43. En pleurant le lait renversé

5.5K 399 57
                                    

Narração Clarice:

Eu estava devastada.

Entendo que a maman não gosta da diaba lactante e tudo mais, também concordo e acho que ela mereceu, mas era o meu leite. O meu leite que a maman tirou do tetê e sabe o que aconteceu? Não tinha quase nada para eu mamar. Eu fiquei sem meu leitinho e eu queria muito ele.

- Calma, Clara - a maman tentou me consolar. - Não precisa chorar.

- Você jogou todo meu leite naquela vaca e me deixou sem! Num tem leite pra mim!

- Não tem mais leite no tetê, mas tem leite no congelador. Eu preparo uma mamadeira para você. Quer?

Parei de chorar um pouquinho para saber melhor da proposta. - Mas é o seu?

- Sim, amor. É o meu leite - ela passou a mão no meu cabelo. - Vem comigo, eu vou preparar a mamadeira para você.

Eu não sabia que a maman tinha leite congelado e fiquei contente em saber. Não é a mesma coisa que mamar direto da fonte, mas ainda é o meu leite e eu tô com fome.

Depois de esperar uns minutos até o leite descongelar em banho maria até ficar quentinho do jeito que eu gosto, a maman e eu fomos para a sala deitar no sofá. Eu me deitei entre as pernas da Val com a cabeça contra o seu peito e ela segurou a minha mamadeira como de costume.

- O que a gente vai assistir agora, maman?

- Eu já assisti todas as novelas mexicanas que tem no catalogo, então nós vamos assistir um clássico; A Usurpadora.

- Num conheço não.

- Mais uma razão para assistirmos A Usurpadora. Você precisa conhecer Paola Bracho. Essa novela foi uma febra quando lançou, mas acho que você nem tinha nascido ainda ou era muito bebezinha.

- Eu ainda sou bebezinha.

- É mesmo, a minha bebezinha - ela me deu um beijo no topo da cabeça. - Agora fica quietinha e presta atenção na novela!

Eu até fiquei quietinha no primeiro capítulo da novela, no segundo já nem tanto e no terceiro eu não me aguentei e me virei entre as pernas da maman e ela já sabendo o que eu iria pedir tirou o tetê pra eu não ter que pedir e atrapalhar a sua novela.

A maman fica completamente vidrada na sua novela. Parece eu assistindo patrulha canina.

Recebendo carinho nas costas, cafuné e fazendo o tetê de chupeta ficou impossível não ficar com sono e eu adoro uma sonequinha. Não deu outra, eu dormi mesmo.

Mais tarde acordei com o lencinho úmido na minha pele. Eu tenho a sensação que a maman deixa os meus lencinhos dentro do congelador porque estão sempre gelados e eu não gosto disso não, mas eu estava com muito soninho para reclamar e só resmunguei.

- Já sei, amor. Já está quase acabando. Toma a sua pepeta, - a maman me deu a pepeta na boquinha e eu me aquietei um pouco.

Depois do lencinho, a maman passou a pomadinha e por fim o talco antes de me vestir a fraldinha. Limpinha e sequinha, a maman me levou para cama em seu colo. Eu não fazia ideia que horas eram, mas estava escuro e a maman estava de pijama, então só podia ser tarde.

- Você vai mesmo dormir até amanhã, - a maman comentou ao se deitar ao meu lado e passar a mão no meu cabelinho. Eu sorri com a minha pepeta entre os dentes e concordei. - O meu bebê é muito dorminhoco.

Recebi vários beijinhos no rosto que me fizeram cócegas e me fez contorcer e rir.

- Num faz cosquinhas n'eu, maman.

Stuck with U (Em Revisão)Where stories live. Discover now