Capítulo 20

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Estava atrasado, mas a culpa era de Mikasa que fingia dormir enquanto estava sem roupa e colada no corpo do marido.

— Mikasa, por favor, estou atrasado.

— Hum, está cedo e você é capitão.. então, pode se atrasar. - Respondia com a voz sonolenta, o que tornava Levi um refém.

— Mikasa, eu tenho que ir trabalhar. - Disse grosso.

— Tsc, está bem. - Sentou-se na cama. — Ranzinza, só queria passar um tempo contigo. - Revelou emburrada.

O Ackerman se ajeitou na cama.

— Eu sei que estou ausente, mas estou fazendo isso por você e o bebê. Eu também sinto a sua falta, acho que isso significa que te amo.

Sorriu boba.

— Nós vamos te esperar. Tome um banho enquanto preparo o seu café. - Sorriu fraco. — E não se esqueça de que nesse fim de semana temos uma reunião.

— Tsc, aquela mulher ainda quer levar você? - Perguntou irritado. — Estarei do seu lado e impedirei que ela tente algo. - Segurou na mão feminina e depois que a viu sair do cômodo, ele foi para o banheiro.

O novo uniforme ainda o incomodava, apesar de deixá-lo mais confortável.

Enfim, arrumou os últimos detalhes e caminhou para a cozinha enquanto recordava do poema que retratou bem a sua relação inicial com Mikasa.

"Amar a minha amada, oh, como amo-te;

Posso nunca provar do seu amor, mas ainda lhe amo;

Amar você é fácil, complicado é deixar de pensar em ti em cada mínimo segundo, pois em cada pequeno detalhe, és você quem está lá, como a minha salvação.

Amar a minha amada, oh, como amo-te!"

Enquanto tomava o café, Mikasa pensava nos nomes que daria a seu filho e imersa em pensamentos, ela nem percebeu que Levi estava ali a observando.

— Pensei que estivesse atrasado? - Indagou sarcástica.

— E estou, mas não posso deixar a minha mulher e mãe do meu filho tomar café da manhã desacompanhada.

Ela sorriu, não conseguindo responder.

(...)

Lia todos aqueles papéis, que parecia nunca ter fim, mas era isso que o acalmava nesse dia, afinal se arrependia por nunca ter dito a ela o que sentia.

E vez ou outra, questionava a si mesmo como seria caso tivesse conseguido revelar seus reais sentimentos. Contudo, agora era tarde pois ele estava nesse mundo e ela não estava mais.

E apesar de está feliz, não estava se sentindo completo e isso até mesmo sua mulher sabia, afinal deixou claro que seu coração tinha uma pertencente e que não era ela.

Assinou o último papel e deixou o quartel, iria fazer uma visita mas antes compraria flores.

Rosas brancas e vermelhas, paz e paixão, ternura e amor.

Depositou as duas flores na lápide de Sasha Braus, sentando de frente para a mesma.

— Olá, bom dia. - Mesmo se esforçando, ainda não conseguia aceitar o fato de que ela estava morta. — Desculpe ter demorado, mas eu trouxe notícias, acho que boas notícias. Estou casado e terei um filho, segundo o que diz a parteira. - Sorriu sabendo que Sasha acreditaria na parteira. — O nome dele é Erwin, em homagem ao falecido comandante. Enfim, eu também resolvi a minha história com a Leonhardt. - A falta de resposta, deixava o Arlert com o coração apertado. — Também consegui unir o Levi e a Mikasa, a filha deles vai nascer um pouco depois do meu. - Sorriu triste ao lembrar dela reclamando que os dois Ackerman eram lentos demais para o amor. — Tsc, me pergunto se um dia terei a oportunidade de amar você e dizer tudo o que sinto quando penso em ti. Eu fui um covarde mas vou procurar por você em outra vida e não deixarei você escapar, Sasha Braus. - Levantou e espanou a roupa. — Tenho que voltar para o trabalho, mas antes de tudo eu prometo a você que nessa vida doarei meu amor que é seu para Bella, mas em outra vida, o meu amor vai ser seu e só seu! Até mais, Sasha Braus.

AckermanWhere stories live. Discover now