Dívida Criminal // Kookmin

- Eu sou o pai de Yejun.

Jungkook:

Minhas costas estavam doendo pra caramba. Ficar naquele sofá minúsculo do quarto do hospital era péssimo, pelo menos Jimin teve uma boa noite de sono e estava com uma aparência melhor.

Depois do que ele disse na noite anterior, meu coração só faltou sair do meu peito. Porém aquela confissão não mudou nada entre nós dois, foi apenas a confirmação de que ele ainda sente o mesmo que sinto por ele.

— Eu vou pegar um café e ligar pra casa pra saber do Yê.

— Tudo bem, eu vou ligar pro meu trabalho e pro curso. — ele responde pegando o celular dele que estava na mesinha ao lado da cama.

Apenas assinto e saio do quarto seguindo pelo corredor extenso. Estou com uma fome daquelas, preciso urgente de um pão com um cafezinho.

Entro na cafeteria do hospital, que estava um pouco cheia naquele horário. Faço o meu pedido no balcão e sento numa mesa livre.

Disco o número de Minju e espero pacientemente que ela atenda. Preciso saber como estão as coisas em casa.

—Kook, bom dia meu filho.

— Bom dia, como estão as coisas por aí?

— Estão tranquilas, Yejun ainda está dormindo. E Jimin, comi ele está?

— Melhor, mas ainda vamos ficar aqui até a noite, ele ainda precisa fazer uns exames.

— Quando saírem daí, venham direto pra cá, vou fazer um jantar bem reforçado pra vocês.

— Vou perguntar ao Jimin se ele aceita e depois eu te aviso.

— Fiquem bem, até mais tarde.

Encerro a ligação no momento em que a garçonete deixa meu pedido sobre a mesa. Estava tudo cheiroso e novinho. Comi com calma, aproveitando aqueles tempo sozinho pra pôr minha cabeça e meus sentimentos em ordem.

Ficar assim tão perto de Jin me deixava louco, eu sentia vontade de beijar-lo, de dizer o quanto o amo e o quero de volta. É uma verdadeira tortura não poder mostra o quanto ele me enlouquece.

Acredito que devo ter ficado quase uma hora na cafeteria, o que foi ótimo, me sentia melhor e mais relaxado. Estava chegando no quarto que Jimin estava e eu até ia entrar, mas me vi paralisando quando através do vidro da porta, vi Jimin dando um beijo em um cara que nunca vi na minha vida.

Os dois pareciam bem íntimos e aquilo esmagou meu coração. Jimin parecia feliz com a presença do rapaz.

— É Jungkook, parece que você perdeu suas chances, Jimin está tendo a vida que tanto desejava, uma vida normal. — murmuro para mim mesmo.

Limpo rápidamente a lágrima teimosa que escorre por minha bochecha e resolvo entrar no quarto de uma vez. O som da porta abrindo chama a atenção dos dois e Jimin fica meio sem graça quando me ver.

— Jungkook, esse é o Jaeyoon, ele é meu colega de curso.— Jimin fala. — Jae, esse é o Jungkook, ele...

— Sou o pai do Yejun. — falo pra ele saber que ele não vai ficar bancando o pai do meu filho.

— É um prazer. — ele responde erguendo a mão para me cumprimentar.

Aperto sua mão de volta por pura educação, só que o clima já estava tenso demais. Eu não gostei nada de vê-lo aqui, e ele também não gostou de me ver ali.

— Eu acho que já vou indo, estou mais tranquilo agora que vi que você está bem, Jimin.— Jaeyoon fala.

— Muito obrigado por ter vindo, depois eu te ligo.