Capítulo 11

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Meses mais tarde...

Quinn: Muito bem, podem se virar e olhar.

A ONG finalmente abriria suas portas, e Quinn cumpriu o que disse, cuidando de cada detalhe para que ficasse ainda mais maravilhoso do que imaginei. Era um prédio grande, com cozinha industrial, refeitório, banheiros, brinquedoteca, biblioteca, salas de estudo, sala de TV, um pequeno palco para apresentações de teatro ou musicais para as crianças, banheiros, brinquedos ao ar livre, horta coletiva, jardim e oficinas de artesanato. Além disso, havia um consultório pediátrico e odontológico, onde especialistas atendiam sob horário agendado, salas para acompanhamento psicológico, escritórios de assistentes sociais, área de distribuição de cesta básica e até mesmo um pequeno dormitório, para algum caso grave onde tivéssemos que abrigar alguma criança antes de acionar a polícia ou conselho tutelar, em situações de abuso, abandono ou violência infantil. Tínhamos uma programação que incluía arrecadação de alimentos e roupas para os mais necessitados, montagens de kits de higiene, jantares temáticos para as crianças e suas famílias e festas para os aniversariantes do mês.

Dul: Quinn, é maravilhoso! É incrível! - Sinto as lágrimas de felicidade descerem pelo meu rosto, não consigo parar de sorrir. - Eu nem sei o que dizer!

Depois da festa de inauguração me despeço de todos, meus pais levam Safira para casa, olho para Quinn:

Dul: Eu tenho uma dívida de gratidão eterna com você.

Quinn: Não tem não, Dul. Você está feliz, e isso é só o que importa para mim. - Seu comentário me faz sorrir.

Dul: Você fez tanto por mim e pela minha filha nos últimos anos que eu... - ele se aproxima, segurando meu rosto entre as mãos.

Quinn: Entenda de uma vez por todas, Dul. Eu amo você e a Safira, e faria qualquer coisa no mundo para vê-las felizes.

Dul: Nem sei o que dizer além de obrigada. Espero que um dia eu possa, de alguma forma, demonstrar quanto carinho tenho por você.

Quinn: Há uma forma.

Dul: Qual?

Quinn: Case comigo, Dul. - vou falar, mas ele se adianta - eu sei. De seus sentimentos, de tudo. Mas está tudo bem. Tenho certeza de que nós dois podemos viver uma linda história de amor, basta você me permitir me aproximar de você. Estaria realizando não só o meu desejo, mas o da Safira também. Imagine o quanto ela ficaria feliz em me chamar de pai, em ter meu sobrenome. Case comigo. Me deixe registrá-la. Nós podemos ser uma família. Podemos ser felizes.

Respiro fundo, encarando seu rosto. Amava Christopher da mesma maneira que sempre amei, e não achava que isso fosse capaz de ser mudado. Mas ele se foi, não vai mais voltar. E Quinn tinha razão, eu nunca vou poder saber se posso ser feliz com ele se não me permitir. Além disso, Safira ia ficar muito feliz, ela o amava como um pai, e embora sempre fosse ser filha de Christopher merecia estar perto de um pai que a amasse de coração. Um pai que esteja vivo.

Dul: Sim.

Quinn: O que disse?

Dul: Eu disse sim. Aceito me casar com você. - O sorriso de Quinn se espalha por seu rosto, iluminando-o. Ele se aproxima, eliminando qualquer espaço entre nós e me beijando. Vou tentar ser uma boa esposa, amá-lo. Vou tentar ser feliz. Eu mereço ser feliz.

...

A notícia de meu casamento com Quinn espalhou-se rapidamente, todos pareciam contentes por esta união, dizendo que formamos um belo casal, que ele é maravilhoso com Safira e que vamos ser muito felizes juntos. Tomara que seja verdade.

P.O.V. Quinn

Entro em casa com um sorriso tão grande que poderia ser visto mesmo de costas, finalmente Dulce seria minha! Quem está sorrindo agora, Uckermann? Espero que esteja queimando no inferno!

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