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Observei o local humilde. Eu nunca havia vindo na parte pobre de Seul.
Passando pelas ruas todos olhavam pra gente, bom, para o carro. Os vidros são escuros e estão fechados. O hoseok se encolhia a medida que chegávamos perto de sua casa.

Eu:O que foi, querido? -toquei sua mão que apertava sua coxa com força- Está com medo de algo? Alguém que mora aqui faz mal a você? -logo fechei a cara com a ideia disso realmente acontecer-

Jh:Na-não...tem uns garotos legais, até. É que...-é interrompido por minha fala breve-

Eu:Chegamos. -falo, observando a pequena casa com uma velhinha sentada na frente com duas crianças brincando ao seu lado-

Volto a olhar para hoseok, esse que respira com certa dificuldade. Seu peito sobe e desce com agressividade. Aparentava estar prestes a ter um surto. Tiro meu sinto, toco sua coxa e abaixo o busto para olhar em seu rosto e fazer com que ele me olhe também, algo que, felizmente, aconteceu. Ele tentou sorrir meigo, mas saiu ao contrário. Parecia um sorriso de dor.

Eu:O que iria me dizer? Você me parece muito assustado e isso está me incomodando bastante. -respiro fundo, puxando do meu peito toda a paciência que eu não tenho-

Jh:É..é...que é vergonhoso...-deixa uma única risada soar, seus dedos brincando em seu colo e seu olhar se facando neles-, você, alguém tão chique, vir aonde eu moro. Como você pode ver...-observa pelo parabrisa- não é um dos locais mais bonitos e chiques do mundo. Não tenho dinheiro e essa casa nem é minha, eu apenas aluguei um quarto com o único dinheiro que eu tinha. -apertou os lábios parecendo querer segurar o choro- Desculpa fazer você vir até aqui.

Eu:Bom, primeiramente, eu quem quis vir aqui e você estava tentando mudar meu pensamento. Segundo, poxa...isso não se compara ao lugar em que morei por bastante tempo. -me reencosto no banco- Terceiro, querido, isso não é motivo para se ter vergonha! -o olhei, seria- você já viu um mendigo ter vergonha de morar debaixo da ponte? Já os viu fugir das pessoas para esconder que dormiam ali toda noite? Creio que não. -engoli a saliva de minha boca como se fosse veneno- Não me interessa a condição em que você mora, não me interessa se as pessoas acham ruim. O que me interessa de verdade é saber que você tem um teto abaixo da sua cabeça, comida na mesa, roupas para vestir. A quantia na sua conta do banco não influencia o que penso de você,...-voltei a olhá-lo no rosto e fazendo com que ele me olhasse também- não influencia o que sinto por você. Bebê, eu acho que esse lugar não pertence a alguém tão extraordinário como você, então saia desse carro e pegue tudo o que você quer e volte para poder-mos ir comer. Porra, estou faminta! -me reencosto novamente no banco, um sorriso satisfeito dançando em meus lábios-

Escutei a risada dele soar no carro. Ele não disse nada, apenas saiu do carro e passou pela frente dele em uma corrida fraca. Sorri grande ao perceber seu sorriso enorme. Como podia ser tão fodidademente lindo?!

Penso se deveria me pagar de puritana e esperar até ele ser maior de idade para prová-lo, mas logo repenso e jogo essa ideia fora. É uma boa, algo mais "justo" para a sociedade, mas seria chato demais esperar tanto. Dizem que quem espera acaba recebendo em dobro, mas creio eu que a sensação não seria tão boa quanto ao fazer naquele momento, se saciar naquele momento.

Mordisco os lábios em ansiedade. Deveria espera quanto tempo para a excitação e o momento serem fortes e perfeitos? Deveria esperar mais um dos meninos e transar em trisal? Ou até mesmo uma suruba. Não sei se aguentaria tanto tempo, ainda estou com a cabeça em hoseok, então não acho que conseguirei outro tão rápido.

MY BABYS [BTS] ~+18Where stories live. Discover now