2. (des)encanto

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Oi anjos, tudo bem?

Antes de tudo, me desculpem pelo atraso, mas aqui está o capítulo para vocês 💛

Obrigada por que votou, comentou e leu, muito obrigada mesmo, eu fico com meu coração derretido demais 🥺

Boa leitura e não esqueçam de deixar uma estrelinha, tá bem? 


🍽️

— Papai, nós vamos poder adotar qualquer bichinho mesmo, né? — Jisoo quis saber pela milésima vez desde que acordou. — E já estamos chegando? Estamos? — Deu pulos ansiosos no assento do carro, agoniado com o cinto de segurança o prendendo.

— Soo, para de se mexer, tá me incomodando. — Mina pediu enquanto fazia carinho no cabelo da boneca de pano. — Eca, você é nojento!

Jimin olhou para trás através do espelho do veículo, com o desejo de entender sobre o que Mina se referia, e na mesma hora fez uma careta ao ver o filho enfiar o dedo no nariz e em seguida na boca, para em seguida dar língua na direção da irmã.

— Ya! Mas você faz isso também — acusou. — Escondida, mas faz. Eu já vi você colocar uma catota de meleca desse tamanho na boca. — Gesticulou de forma exagerada com os braços.

Mina corou com o comentário ao mesmo tempo em que seu olhar encheu de ressentimento. Tentando segurar a raiva e vontade de arremessar a boneca no irmão mais novo, ela fez um bico enorme nos lábios, fechando os punhos com força.

— Eu nunca fiz isso! — bradou estridente, ainda segurando o choro, mas com uma nítida dificuldade em obter o resultado esperado, pois era visível as lágrimas se acumulando no canto dos olhos castanhos.

— Fez sim. — Jisoo geralmente era um garoto muito doce, contudo, tinha uma leve tendência a ser petulante e debochado quando desejava ser. Uma característica herdada do pai, inclusive, e Jimin não se orgulhava muito disso.

— Fiz nada, seu boboca! — Mina abandonou o controle de uma vez e tacou a boneca na cara do irmão. Por sorte, pelo material ser de pano, não doeu.

— Mina! — Jimin exclamou, perplexo com a atitude da filha.

— Papai, olha essa boba me chamando de boboca e me batendo. — Jisoo choramingou manhoso como se o pai não tivesse visto a cena. — Você vai colocar dinheiro no potinho quando a gente chegar em casa! — Fungou, com o nariz já ficando vermelho.

— Se for assim você também vai porque me chamou de boba.

Mina já se arrependia do que fez com o irmão e Jimin — como pai — já sabia disso. Ela detestava discussões e era muito sensível a elas.

Jimin às vezes se sentia culpado por isso, é claro. Afinal, sua filha ganhou essa sensibilidade graças às grandes brigas que tinha com a ex-esposa antes do divórcio. Por ser mais velha, Mina ficava cuidando do irmão, fazendo o possível para ele não escutar nenhum dos gritos histéricos da mãe xingando o pai deles. Jimin até mesmo tinha a colocado para fazer terapia, mas até então não tinha obtido muitos resultados.

— Oh, mas você não é! Não fica assim, Naná! — Jisoo percebendo a aflição da irmã, se desesperou para acalmá-la. — Desculpa, tá? — Ele daria um abraço na irmã se não estivesse preso no assento de elevação.

— Me desculpa por ter te batido, Soo... Você não é boboca não. — Ela se encontrava mais calma embora ainda estivesse com lágrimas no canto dos olhos.

Inevitáveis (Des)encontrosWhere stories live. Discover now