Fire (Série Angel Men MC) - Degustação

Capítulo 5 - Jessie

Doze dias depois...

Finalmente o grande dia chega e o Dani me leva para o aeroporto em Guarulhos. Por sorte não pegamos nenhum trânsito subindo a serra, mas assim que entramos no Rodoanel em São Paulo enfrentamos um pouco de lentidão devido a um acidente entre dois carros.

Ele dá seta para acessarmos a pista da direita e seguimos o nosso caminho.

Depois de fazer o check-in ficamos perto ao portão que eu faria o embarque e sentamos em duas cadeiras que estavam vagas.

— Vou sentir a sua falta, vida.

Levantei a cabeça que estava apoiada no seu ombro e o olhei imediatamente.

— Tem certeza que quer que eu vá? Ainda dá tempo de...

— Negativo. Vai descansar, aproveitar e esfriar a cabeça. Quero que aproveite. Quanto a sentir a sua falta, eu sinto todos os dias quando saio para trabalhar.

Ganho um belo sorriso.

— Obrigada, eu realmente estou precisando de férias.

Escuto a chamada para o meu voo, e um friozinho se instala no meu estômago.

Amo viajar, mas detesto avião, principalmente a decolagem e aterrisagem.

— Chegou a hora.

Ele assente e nos levantamos.

— Me liga assim que descer do avião, e também depois que estiver instalada.

— Pode deixar.

Nos abraçamos e o beijo de despedida foi bem especial, porém não "proibido para menores", afinal, estávamos em público.

Dou mais um selinho no meu marido e passo pelos portões.

****

Depois de longas horas eu estava no aeroporto de Los Angeles indo em direção a empresa ao qual aluguei um carro, mas antes liguei para o Dani.

— Cheguei no aeroporto, amor.

— Fez boa viagem?

— Sim, o voo foi tranquilo.

— Fico mais sossegado. Agora me avise assim que estiver acomodada.

— Pode ficar tranquilo.

Nos despedimos e entrei na agência.

Ainda bem que o meu inglês era fluente, caso contrário não me arriscaria em vir sozinha.

Mal entrei e uma atendente veio na minha direção.

— Bom dia, em que posso ajuda-la.

— Bom dia. Tenho uma reserva feita em nome de Jessie Albertelli Cabral.

— Sim senhora, sente-se por favor.

Em poucos minutos eu estava com tudo resolvido e indo de encontro a um Hyundai Elantra, vinho.

— Estou me sentindo a poderosa!

Exclamei assim que entrei no carro.

Eu amava esse carro, mas no Brasil ele é bem caro e não tenho como custear um brinquedinho desses. Pelo menos, não por enquanto. Quem sabe um dia.

Coloquei o pé no acelerador e três horas depois estava entrando na cidade de Roxfeler.

Nem precisa dizer o quanto fiquei encantada ao admirar tudo o que passava diante dos meus olhos.

Ruas limpíssimas e arborizadas.

Crianças brincando na praça.

Mães empurrando os carrinhos dos seus bebês.