My Boss - Girafa (adaptação)

Capítulo 24

Me desculpem desde já 🥺

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Ela não sentia seu coração bater. Não conseguia respirar. Parecia que o sangue havia parado de correr por suas veias. Não piscava e nem se movia. Apenas estava ali, parada, tentando não acreditar no que acabara de ver.

Naquela cena absurda que se desenrolava logo a sua frente.

- Gizelly! – Rafaella quase gritou num susto enquanto se afastava de Gabriela.

- Você... – Gizelly tentava encontrar as palavras – Você só pode estar brincando comigo, não é? O que é isso aqui?

Seus olhos já ardiam em brasa e o acúmulo de lágrimas não demoraria a cair. Ela estava sentindo uma mistura de emoções correndo por sua cabeça em poucos segundos.

- Não, Gizelly – Rafaella se aproximou rapidamente – Escuta, eu sei que o que você viu, essa cena... – tentava falhamente se explicar – Não foi nada disso.

- Eu não... – Gizelly abaixou a cabeça sentindo as lágrimas escorrerem pelo seu rosto lentamente.

- Não, não! – Rafaella sussurrou chorosa – Entra, vamos conversar.

Gizelly entrou e foi em direção à sua mesa.

Começou arrumar suas coisas rapidamente, deixando uma bagunça por onde suas mãos trêmulas passavam. Derrubou documentos e arquivos que ficaram espalhados pelo chão.

- O que você está fazendo?

- Eu não tenho nada pra falar com você, Rafaella – disse tentando segurar o choro.

- Ops. Eu... Atrapalhei alguma coisa aqui? – Gabriela questionou totalmente dissimulada com as mãos na cintura.

- Gabriela, vai embora – a Rafaella disse sem tirar os olhos de Gizelly um segundo sequer.

- Mas nós ainda não acertamos os detalhes do negócio, Rafinha... e eu queria passar mais um tempo ao seu lado - a loira sorria com o cantos dos lábios falsamente em direção a secretária.

- Gabriela, saia da minha frente agora antes que eu perca a cabeça com você! – Rafaella vociferou contra o rosto da mulher com uma expressão furiosa.

- Tudo bem – disse em rendição – Mais tarde eu te ligo pra gente se acertar. Vou estar esperando – disse saindo calmamente piscando e encarando a morena juntando os seus pertences.

- Vai pro inferno! – Rafaella gritou e bateu a porta do escritório com força assim que Gabriela saiu.

Gizelly estava sentada em sua cadeira com as mãos sobre o rosto. Tentava em vão limpar as lágrimas que rolavam sem parar por sua face.

Já não conseguia mais prender o choro que estava acumulado há tempo demais para ela conseguir se manter firme.

- Gizelly, me escuta – Rafaella foi até ela e abaixou-se ao seu lado – Por favor, olha pra mim? Vamos conversar.

- Eu já disse que não tenho nada pra conversar com você, Rafaella – dizia com a voz embargada – Eu já tive o suficiente por hoje.

- Gizelly, por favor...

Rafaella sentia seu peito se apertar contra o seu coração. As lágrimas já caíam incessantemente de seus olhos verdes. A mineira estava trêmula enquanto seguia ao lado de sua assistente.

- Não, Rafaella. Não! Tenha um pouco de dignidade e não tenta explicar o que não tem explicação.

- Tem sim, Gizelly! Deixa eu me explicar, por favor?!