Ao abrir a porta olhou com uma expressão incrédula.- Boa noite, Gizelly.
- Rafaella, você aqui?
- Por que o espanto? – disse a morena com um meio sorriso nos lábios.
- Bom, porque nunca havia vindo até a minha casa e de repente é a segunda vez que vem em menos de dois dias. Algum problema?
- Eu poderia entrar? Se não for incômodo. – Rafaella disse impaciente.
- Ah, sim claro. Por favor.
- Obrigada. – disse adentrando a sala. – O que foi?
- O que foi o que? – Gizelly a observava dos pés à cabeça.
- Por que está me olhando como se eu fosse um animal exótico?
Gizelly não pôde deixar de rir sem jeito.
- Suas roupas.
- O que têm as minhas roupas, Gizelly?
- Nada. É que eu nunca te vi assim... desse jeito ... despojada.
Rafaella usava uma calça jeans justa, uma blusa branca decotada e um casaco preto de linho. Não pôde deixar de gargalhar com o comentário da morena.
- Pra quem toma vinho de sutiã na cozinha de casa, não creio que esteja em posição de opinar sobre os meus trajes.
Gizelly corou.
- À que devo a honra da visita, Senhorita Kalimann? – disse tentando mudar o rumo da conversa.
- Você está tão desorientada que anda esquecendo objetos pessoais no local de trabalho. – Rafaella estendeu a mão mostrando um celular.
- Nossa! – disse estendendo a mão para pegar. – Meu celular?!
- Pelo visto não tinha notado até agora.
- Sinceramente não.
- Quando eu digo que você anda trabalhando demais, você ainda se irrita.
Um silêncio constrangedor pairou no ambiente.
- Que cheiro é esse? – Rafaella perguntou.
- Ah, não! O risoto! – Gizelly saiu em disparada até a cozinha. – Não acredito! Que droga! Queimou.
- O que? – Rafaella a seguiu preocupada.
- Eu estava fazendo um risoto e deixei no fogo baixo enquanto atendia a porta. Achei que seria rápido, não estava esperando ninguém.
- Nossa, me desculpe!
- Tudo bem. – disse mexendo a panela. – Não foi sua culpa.
- Agora estou me sentindo responsabilizada.
- Não se preocupe, Rafaella.
- Olha, eu até faria outro jantar pra você, mas eu não sei cozinhar.
- Por que isso não me surpreende? – Gizelly disse sorrindo ironicamente.
- Eu vou relevar, mais uma vez, essa sua audácia que ultimamente está aflorada, – disse com bom humor – e vou me oferecer para lhe pagar um jantar.
- Não, não precisa, Rafaella. Eu dou um jeito, faço outra coisa. Não se preocupe.
- Ok... Posso pedir uma pizza então?
- Rafaella...
Gizelly mal teve tempo de protestar, Rafaella já discava no celular o telefone de uma pizzaria.
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My Boss - Girafa (adaptação)
FanfictionRafaella Kalimann é a dona de uma das maiores empresas do ramo hospitalar do Rio De Janeiro. Gizelly Bicalho é a sua assistente jurídica, mais que isso, seu braço direito. Tudo ia bem até que Rafaella se vê perdidamente apaixonada por sua funcionári...