Inevitáveis (Des)encontros

4. (des)interesse

Olá!! Como estão?

Desculpem a demora, passei o dia ocupada com coisas da faculdade, mas aqui estou eu com mais uma atualização para vocês.

Obrigada pelos votos e comentários, eu fico muito de coração quentinho, seríssimo. 

Não esqueçam de deixar uma estrelinha e boa leitura, bebês!

🍽️

— Não foi flerte, mas você queria que tivesse sido. — Taehyung joga toda a verdade na cara de Jimin.

— Não, claro que não. — Jimin parou de cortar os legumes para se defender. — Eu não quero que tenha sido um flerte. Lógico que não, não viaja. — ele tentou afirmar outra vez, mas mais parecia que a afirmação era para si próprio ao invés de ser para Taehyung.

Não, ele não queria, certo? Ele deu o fora quando pode e não faria sentido querer Jungkook flertando consigo. Tal coisa estava fora de cogitação. Caramba, Jimin se sentia a um passo de ter o cérebro derretido por conta de tanta dúvida plantada em sua cabeça graças ao amigo.

— Jimin, nem você acredita nisso. — Taehyung revirou os olhos. — O que custa admitir que o Jungkook mexeu com você desde o primeiro dia? Está na cara há dias. Eu percebi, Jinnie percebeu e até você, só não quer admitir. — ele sentou-se na cadeira em frente ao balcão onde seu amigo preparava os ingredientes. Ou tentava, pois Jimin parava a todo momento para refletir as palavras ditas por ele.

Jungkook não havia mexido consigo, não mesmo. Jimin apenas reconhecia a boa pessoa que Jungkook era, assim como sua doçura e os olhos pretos e brilhantes dos quais despertavam em si um instinto protetor. Isso acabou fazendo Jimin se lembrar do último encontro deles — antecedente ao esbarrão no mercado — e da maneira que ficou aflito. A tristeza em Jungkook era de longe perceptível e Jimin só desejava saber quem o deixou daquele jeito, talvez assim conseguisse fazer picadinho da pessoa, mesmo ele não sendo a favor da violência.

— Mas ele não mexeu. — Jimin cortava os legumes com uma precisão sem igual, deixando a raiva transparecer, não passando despercebido aos olhos de Taehyung.

— Por que você ficou com raiva do nada? — Taehyung encarou Jimin, confuso, assistindo ele continuar a cortar as cenouras na força do ódio. — Cuidado, ou vai cortar os dedos, maluco!

— Não estou com raiva. — Jimin jogou os legumes na panela de água fervente.

Taehyung massageou a têmpora. Jimin estava estranho.

— Qual é? Vai começar a esconder as coisas de mim? Sou seu melhor amigo desde a adolescência, padrinho dos seus filhos, seu primeiro beijo- — Taehyung parou com o drama quando o olhar afiado de Jimin se virou contra ele, mas diferente do que esperava, seu amigo suspirou frustrado.

— Se eu falar, você vai encher o meu saco e eu não estou a fim.

— Tenta, prometo não implicar.

— Não estou dizendo que o Jungkook mexeu comigo, não é isso... — Jimin confia na promessa do amigo, enfim abrindo a boca sobre todas as coisas guardadas em seu pensamento. — Mas ele me desperta um instinto de proteção.

— Proteção? — Taehyung ergueu uma das sobrancelhas e assistiu Jimin acenar positivo. — É sobre aquele dia lá em casa? Quando eu estava de plantão?

— Meio que sim. — Jimin suspirou outra vez, decidido a deixar as palavras saírem de sua boca de uma vez. — Eu saí de lá incomodado, com a sensação de não ter cuidado dele o suficiente, não tê-lo protegido. É... esquisito. — confessou, mexendo o frango na panela com uma colher de pau. — Pra piorar eu até perdi a noite de sono pensando nele, me perguntando se ele estava bem. Quase pedi o número do Jungkook para o Jinnie, sabe? Só para saber se ele tinha ficado bem depois que fui embora.