Capítulo 4

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Eusébio estava esperando na porta do banheiro quando Rafaella passou por ele como um raio. Ele arregalou os olhos se dando conta de que ela e Gizelly estiveram no local juntas.

- Ai Meu Deus, o que será que houve ali dentro?! – disse a si mesmo.

- Moço, eu preciso entrar nesse banheiro! – disse ao segurança que estava parado em frente à porta.

O segurança de terno preto olhou sério para ele e apontou para a porta, mostrando o símbolo de "banheiro feminino".

- A minha amiga tá aí dentro, ela não está bem. Eu preciso entrar!

Eusébio postou-se para frente tentando abrir a porta, mas o segurança segurou seu braço.

- Cara, eu sei o que você está pensando, que nasceu no corpo errado, que se sente uma mulher e etc., mas enquanto você tiver um pau aí no meio das pernas você não pode entrar no banheiro feminino. Agora você vai colaborar ou vou ter que te tirar à força?

O segurança segurava firme no braço dele, o encarando. Eusébio não teve tempo de abrir a boca para protestar e xingar, quando Gizelly saiu do banheiro da mesma forma que Rafaella, passando por eles apressadamente.

- Gizelly! – Eusébio soltou-se do segurança e correu atrás da amiga

– Gizelly, o que aconteceu? - Alcançou-a segurando em seu braço.

- Eusébio, vamos embora. Eu não estou me sentindo bem.

- Bunduda, calma! O que houve lá dentro? Eu vi quando a Rafaella saiu de lá às pressas também. Ela falou algo com você? Ela fez algo a você? Me fala, porque se aquela vadia te fez algo eu vou lá agora dar na cara dela!

- Eusébio, só vamos embora daqui. Por favor?!

- Ta ok, tudo bem. Vou chamar um táxi.

[...]

Rafaella estava sentada no bar da boate. Virou a quinta dose de tequila pura e logo pediu mais.

- Outra, por favor. – disse ao barman.

- Hey... Você não acha que já bebeu demais por hoje?

Gabriela sentou-se no banco ao seu lado. O show havia acabado há 15 minutos, agora a música rolava do som ambiente.

- Gabrielaaaaa, a DJ mais gostosa que eu conheço. – Rafaella disse sorrindo de cabeça baixa, com os olhos fixados no balcão à sua frente.

O barman colocou a dose de tequila em frente à Rafaella, que ameaçou pegar o copo, mas foi surpreendida por Gabriela.

- Eu acho que pra você já chega. – disse pegando a tequila com mais rapidez e tomando em seguida - Você já está quente o suficiente.-

Rafaella não protestou e sorriu para ela.

- Mas me diz, você está realmente se esquentando pra mim ou é só dor de cotovelo?

- Eu não sei do que você está falando. – Rafaella deu um sorriso de canto para ela.

- Bom, porque a menos que tenha levado um chifre, o que acredito que não seja o seu caso, quem bebe desse jeito, largada no bar com essa cara de depressiva, só pode estar sofrendo de amor. – Gabriela disse com humor.

Rafaella sorriu e levantou-se.

- Eu desconheço todos esses tipos de porre que você me citou. Exceto o primeiro, que a partir de agora pode ser o meu caso.

- Ótimo! Eu vou me fazer de desentendida e fingir que acredito em você. – Gabriela disse se pondo em frente à Rafaella – Afinal, não é todo dia que temos a chance de ir parar na cama de Rafaella Kalimann, não é mesmo?! – sussurrou para ela.

My Boss - Girafa (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora