Capítulo 3 B

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Capítulo 3 B


Certo dia eu recebi flores.

Agradeci ao Maurício a noite toda feliz. Não eram dele, e pior foi ele ficar bravo comigo. Depois de alguns dias chegaram mais, dois dias depois mais... Os cartões nunca vinham assinados. Somente com frases bonitas e românticas.

Ele ficou com muitos ciúmes e queria descobrir quem era o autor. Mas por mais que tentávamos, nada sabíamos, continuava o mistério. Cheguei a ir às floriculturas, mas nada! Eles diziam ser confidencial o autor dos envios.

Eu achava ser coisa da Adriana.

Confesso: eu colocava a culpa de tudo nela.
Até que as minhas desconfianças pararam em certo garoto, Marquinho, ele começou a deixar claro que paquerava comigo.

Pior, ele namorava uma amiga da Denise e ainda jogava charme para mim. Um dia ele chegou perto de mim e disse:

- Se você aceitar namorar comigo eu termino com a Márcia hoje. – falava com um pirulito na boca. Eca!

Eu pensei que ele estava de brincadeira. Não dei confiança e ainda falei:

- Pare com essa brincadeira, pois a Márcia não merece isso!

E era a mais pura verdade, ela era uma graça de garota.

- Pense no assunto, pode ser sério da minha parte.

- Eu te mandaria catar coquinho no deserto neste caso. – falei para ele, e passei a evitá-lo.

Quando contei para Denise, ela ficou indignada com a conversa dele para cima de mim, pois ele e a Márcia namoravam fazia mais de dois anos, não era um relacionamento superficial, ou pelo menos ela pensava assim.

E essa história não parou nisto. Rolou uma conversa que eu ficava dando em cima dele. Até que chegou aos ouvidos da Márcia e do Maurício. Foi uma confusão. Pois eu sabia que era o próprio Marquinho que estava dizendo essas coisas. Eu já não suportava olhar para a cara dele, era um arrogante e prepotente, achava-se melhor que todo mundo, seu pai era um advogado respeitado e diziam ser o melhor da região, e ele se achava por isso.

Um dia eu estava em uma lanchonete com a Denise e mais algumas pessoas, ele teve a audácia de bloquear minha passagem quando eu ia ao banheiro, e depois de um papo furado ele me beijou a força. Sentei a mão na cara dele, e pior, na frente de muitas pessoas, que pararam para olhar o que estava acontecendo. Ele ficou uma fera comigo, indignado com minha atitude e ainda de empurrá-lo para sair da minha frente.

E ainda teve a coragem de ficar falando alto para eu largar do pé dele. Um verdadeiro idiota e cara de pau.

Mas esse acontecimento não ficou somente nisto, o caso se espalhou pela cidade, já viu cidade pequena um acontecimento desses é igual fogo no mato seco.

Definitivamente eu não o suportava, não queria vê-lo na minha frente, como se diz, nem pintado de ouro.
E por causa de tantas fofocas, eu e Maurício acabamos brigando, e a Adriana aproveitou esse momento para consolá-lo. Isso acabou me tirando do sério. Podia ser qualquer pessoa, menos ela, e com certeza ele sabia disto.

Por isso brigamos feio e terminamos.

Ficamos quase um mês sem conversar. E quando nos encontramos ao acaso, em uma festa, reatamos, e passamos a noite juntos.

Foi lindo nosso reencontro. Nesta festa eu fui por insistência da Denise. Estava achando tudo chato até que olhei para o bar, lá estava ele. Nossos olhos se encontraram e eu ganhei um sorriso mais lindo do mundo. Cheguei perto dele e perguntei se estava tudo bem, porque não era comum ele está em Viana durante a semana, era uma quinta feira. Ele simplesmente disse:

Verdades Secretas - A venda na amazon.com.brWhere stories live. Discover now