mine • vegaspete •

02

Dias depois.

— O que você quer com o meu filho? — Arm perguntou e Vegas riu — Não estou rindo não, o que você quer com ele, Vegas?

— Senhor, eu quero todas as coisas boas e te prometo; sexo só depois do casamento — Vegas respondeu ainda rindo — Sou um cara de família tradicional, você sabe, de respeito.

— Eu espero mesmo, Pete não sabe nem beijar e eu não quero ele perdendo as virgindades de uma vez — Arm disse colocando a cabeça no ombro de Pol e recebendo carinho.

— Arm! — Pol chamou atenção do namorado — Isso é algo pessoal e íntimo do Pete, você não deveria falar assim.

— Desculpa, saiu sem querer, finja que não ouviu, Vegas — Arm pediu — Por favor, eu fui o maior otário agora. Porra.

— Espera, como assim não sabe beijar? — Vegas perguntou surpreso e olhou para Pol esperando o amigo confirmar, ele não confirmou, mas Vegas sabia que era verdade  — Cara, Pete é mesmo uma caixinha de surpresas.

— Fique com suas mãozinhas longe da nossa caixinha de surpresa — Arm disse e Pol acabou rindo  — É sério! Amor, bota medo nele.

— Vegas, Pete não é um carinha para se ficar em uma noite qualquer, Pete é o tipo de cara para namorar mesmo e ter algo muito sério — Pol avisou o amigo  — Não brinque com ele, eu não sei como você é quando se trata de relacionamentos, mas não faça isso com ele, não brinque com ele.

— Eu não vou, ele é o primeiro cara que convido para sair oficialmente — Vegas riu e olhou para as mãos de Pol — Por que você tem uma meia lua em cada mão?

— Representam os olhos do Arm. — Pol disse e Arm sorriu — Eu tenho uma estrela pequena no peito que representa o sorriso dele.

— Você é praticamente um quadro com partes do Arm — Vegas disse impressionado.

— Eu tenho pequenas coisas no corpo que representam o Arm como pessoa, e tenho frases em outras línguas representando o que temos — Pol disse apertando a mão do namorado — São quase sete anos juntos, não namorando, mas juntos.

— Sério? — Vegas estava surpreso e nem percebeu quando Pete se aproximou — Há quase sete anos?

— Eles se conheceram com treze anos. — Pete disse sentando ao lado de Vegas, sorriu para ele — Arm tinha treze né, Pol quase quinze.

— Arm era aquele tipo de menino mimado que não queria ter saído da cidade grande — Pol começou e Arm bufou fazendo um bico no fim — Eu fui o primeiro e único beijo dele, na verdade eu fui o primeiro dele em tudo.

— Você vai fazer vinte e dois? — Vegas perguntou e Pol assentiu — Já deveria estar terminando a faculdade.

— Pois é né, não tinha pensado nisso. — Pol disse rindo — Demorei para entrar, tanto faz para mim.

— Ele não liga muito, ele só faz pela mãe dele — Arm disse — Ei Pete, seu pai está bem?

— Sim, foi apenas um susto — Pete disse com um pequeno sorriso nos lábios e quase pulou da cadeira quando sentiu os dedos de Vegas em seu pescoço — O quê?

— Seu cordão estava errado — Vegas disse. Pol olhou rapidamente para Arm que sorriu — O que aconteceu?

— A pressão dele, mas está tudo bem agora.

— Ei bebê, que tal relembrar os velhos tempos? — Pol perguntou a Arm que riu se levantando — Vejo vocês mais tarde.

— Onde eles vão? — Vegas perguntou vendo o casal sair de mãos dadas.