XXXIV- O inevitável.

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//após semanas//
ネコ//Izuku pov//ネコ

Cada vez mais por algum motivo, sinto meu corpo fraquejar. Os experimentos que eu faço em mim mesmo podem estar me retardando, mas não é motivo para parar.

Fico horas por trás de uma mesa na academia de heróis, e faço o mesmo tanto na clínica como em casa até no novo aposento mais escuro e mais empoeirado da liga, por algum motivo o rato chefe tem mais esconderijos do que parece, ótima forma de fugir das ratoeiras.

No telefone eu converso com vários pacientes, deixo recomendações das medicações e claro, meu trabalho como um anti-heróis funciona via rede telefônica.

Por motivos desconhecidos, observo Nightmare um tanto quanto diferente de mim. Enquanto conversa comigo em minha mente, nada silenciosa porém habitável, percebo mudanças em sua aparência, e o local um tanto escuro começa a tomar forma enquanto tenho pequenos intervalos de sono.

Já se foram dezenas de heróis se comunicar comigo desde a partida de Hawks, uma pena devo dizer.

Sem dúvidas não encontrar um corpo completo, apenas seus ossos, nada de digitais. Encontrar um assassino nunca foi tão difícil, eles disseram.

Poderia ter sido menos cruel, o matado de forma mais digna. Assim talvez teria algo a mais em seu túmulo sem graça.

Nada me incomoda mais que esses pensamentos, a voz de cada um dos que tirei a vida. Não me perturbam, muito pelo contrário, acabam me incentivando quando está prestes a acontecer.

O uso do tapa olho acaba sendo algo normalizado, já meus óculos? Não os aguento em meu rosto. Eu já enxergo somente com um olho, agora de fato precisar de um óculos me atrasa.

Não estou usando como deveria. Não estou cuidando de mim como deveria na verdade, casa vez mais me perdendo nos meus planos.

Distrações como a preocupação com os outros a minha volta me fazem regredir um pouco.

Minha mãe parece cada vez mais doente, Iida cada vez mais distante, meu pai cada vez mais traiçoeiro.

Não entendo como ele consegue permanecer no mesmo teto que todos e não mover um dedo. Oh claro, debilitado pela própria amargura e pelo seu egoísmo de sempre.

Envelheceu muito mal.

A verdade é que sempre tenho medo, de perder aqueles que pretendo proteger.

Ter um irmão, uma "filha" ou uma equipe maior é uma responsabilidade. Não falo como se fosse só minha, mas é algo pessoal.

Formigamentos e frio na barriga constantes, as pílulas fazem efeito.

Quanto mais eu testo mais perto de um resultado eu fico.

Não é uma vida eterna ou uma morte pacífica que procuro, é uma saída. Uma saída para o que seria o sofrimento humano, sendo resumido a pó.

Sensação um tanto quanto... Satisfatória, ao meu ver é mais que vingança.

Tudo pra mim ultimamente é mais do que parece ser, descobrir o que posso fazer com o que foi concedido a mim acabou me dando essa perspectiva.

"𝑴𝒆𝒖 𝒏𝒐𝒎𝒆 é 𝒂 𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆" - Uma Jornada DiferenteHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin