58. Valkyrie autiste

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Salut!!
Eu voltei depois de um tempão e dessa vez o capítulo está longo, então não me batem.
Sobre o capítulo de hoje, como diz o título, é um pouco mais sobre a Valkyrie... vocês estão acostumados com a Valquíria e ela causa certo "incomodo". E sim, eu estou de olho nas ofensas hein!!!
Enfim... estamos apenas abrindo o livro Valkyrie. Agora que teremos segunda temporada(!) dessa fic, eu posso explorar um pouco o passado dela (mas considerem isso aqui apenas um cheirinho da próxima temporada).

Allor... bonne lecture et on y va!

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Narração Valkyrie:

Desabei sobre o corpo da minha namorada exausta. Sei lá desde que horas estávamos fazendo amor e tentando recuperar o tempo que passamos longe uma da outra. Era estranho sentir necessidade de "recuperar o tempo perdido" com alguém e não ter relações porque é o que se espera que uma mulher faça.

Embora eu tenha demorado a ter uma vida sexual ativa, eu me dei muito melhor do que imaginava que fosse acontecer. Sou uma pessoa que me dou melhor com o toque, é a linguagem mais fácil de se compreender e sexo é exatamente sobre isso: a intimidade através do toque.

Normalmente quando se fala de um autista se espera que seja uma pessoa aversa ao toque, mas existem os raros casos como o meu que é o exato oposto disso. Eu gosto do contato físico e sempre busquei me comunicar com as pessoas através dele... e posso garantir que isso não deu muito certo na maioria das vezes. Coitado do meu pai que pelejou para me ensinar a identificar os limites e não ser uma pessoa invasiva.

Antes do meu diagnóstico a minha família só achava que eu era uma criança muito carinhosa e por isso abraçava até o carteiro quando vinha entregar alguma coisa na porta de casa. Ouvir essas histórias hoje me dá vontade de rir...

- Sabe, isso é bem melhor do que um SPA - comentei.

- E se você quiser eu também posso te fazer uma massagem, - ela apertou meus ombros fazendo uma massagem e eu realmente estava precisando disso.

Encaixei o queixo em sua barriga para a olhar. - Você sabe que não vai me convencer a fazer sexo de novo com uma massagem, não sabe?

- É triste dizer isso, mas já deu por hoje, né docinho? Eu também estou com soninho.

E realmente, dava para ser nos olhinhos da Clara que hoje ela irá... como ela diz mesmo? "De base" mais cedo. E uma Clara com sono é uma Clara prestes a regredir.

Levei um pequeno susto ao ver as horas no celular. Estava bem mais tarde que imaginava e ainda tinha outras coisas para fazer antes do fim do dia. Eu sequer desfiz minha mala passei o dia à mercê da minha namorada e veja no que deu.

- O que você quer jantar hoje? Eu vou pedir comida para nós.

- Eu estou com tanta preguiça que estou sem forças para levantar o garfo, acho que vou só mamar mesmo.

- Algo me diz que isso não tem nada a ver com preguiça... e você não pode viver a base de leite, precisa comer alguma coisa.

- Eu passei os últimos dias regrando o meu leite e vivendo a base de comida. Eu até dormi sem no sábado porque estava todo mundo aí... me deixa ser feliz, só hoje vai. Por favorzinho, vai!

Revirei os olhos e deitei a cabeça na barriga dela outra vez. - Tudo bem, Clarice - concordei derrotada, - mas só dessa vez e fique sabendo que eu não sou uma vaca leiteira então não se acostume com essa mordomia.

- Estava bom demais para ser verdade.

Se não colocar limites nessa garota ela vai simplesmente querer viver se alimentando só de mim e eu nem sei se isso é possível sem que acabe passando fome.

Stuck with U (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora