?

Porque recebi uma "visitinha" que vai me dar o que pensar.

Eu estava distraída com o meu trabalho e com um sorriso bobo no rosto devido aos resultados, que estavam me agradando, quando sou abraçada por trás.

— Shiu!

Recebo um beijo próximo ao ouvido que me arrepia dos pés à cabeça.

— O que você está fazendo?

— O que ambos queremos.

— Quem te contou que eu quero algo do tipo contigo? — Tombo a minha cabeça para o lado dando-lhe espaço para as suas investidas no meu pescoço. — Ambos somos casados e isso...

— Não está certo? — Ele completa a minha frase e apenas assinto. — Quem te disse que não é certo? Eu sei que o teu corpo quer, e eu estou doido para me enterrar em você.

O meu corpo se arrepia inteiro com as suas palavras e "santinho das mulheres casadas", como resistir a isso?

E acabo não resistindo e tenho um envolvimento com o Doutor Diogo.

Repetimos a dose durante toda a semana e hoje foi o meu último dia naquele apartamento. De certo modo fiquei feliz por isso, pois, por mais prazer que eu estivesse recebendo, simplesmente acabou. Ao contrário dele, que quer continuar me vendo.

Assim que saio do prédio ligo para a minha melhor amiga.

— Oi amiga!

— Oi Manu. Tem um tempinho para conversarmos?

— Claro que sim. Vêm aqui para casa, comprei um vinho excelente. Tenho certeza que você vai amar.

A minha amiga me conhecia muito bem, e para colocar vinho na jogada ela percebeu que algo estava me incomodando.

Quando estaciono na rua em frente ao seu prédio saio rapidamente do carro e passo pela guarita já cumprimentando o porteiro.

— Boa tarde Augusto.

— Boa tarde senhorita Jessie.

Recebo um sorriso que retribuo e sigo em frente.

Quando entro no elevador aproveito o enorme espelho e ajeito os meus cabelos.

Me aproximo mais da imagem refletida e reparo nas olheiras. Viro o rosto de lado e no momento em que olho o meu pescoço solto um grito.

— Filho da puta!

O desgraçado deixou uma marca no meu pescoço.

Porra!

Me assusto com o aviso sonoro do elevador informando a chegada ao meu destino.

Assim que saio vou até a porta do apartamento e ajeito o meu cabelo tentando esconder o chupão.

Toco a campainha e sem demora ela se abre.

— Que cara princesa, entra.

Passo por ela e já me jogo no seu sofá.

Quando vou abrir a boca para falar o meu celular toca.

— Oi amor.

— Oi vida. Estou ligando para avisar que ficarei até mais tarde na empresa.

— Tudo bem. Eu ia mesmo te ligar. Acabei de chegar na Manu.

Fire (Série Angel Men MC) - DegustaçãoWhere stories live. Discover now