XLIII: Pesadelo dentro de casa.

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メBakugou povメ
!!Tw: gatilhos, problemas familiares.
-Cuidado Bakugou kinnies-

─ Eu já entendi, bruxa velha...- repondo mais uma vez tentando parar essa briga infinita.

─ Ah claro que entendeu. Diz isso e ainda faz errado. Tem noção que poderia ter morrido? OU PIOR, MATADO ALGUÉM?

Isso é ensurdecedor.

Eu poderia não pensar assim, mas fazer o que, é a minha realidade no momento.

─ Você acha pior eu ter matado alguém ao envés de morrer? O que eu tinha que fazer, eu fiz, e muito bem feito. O melhor é que eu poderia ter morrido. Era isso ou ficar completamente surdo, infelizmente ainda consigo lhe ouvir reclamando.

Apesar de não ser da boca pra fora, não devia ter dito isso. Mas quem liga pra essa merda, nada que eu digo ela leva a sério e nem ao menos se importa.

─ Katsuki, não seja insensível. Seus amigos-.

─ É a quinta vez que eu falo, meus amigos estão vivos... Em algum lugar estão. - Eu não consigo brigar com minha mãe sem ao menos tremer a voz, não sobre isso.

Eu estava desacordado, com toda certeza ouvir que a maior parte das pessoas que eu ajudei estavam... Enfim, não foi a melhor coisa a se ouvir assim que eu abri meus olhos.

Deku se foi. E eu gostaria de acreditar que isso não é culpa minha, por que é.

Fui cúmplice de um assassinato planejado, que estava tão na cara e eu ajudei sem saber.

Ou sabendo.

Nem eu consigo me entender.

E de brinde, levei sermão do cabelo de merda... E de todo o resto.

║ Flashback ║

─ O que infernos deu em você?! Ajudando quem queria destruir a gente? - Mina começa a gritar desenfreada.

─ Cara isso não foi sensato, eu quero dizer que não pareceu o que foi... Mas...- Sero diz meio lento e confuso.

─ O ponto é que você trocou a gente, você e Kaminari, trocou a gente... Me trocou.

─ Kirishima, isso não foi sobre você e nem ninguém... Você nem estava falando comigo, tudo que eu fazia você reclama e ainda me afastou mesmo sabendo que eu estava tentando melhorar! - disse rangendo os dentes.

─ Te afastei? Era só você se esforçar pra lidar melhor com todo mundo ou sei lá, tudo você acha que é culpa minha agora?  Eu achei que isso iria dar certo ou que você gostava de mim de alguma forma, você só decepciona. - A rispidez nítida na sua voz é irritante.

─ O que foi agora? Vai querer dizer que tudo que eu fiz foi por charme?

─ Talvez! Quem sabe? Você é completamente imprevisível.- Nunca o vi sério, e eu sinceramente morreria pra não passar por isso de novo.

─ Ok, quer falar do imprevisível? Porque não falamos do merdinha de quatro olhos hun? Ele sim é culpado por muita coisa. Se não fosse ele, cara redonda, meio a meio e a cara de sapo ainda estariam aqui.

─ Como se atreve? Você ao menos sabe os seus nomes? Que tipo de luto maluco é esse? - Mina se intrometeu mais uma vez.

─ Sim eu sei. Eu sei muito bem e eu me lembro de todos. Uraraka Ochako, Todoroki Shoto e Asui Tsuyu não mereciam isso que veio de Iida. Nenhum de nós, e eu falo por todos, Kirishima.- minha voz saí mais falha do que eu gostaria que saísse, transparecendo fraqueza e fragilidade... Não gosto disso.

─ Ele era um infiltrado, devia saber disso... Não que seja obrigado a isso- Sero tenta complementar.

─ Infiltrado? Por isso deixou Uraraka morrer?

Sero sussurra um 'desculpe' não tão baixo, ele tá bem desconfortável com esse assunto.

─ Não entre em assuntos assim, não machuca só você. - Kirishima berra em resposta.

─ Eu sei disso! Eu sei! Será que dá pra parar de gritar comigo pô um segundo? Mas que merda!- Aumentei o tom de voz assustando o ruivo a minha frente.

─ As vezes é por isso... Por que não consigo entender você? Por que não me escuta e me explica! Bakugou! - Eu consigo sentir arrependimento na voz dele, mas não é a mesma coisa que ouvir um "perdão" como ele geralmente faz. Ou fazia.

─ Escutar? Que ironia... Consegue ver? - Aponto com o dedo indicador para minhas duas orelhas. - Isso é o que tá me permitindo ouvir você reclamando e reclamando de que eu ainda estou vivo. Eu estou ouvindo você, na pior das hipóteses eu preferia não ouvir.

Vi o silêncio de todos, e é sufocante todos esses olhares confusos como se eu estivesse falando grego.

─ Eu perdi alguém que eu tinha acabado de "recuperar". Eu achei alguém que eu mesmo tinha me forçado a perder. Acha que foi charme? Minha mãe não conversa comigo, nem meu pai quer me ouvir falando. Eu tô encurralado em meio de todos vocês como se a culpa fosse minha.

─ Bakugou -

─ Não é mais sobre heróis e vilões, não pra mim. Mas ainda sim eu ganhei, eu sobrevivi. E eu fico contente que também tenham, apesar de tudo.

─ Eu ainda estou com queimaduras... E isso não vai curar... Eu não consigo usar minha individualidade sem sentir dor. - Mina choraminga.

─ Nem eu, e nem por isso eu tô jogando a culpa em você.

─ Opa, cheguei. É bom encerrar esse papo né não?

─ Outro traidor querendo ter moral, desde quando reprime qualquer coisa e solta como se fosse nada? O cúmulo do ridículo, Denki. E eu ainda te chamei de amigo. - A garota rosa em segundos muda a expressão chorosa para uma raivosa e dispara me fazendo arregalar os olhos.

─ Mina chega.

Sero tá realmente empenhado em sair sem brigar fisicamente com alguém, ele não diz nada além do querer parar os dois.

─ Midoriya-Sensei era amigo do Bakugou, Mina. Você não está sendo muito individualista não?

─ Tudo bem, eu vou embora. Preciso resolver umas coisas...

E isso seria meu caminho de volta para casa, mas para sair de lá.

║ End-Flashback ║

─ A única coisa que eu preciso é dizer que eu não moro mais aqui. - Interrompi a mulher, que por sinal parou sua fala.

─ Oh não, aonde mais você iria? Katsuki não fale ironicamente.

─ Não estou. Perdão a você e ao meu pai, mas aqui eu não vou ficar. Inko perdeu o filho dela, você não perdeu seu... Mas eu estou me perdendo então é a mesma coisa. - Ri soprado. - Não estou pedindo permissão, mãe, eu estou indo. Era pra ser um aviso rápido mas...

Ela está boquiaberta e as palavras não saem da sua boca.

─ Seria interessante se... Quando pudesse, me ligar. Eu vou ficar bem, se é que se importa. - Digo me balançando nos meus pés e esfregando meus dedos uns nos outros dentes dos bolsos quentes.

─ Mas... Filho, não.

─ Desculpe, até algum dia, mãe. - Digo abrindo e passando pela porta branca da entrada, fechando ela atrás de min em seguida.

Próximo destino:

Casa Aizawa.

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꒰Que capítulo horroroso meu Deus - mas enfim, espero que gostem! Bjo terráqueos¡!<3꒱
Provavelmente com muitos erros, mas é vivendo e aprendendo e não revisando capítulo do mesmo jeito.

&quot;𝑴𝒆𝒖 𝒏𝒐𝒎𝒆 é 𝒂 𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆&quot; - Uma Jornada DiferenteDonde viven las historias. Descúbrelo ahora