Capítulo 2

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Ao abrir a porta olhou com uma expressão incrédula.

- Boa noite, Gizelly.

- Rafaella, você aqui?

- Por que o espanto? – disse a morena com um meio sorriso nos lábios.

- Bom, porque nunca havia vindo até a minha casa e de repente é a segunda vez que vem em menos de dois dias. Algum problema?

- Eu poderia entrar? Se não for incômodo. – Rafaella disse impaciente.

- Ah, sim claro. Por favor.

- Obrigada. – disse adentrando a sala. – O que foi?

- O que foi o que? – Gizelly a observava dos pés à cabeça.

- Por que está me olhando como se eu fosse um animal exótico?

Gizelly não pôde deixar de rir sem jeito.

- Suas roupas.

- O que têm as minhas roupas, Gizelly?

- Nada. É que eu nunca te vi assim... desse jeito ... despojada.

Rafaella usava uma calça jeans justa, uma blusa branca decotada e um casaco preto de linho. Não pôde deixar de gargalhar com o comentário da morena.

- Pra quem toma vinho de sutiã na cozinha de casa, não creio que esteja em posição de opinar sobre os meus trajes.

Gizelly corou.

- À que devo a honra da visita, Senhorita Kalimann? – disse tentando mudar o rumo da conversa.

- Você está tão desorientada que anda esquecendo objetos pessoais no local de trabalho. – Rafaella estendeu a mão mostrando um celular.

- Nossa! – disse estendendo a mão para pegar. – Meu celular?!

- Pelo visto não tinha notado até agora.

- Sinceramente não.

- Quando eu digo que você anda trabalhando demais, você ainda se irrita.

Um silêncio constrangedor pairou no ambiente.

- Que cheiro é esse? – Rafaella perguntou.

- Ah, não! O risoto! – Gizelly saiu em disparada até a cozinha. – Não acredito! Que droga! Queimou.

- O que? – Rafaella a seguiu preocupada.

- Eu estava fazendo um risoto e deixei no fogo baixo enquanto atendia a porta. Achei que seria rápido, não estava esperando ninguém.

- Nossa, me desculpe!

- Tudo bem. – disse mexendo a panela. – Não foi sua culpa.

- Agora estou me sentindo responsabilizada.

- Não se preocupe, Rafaella.

- Olha, eu até faria outro jantar pra você, mas eu não sei cozinhar.

- Por que isso não me surpreende? – Gizelly disse sorrindo ironicamente.

- Eu vou relevar, mais uma vez, essa sua audácia que ultimamente está aflorada, – disse com bom humor – e vou me oferecer para lhe pagar um jantar.

- Não, não precisa, Rafaella. Eu dou um jeito, faço outra coisa. Não se preocupe.

- Ok... Posso pedir uma pizza então?

- Rafaella...

Gizelly mal teve tempo de protestar, Rafaella já discava no celular o telefone de uma pizzaria.

My Boss - Girafa (adaptação)Where stories live. Discover now