Nada no mundo apagará Nansý Blanc

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𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟎𝟗:
𝐍𝐀𝐃𝐀 𝐍𝐎 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐎
𝐀𝐏𝐀𝐆𝐀𝐑Á 𝐍𝐀𝐍𝐒Ý 𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂

No leito do Hospital Langone, outro casal tinha uma conversa séria. Nansý Blanc adiou contar para todo mundo sobre sua condição e Ashanti não foi uma exceção, sabia como ele reagiria quando soubesse e seria a mesma reação de Seo-Yun. Ele olharia para ela com aquela melancolia, choraria no seu ombro e se perguntaria como viveria ali sem ela ao seu lado.

O motivo maior de Nansý ter guardado segredo era para evitar o sofrimento das pessoas que ela amava, ela não sabia lidar direito com a dor dos outros, ela gostava de diverti-los, de fazê-los rir... Ela era o tipo de pessoa que fazia caretas engraçadas e piadas ruins na tentativa de obter sorrisos, mesmo que estes fossem de zombaria. Era o seu jeito de lidar com tudo. O fato de ter câncer, no entanto, era como se ela escrevesse uma carta de despedida e entregasse na mão de quem amava. Aquilo não faria ninguém rir..., muito pelo contrário.

Como Yun descobriu seu segredo, ela teve que ter outras estratégias. Ela não queria ver ninguém chorando na sua frente, não queria ouvir nada que tivesse haver com "você vai sair dessa e vencerá o câncer", não queria que as pessoas deixassem de viver porque ela estava morrendo e nem queria ver rostos tristes. Yun, Ash e Henry estavam preocupados e queriam apoiá-la, então o último pedido de Nansý Blanc era que eles não agissem da forma como estavam agindo, porque aquilo estava acabando com ela. Já bastava ela estar com uma doença terminal, já bastava estar com o pulmão todo fodido, já bastava estar sentindo dores, ela agora só queria viver o restante dos seus dias fazendo as pessoas felizes. Esse era o seu último propósito, esse era o seu último desejo. Ela estava ali com cara de zumbi deitada em uma cama, tinha paredes brancas e sem graça à sua volta, Nansý apenas gostaria que todos ficassem bem, porque ela sabia, ela acreditava, sim, que logo ela também estaria bem.

Ela teve que respirar fundo para não chorar quando Ash começou a dizer todas aquelas coisas, derramando lágrimas e segurando a mão dela bem forte. Ela amava aquele homem, mesmo com todas as desavenças. Se não amasse, já lhe teria deixado faz tempo, já lhe teria mandado se lascar com todos os seus amigos. Mas não, ela desejava viver com ele em uma casinha bonita, nem precisava ser a mais bonita de todas, nem precisava ser a maior de todas, só precisava ser deles. E os dois seguiriam as suas vidas, talvez se casassem, talvez tivessem filhos, talvez envelhecessem juntos...

Nansý não pensava muito no futuro e os seus sonhos, ao contrário dos sonhos de Yun Baek, eram bem simples. Talvez o seu maior fosse o de se tornar uma modelo, estampando revistas de moda. Mas Nansý tinha os pés bem firmes no chão, aquele era só um sonho, não um objetivo de vida.

Ela e Ashanti se conheciam desde os tempos da faculdade, eles ficaram algumas vezes e aquilo foi se tornando sério. Nansý abandonou os estudos, porque a verdade era que Direito era difícil demais para a cabeça dela, então ela deixou aquilo de lado e ficou apenas trabalhando. Ashanti também não durou muito nos estudos, só que, ao contrário de si mesma, Blanc o considerava brilhante.

Se ele desistiu da faculdade, foi por falta de dinheiro. No fim, o homem também continuou só com o trabalho. Os dois se gostavam, tinham brigas aqui e ali, porém se gostavam. Às vezes eles se separavam, às vezes eles voltavam, e assim o trampolim permanecia em suas vidas.

— É verdade o que a Baek disse? — quis saber Ash, como se ainda buscasse um fio de esperança. — Ela disse que é estágio terminal, isso é verdade, Nansý?

— Sim, é verdade.

— Mas não tem uma única chance de...

— Para — Nansý estava fraca, mas sua voz foi firme.

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⏰ पिछला अद्यतन: Aug 30, 2023 ⏰

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da poeira cósmica, veio a galáxia • daniel sharman जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें