Capítulo 38 - Hannah

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Oioi, galerinha! ❤️ meio tarde, mas ainda tá valendo, né? (observação: capítulo grande, infelizmente não consegui diminuir 😭)

Boa leitura pra vocês, espero que gostem! beijooos 🤍

Hannah

— É uma merda voltar para a rotina depois de duas semanas de recesso — resmunguei, empurrando o meu notebook para longe. — Quero o verão mais do que qualquer coisa.

— Prefiro pensar que os dias vão passar correndo daqui para frente — Cassie disse, suspirando.

E realmente vão.

Estamos entupidas de trabalhos e provas, o que significa que, de agora em diante, mal teremos tempo para respirar. Principalmente na disciplina de Desenvolvimento Humano, porque depois que Paterson foi afastado, ficamos quase três semanas sem um professor fixo, e isso atrasou bastante o andamento do semestre.

Inclinei a tela do notebook e voltei a dar atenção para as malditas abas. Eu e Cassie estamos tentando finalizar o nosso trabalho sobre transtornos de personalidade, mas parece que essa merda está levando toda a minha energia.

Meu celular vibrou em cima da mesa, não precisei espiar para saber que é James. Ninguém consegue ser tão obcecado por horários quanto ele; quando tem ensaio, ele insiste em me buscar com uma hora de antecedência porque, segundo ele, é preciso ter pulso firme comigo ou os caras vão pensar que ele está aliviando porque eu sou a sua namorada.

Besteira. Ele me busca mais cedo porque gosta de aproveitar o tempo que temos juntos enquanto a casa está vazia.

— Você pode ir, se quiser, Hannah. Sei que a banda é uma prioridade agora — Cassie disse para mim. — Apenas fiquem milionários logo, e nos tirem dessa maldita vida universitária.

Dei uma risada, fechando a tela do notebook ao mesmo tempo que ela.

— Como estão as coisas com o Max, hein?

— Estão bem — ela disse, sorrindo. — Ele é um cara legal. Muito mesmo. E queremos as mesmas coisas, então é isso que importa.

Concordei com a cabeça. Sim, ele é.

Max é um dos caras mais legais que já conheci. Não lembro de sequer uma vez que ele tenha sido babaca com alguma garota. Enquanto James era o cara que partia corações, Max era o cara que toda garota sonhava em namorar.

Fiquei dividida entre pedir mais detalhes a Cassie ou deixar o assunto morrer. Optei por não prolongar o assunto. Mas, pela forma como ela fala dele, e como eles se tratam quando estão juntos, as coisas parecem funcionar bem dessa forma.

Cassie esticou-se para pegar a minha caderneta, e sorriu ao folhear as páginas. São as minhas composições, e ainda não mostrei para ninguém. Tenho trabalhado em quatro até agora, mas ainda não estão completas; uma é sobre James, outra é sobre o meu pai, e a última é sobre as minhas malditas inseguranças.

Enquanto escrevia, tudo o que eu conseguia pensar é na maldita diferença entre cantar algo que já está escrito e cantar algo que descreve os meus sentimentos. Parece tão intimidador fazer isso, deixar que as pessoas entrem nos meus pensamentos, no que há de mais profundo e intenso dentro de mim.

— Eu estou vivendo pelo dia em que você for mostrar esse seu lado — ela comentou, fechando a minha caderneta. — Isso aqui é tipo um 1989?

Dei risada, pegando minha caderneta para colocá-la de volta dentro da minha bolsa. Quem me dera se isso aqui fosse um 1989. Quem me dera se eu conseguisse me aproximar de qualquer composição que alguma artista que eu gosto tenha feito.

Duas verdades, uma mentiraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora