Capítulo 10

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"Quando nasce um bebê: nasce uma mãe, nasce o amor, nasce a saudade e nasce o ciúme.

Quando nasce um bebê a vida renasce."

Jhonsons

Mas quando morre uma mãe...

Morre também uma parte do filho...

Lena Rossi

- Nossa acho que peguei no sono - falei sentando.

- Nós estávamos conversando e de repente você ficou quieta, te olhei. Estava dormindo.

- Nossa desculpe Dê, te deixei falando sozinha... - olhei com vergonha e começamos a rir.

- Pois é, não seria a primeira e nem a décima quinta vez não é?

- Verdade Denise... - fiquei pensando - eu nunca fui uma boa amiga... Isso que é a verdade!

- Para com isso! É claro que isso não é verdade! - disse me abraçando - se você não fosse, seríamos amigas por toda uma vida?

- Sei lá. Você pode ser doida! Masoquista? - perguntei.

- Vamos lá seu pai está te esperando. - disse me fazendo levantar.

- Já vou, diga para ele que não demoro, preciso ir ao banheiro. - falei entrando no banheiro.

Eu estava com uma sensação estranha, como tentando evitar esse encontro com meu pai. Olhei no espelho e falei:

- Vamos Joana! Força e coragem mulher! É seu pai que está ai. Ele precisa de você agora.

Lavei o rosto e saí.

Cheguei a sala meu pai estava de costa e olhando pela janela, mexia com alguma coisa nas mãos. Minhas pernas fraquejaram.

- Oi pai...

Ele se virou e me olhou. Mergulhei nos braços dele e chorei. Chorei muito, tanto que eu não sabia de onde vinham tantas lágrimas. Não conseguia falar... Denise veio com água, lenço de papel depois um chá de camomila. Eu mal consegui falar.

Um tempo depois estávamos sentados e eu um pouco mais calma.

- Pai conta tudo... O que aconteceu para chegar a esse fim?

Ele olhou para Denise, ficou pensativo e quieto.

- Filha não é momento para ficarmos falando disto. Melhor você descansar... - o cortei levantando.

- Pai! Sem essa! Quero saber tudo!

- Filha nesta altura que diferença vai fazer?

- Toda! Minha mãe morreu e eu nem sabia que ela estava doente! - falei alterada.

Ele levantou e caminhou pensativo de um lado a outro. Depois sentou.

- Filha, senta aqui. - ele pegou minhas mãos - sua mãe... Você sabe, sempre foi muito preocupada e ansiosa, - concordei com a cabeça - nos últimos meses essas coisas estavam a atormentando muito.

- O que exatamente?

- Ela começou a ter crises de ansiedades, achava que estava tendo infarto, e em várias ocasiões eu a levei ao pronto atendimento cardíaco e eles diziam que não havia nada de anormal com o coração dela. Era somente ansiedade.

- Mas o que levou a óbito?

- Na verdade acabou sendo uma parada respiratória mesmo.

- Então ela estava certa, havia alguma coisa.

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⏰ Last updated: Jan 24, 2017 ⏰

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