Livro 01 da Série: Amores Intensos
Aurora e Matteo são pessoas de personalidades diferentes que vivem em mundos completamente opostos: ela, uma secretária, e ele, o CEO da maior rede de empresas mineradoras do mundo.
Matteo precisa de uma namorada...
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(LIGAÇÃO INICIADA)
— Mãe — Abro um sorriso quando ela atende a ligação, apoio meu notebook sobre o meu travesseiro e meus gatinhos se deitam sobre o meu colo — Que saudade dona Laura, eu liguei umas mil vezes essa semana — Meus irmãos aparecem atrás da minha mãe e aceno para eles.
— A internet caiu, não queria voltar nem a custa de reza braba, quando fui ver, eu tinha molhado o roteador — Gargalho enquanto minha mãe conta como molhou o roteador — Como você está? Aurora você está comendo todos os dias? Estou achando você magrinha.
— Mãezinha, eu estou muito bem e me alimentando perfeitamente — Erguo as mangas da minha camiseta larga e faço um muque e meu irmão David me imita.
— Vocês dois são magrelos — Brenda minha irmã faz uma careta e entreabro meus lábios indignada — Dois hucks magrelos.
— Cala a boca sua nojenta — David lhe acerta um tapa e isso é motivo de uma briga se instalar no lugar.
Brenda tem dezoito anos, Fábio dezesseis e David meu irmão caçula dez anos. Eu sou a filha fora do casamento, então sou irmã deles apenas por parte de mãe, tenho mais quatro irmãos pela parte do meu pai, todos mais velhos que eu.
— Calem a boca, vocês não estão vendo que estou falando com a irmã de vocês — Minha mãe tenta acertá-los com um chinelo e eles correm desesperados.
— Aurora, quando você vem nos visitar? — Meu irmãozinho David pergunta enquanto está sentado ao lado da nossa mãe.
— Bebê, ainda não sei, minhas férias estão longe e não posso pegar folgas longas — Ele faz biquinho e beija a câmera do celular.
— Eu te amo irmã — Meus olhos marejam e abraço Mulan e Baguera os mostrando para o David que fica todo feliz.
— Também amo você maninho — Nesse momento o marido da minha mãe aparece atrás deles.
— Quem é vivo sempre aparece — Ele grita fazendo minha mãe acertar um tapa nele, já que gritou próximo ao ouvido dela — Você sumiu, garota.
— Oh, eu tentei falar com vocês a semana toda, mas parece que alguém molhou o roteador — Arqueio minhas sobrancelhas e a minha mãe arregala os olhos.
— Então foi você, mesmo assim jogou a culpa no bobão aqui — Bagunça o cabelo da minha mãe que revira os olhos — Só Deus sabe como eu sofro nessa casa.
— Esse homem apenas reclama o dia inteiro, eu devo ter jogado pedra na cruz, qualquer dia desses eu vou morar com você em Nova Iorque.
— Mãe — Ouço a voz do Fábio ao fundo, olho as horas no meu relógio sabendo que ele está indo para o curso — Estou indo — Ele pega o celular da mão da nossa mãe e faz caras de bocas, digamos que o meu irmão tenha uma autoestima elevadíssima.
