Amore, Guerra e Gigli - Chaenzo (EM REVISÃO)

Sedici

    ㅡ Você vai atrair ele para essa rua, ok? Os atiradores estarão esperando lá. -Vincenzo explicou cuidadosamente, apontando o local exato no mapa.
    ㅡ Certo. -Assenti nervosa. Eu já estou arrumada para o enterro da Oh Ji-hye. Não que eu vá. De acordo com nosso plano, é bem provável que Kim Dong-hae mande alguém me seguir quando eu estiver dirigindo para o cemitério.
    ㅡ Quando um dos atiradores furar o pneu do carro deles, ou eles vão parar, ou o carro vai capotar. Não tem como fugir dessa. É bem provável que o cara que Kim Dong-hae enviar para te seguir, seja o mesmo que matou seu pai e Oh Ji-hye. Geralmente só se confiam em uma mesma pessoa para fazer esse tipo de serviço. Ainda mais quando ela o faz sem deixar rastros.
    ㅡ Ok. Eu já vou descer, ou então vamos nos atrasar. -Avisei nervosa. Não estou nem conseguindo disfarçar. Vincenzo colocou suas mãos uma em cada um dos meus ombros.
    ㅡ Não vai acontecer nada com você. Eu prometo. -De alguma forma, as palavras dele me deixaram mais tranquila. Foi involuntário.
    ㅡ Eu acredito em você. -Ele sorriu sem mostrar os dentes e se afastou.
    ㅡ Assim que entrar no carro, me ligue e fique na ligação até que tudo tenha acabado. -Concordei com a cabeça e saí do apartamento.

    A primeira coisa que fiz ao entrar no carro, foi ligar para Vincenzo, colocar no viva voz e prender o celular no apoio.
    ㅡ Meus homens avistaram um carro preto na rua de passagem para onde você vai. Ele está parado lá desde hoje mais cedo. Ninguém saiu, ninguém entrou. É bem suspeito. Já estamos de olho nele, pode dar partida. -Vincenzo alertou.
    ㅡ Ok. Eu vou ficar atenta. -Dei partida no carro e ao passar pela rua que ele falou, eu vi o carro preto.
    ㅡ Coincidentemente, o carro começou a se mover, está indo na mesma direção que você. -Eu não respondi, apenas olhei pelo retrovisor e vi o carro atrás do meu.
    Eles não aumentaram e nem diminuíram a velocidade, estão me acompanhando no mesmo ritmo que eu.
    ㅡ Quando eles verem que você passou do cemitério, vão saber que você percebeu que está sendo seguida, e não vão parar até te encurralarem. Mas nós vamos fazer isso antes deles. -Vincenzo continuou.
    Quando eu passei pelo cemitério minhas mãos começaram a suar. Dirigi por mais alguns minutos até chegar na rua deserta onde os atiradores estão escondidos.
É uma rua daquelas onde só há árvores dos dois lados. Nada de residências ou comércios.
    ㅡ Se prepara pra acelerar. Um, dois, três! -Pisei o pé com tudo no acelerador, foi o exato momento em que escutei algo estourar. A arma dos atiradores tem silenciador, então só pode ter sido o pneu do carro deles. Ao me distanciar, eu fui diminuindo a velocidade e olhei para o retrovisor mais uma vez. O carro deles capotou e está parado no canto da estrada. Vi um outro carro se aproximar e Vincenzo sair dele ao lado dos outros homens. Dei meia volta e fui até eles.
    ㅡ Os dois estão vivos, senhor. -Escutei um dos homens falar quando eu desci do meu carro, caminhei até Vincenzo e parei ao lado dele, que me olhou preocupado.
    ㅡ Você está bem? -Balancei a cabeça, assentindo. ㅡ Acabou, Cha-young. Agora nós vamos descobrir a verdade.

    Chegamos em um galpão afastado da cidade e então os homens do Fabio levaram os dois assassinos para dentro do mesmo.
    ㅡ E agora? -Perguntei ansiosa.
    ㅡ Vamos fazer os dois falarem tudo o que sabem. Por bem ou por mal.
    ㅡ Descubra quem matou meu pai, por favor. -Ele concordou. ㅡ E me deixe acabar com ele.
    ㅡ Cha-young...
    ㅡ Eu estou implorando. Eu tenho o direito.
    ㅡ Tudo bem. Mas não entre no galpão agora. Me espera no carro. Vou deixar dois homens vigiando aqui fora.

    Percebi uma movimentação e olhei pela janela, vendo Vincenzo sair do galpão. Passaram-se cerca de vinte minutos, e eu esperei pacientemente. Saí do carro e corri até ele, que limpava suas mãos com um lenço branco, mas que logo foi ficando manchado de vermelho.
    ㅡ E então?
    ㅡ Demorou muito, mas ele admitiu. O assassino do seu pai é o que está de camisa preta. -Estendi minha mão, esperando que Vincenzo me desse a arma dele. ㅡ Você tem certeza?
    ㅡ Absoluta, Vincenzo. -Afirmei convicta, mas na verdade estava insegura.
Ele me entregou a arma e eu adentrei o galpão. Os dois homens estavam amarrados em cadeiras, lado a lado. Um vestia uma camisa branca, mas eu só me concentrei no de preto. Seu rosto estava completamente ensanguentado e eu avistei cinco dentes no chão perto dele.
Ergui a arma na altura do meu olhar e mirei nele. Tentei estabilizar minha respiração, mas não consegui.
Pai, por favor, me ajude.
Minhas mãos começaram a tremer, mas eu não as abaixei.
Esse cara matou meu pai, sem ter direito algum. Então por que eu não consigo fazer o mesmo com ele? Eu posso sentir a ira consumindo o meu corpo, mas o meu dedo travou no gatilho e eu não consigo disparar.
ㅡ Vamos Cha-young, você pode fazer isso. Lembre-se de quem ele é. -Murmurei para mim mesma.
ㅡ Não. Lembre-se de quem você é. -Alguém sussurrou no meu ouvido. Uma mão cobriu as minhas que seguravam a arma e me fez soltar a mesma lentamente. Vincenzo me virou para si e eu abracei sua cintura, escondendo meu rosto em seu peito e soluçando sem parar.
Me desculpa pai. Me desculpa por ser tão fraca.
ㅡ Pode deixar isso comigo. -Abri meus olhos e por cima do ombro de Vincenzo, eu vi Fabio caminhar em nossa direção.
Vincenzo nos guiou para fora do galpão e eu o encarei.
ㅡ Por que eu não consegui? Por que? Eu precisava fazer isso pelo meu pai!
ㅡ Claro que não, Cha-young. A última coisa que o seu pai ia querer nesse mundo era ver a filha se tornar uma assassina, sujar suas mãos com um sangue que não vale a pena. Você não foi capaz porquê não é cruel como aqueles dois homens dentro do galpão. Eu fiquei aliviado que você não tenha conseguido, isso te livrou de ser assombrada pelo resto da vida.

Autora: Eu me importo muito com a preferência dos leitores. Então venho perguntar aqui o que estão achando até agora? E se vocês querem que tenha hot ou não? Espero que me respondam, por favor <3