+ Beauany | ❛❛ - Acho que você não entendeu, Gabrielly. Não quero uma ligação amorosa com você. Sei que você não tá a fim. Se isso a deixa feliz, também não tô. ❞
Ela está prestes a fazer um acordo com o bad boy da faculdade ...
Any Gabrielly finalm...
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Na manhã seguinte, deixo Josh dormindo em minha cama e me arrumo para o trabalho.
Embora ainda esteja abalada com o que aconteceu ontem à noite, fui totalmente sincera com ele. Não o culpo por perder a cabeça. Na verdade, uma parte rancorosa de mim está feliz que Rob tenha levado um soco na cara.
Ele merece depois do que fez comigo. Mentir sob juramento, dar um testemunho que permitiu que o caso contra Aaron fosse encerrado... que tipo de pessoa faz algo tão cruel?
Mas sei que Josh está chateado com o que fez e sei que vou ter que trabalhar duro para fazê-lo ver que não é o monstro que pensa que é. Mas também não posso faltar ao trabalho, então a Operação Recuperar a Confiança vai ter que esperar. Quando estou vestida e pronta para sair, sento na beira da cama e toco seu rosto.
"Tenho que ir trabalhar" , sussurro.
"Quer que eu te leve...?" Diz entre os dentes em um sussurro. Deduzo que está se oferecendo para me levar, e um sorriso curva os cantos da minha boca.
"Tô com o carro de Shivani hoje. Dorme mais um pouquinho, se quiser. Volto lá pelas cinco."
"Tá." Suas pálpebras tremem, e, um segundo depois, está dormindo de novo.
Preparo uma xícara de café instantâneo na cozinha e tomo em um gole, para fazer meu cérebro ainda enevoado pegar no tranco. Meu olhar se desloca para a porta escancarada do quarto de Joalin. A cama feita me preocupa, mas é apenas por um momento, pois quando olho meu celular, encontro uma mensagem dela de ontem, avisando que passaria a noite na república de Marcus.
Meu turno na lanchonete é caótico desde o início. As pessoas chegam para o café da manhã em bandos, e leva umas boas duas horas até que o período de maior movimento finalmente se dissipe.
Quando a lanchonete esvazia, nem sequer tenho tempo de respirar, pois Della me pede para reorganizar os mantimentos embaixo da bancada antes da correria do almoço. Passo a hora seguinte de joelhos, movendo pilhas de guardanapos e pacotes de açúcar de uma prateleira para outra e trocando as canecas de café por copos de vidro.
Quando me levanto, levo um susto ao encontrar um homem sentado na banqueta à minha frente. É o pai de Josh.
"Sr. Beauchamp" , ranjo de surpresa. "Oi."
"Oi, Any." Sua voz é fria como o ar de inverno fora da lanchonete. "Precisamos conversar." Precisamos? Merda. Por que tenho um pressentimento de que sei exatamente sobre o que ele quer falar?
"Estou trabalhando" , respondo, de um jeito estranho.
"Posso esperar." Merda mil vezes merda.
São dez horas, e não saio daqui até as cinco. Será que ele vai mesmo sentar e esperar por sete horas? Porque de jeito nenhum vou conseguir completar meu turno com ele aqui me olhando o tempo todo.
