PRÓLOGO

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— Perdoa-me padre, pois eu pequei

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— Perdoa-me padre, pois eu pequei. — Senti meu rosto esquentar com as lembranças e balancei a cabeça na tentativa, infelizmente falha, de esquecer tais recordações levianas.

Esfreguei minhas mãos uma na outra. Senti as pontas macias de meus dedos finos ralarem em minha palma suada, deixando-me ofegante. Minhas bochechas ardiam, queimavam, ferviam apenas em lembrar da sensação dos dedos dele fazendo a mesma coisa.

As pontas ásperas de seus dedos longos e largos, que cobriam minha mão facilmente e desciam, arranhando minha pele até chegarem aos meus pulsos, apertando-os acima de minha cabeça enquanto espremia-me contra a vidraça gelada.

— E qual pecado cometeu, menina? — Perguntou o padre, levando-me novamente a mergulhar nas lembranças.

Nos olhos verdes mais intensos que já vi.
Que deixavam a minha respiração desregulada.
Nos lábios macios e espertos, que beijavam e chupavam a pele sensível do meu pescoço.
Que deixavam descompassados os batimentos do meu coração.

Nos braços grandes e fortes, que me sustentavam no ar e grudava meu corpo afetado ao seu, deixando-me ainda mais sedenta.
No seu quadril pressionado contra o meu, fazendo-me sentir seu desejo, duro e pulsante.

Nos meus seios sendo cobertos por sua mão grande e sendo estimulados por seus dedos experientes, que tiravam de mim suspiros e barulhos que saiam estrangulados da minha garganta.
A voz rouca sussurrando palavras torpes, indecentes, que incendiavam meu corpo, deixando-me ávida, desejosa, ardendo por ele.

— A fornicação, padre. — Quase não reconheci a minha voz, que saiu bastante afetada.

Controle-se, está em um confessionário.

— E se arrepende do seu pecado, menina?

Minhas costas se desgrudando do colchão.
O grito silencioso, meus olhos fechados enquanto meu corpo todo tremia e faíscas cintilavam sob minhas pálpebras.

Meu ventre se contraindo, o prazer que subia do meu centro pulsante e dominava-me completamente, pesando meus seios e enrijecendo meus mamilos. Prazer que queimava meu corpo por onde seus dedos passavam, como se de alguma forma, eles pegassem fogo. E, por fim, o líquido do meu mais puro desejo sendo bebido, tomado por sua boca quente e que, em poucos minutos, deu-me a melhor sensação que já senti na vida.

E, ali, enquanto meu corpo convulsionava no meu primeiro orgasmo, eu não me senti mais uma menina, uma garota.

Pela primeira vez na vida, nos braços dele, eu me senti... mulher.

— Não padre. Não.

O pecado de JaxWhere stories live. Discover now