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— Pete está quieto demais — Kinn comentou com Porsche — Será que foi pelo encontro? 

— Acho que não, Vegas estava feliz quando chegou — Porsche respondeu — Deve ter sido o pai. 

— Eu ainda vou ter uma conversa com esse Kiet. 

— E você vai falar o que, amor? 

— Que ele vá se foder — Kinn disse e Porsche acabou rindo. 

— Qual o motivo da risada? — Vegas se aproximou com alguns livros nas mãos — Ficaria feliz se me ajudassem. 

— Nada demais — Kinn disse pegando dois livros e Porsche fez o mesmo — Para que é isso? 

— Trabalho — Vegas bufou — Volto para a faculdade e ainda preciso estudar tudo de novo. 

— Ei Vegas, como foi seu encontro com o Pete? — Kinn perguntou. 

— Foi ótimo, por quê? — ele perguntou confuso — Pete falou alguma coisa? Ele reclamou sobre mim ou algo assim? 

— Não, ele só parece quieto demais e isso para o Kinn não é tão normal — Porsche se pronunciou e Vegas colocou os outros livros que segurava nos braços do outro. — O quê? 

— Vocês não estão indo para casa? Levem para mim que eu vou falar com o Pete, quando eu voltar explico para vocês.

Vegas procurou Pete por todo campus, quando já estava para desistir viu o outro saindo pelo portão da faculdade, correu a tempo conseguindo segurar Pete pela alça da bolsa. 

— Que susto! — Pete reclamou — Por que você fez isso? 

— O que aconteceu? Não falou comigo e eu acho que nem com os meninos. — Vegas reclamou seguindo Pete que não parou de andar  — Sol, fala comigo!

— Meu pai descobriu que eu saí — Pete contou — Vamos dizer que ele não está feliz. 

— E o que isso importa? 

— Vegas, é o meu pai. 

— Ok, desculpa — Vegas suspirou — Vamos almoçar e eu te levo até sua casa depois. 

— Eu preciso ir direto para casa — Pete murmurou. 

— Você quer ir para casa? — Vegas perguntou já sabendo a resposta e quando Pete negou balançando a cabeça, ele riu. — Vem, vamos logo almoçar. 

Pete pensou no seu pai e o quanto ele falaria, mas ele estaria apenas fazendo o que queria e o que era normal, por que seu pai não entendia? Suspirou assentindo para Vegas, iria almoçar com ele e depois conversaria com seu pai. 








— Você me trouxe para almoçar ou para que eu ficasse te vendo trabalhar? — Pete perguntou rindo ao ver Vegas colocar o avental do restaurante da senhora Mei. 

— Os dois, o seu almoço é por minha conta e quando eu estiver livre entre uma mesa e outra eu passo aqui para te dar um oi — Vegas disse entregando o cardápio para Pete — E então, o que você vai querer? 

— O de sempre. 

— E o que seria o de sempre? Eu sou novo aqui rapaz, me ajude a te ajudar  — Vegas disse tentando não rir, mas acabou não se segurando quando Pete gargalhou. 

— Você está muito engraçado. 

— A senhora Mei disse que meu cabelo está feio e que preciso mudar, qual sua sugestão? — Vegas perguntou enquanto Pete colocava o cardápio aberto na mesa e mostrava o que queria. 

— Roxo combina com você, rosa também. — Pete disse brincando e Vegas revirou os olhos — Mas acho que um preto azulado ficaria melhor agora. 

— Ok, assim que eu sair vou pedir para o Arm ir pintar meu cabelo. 

— Por que o Arm? Deixa que eu pinto para você — Pete disse normalmente — Se você quiser, é claro.

— Melhor assim — Vegas sorriu. — Agora se me der licença, meu bonito rapaz, preciso servir as outras mesas. 

Pete ficou sentado rindo de Vegas que vez ou outra quando passava fazia alguma careta ou falava algo. 



•×• 

— Passei basicamente o dia todo aqui. — Pete disse quando Vegas terminou de guardar as últimas coisas — Vamos agora? 

— Não quer ir até o parque de novo? — Vegas perguntou e Pete negou arrumando a bolsa — Te levo até sua casa. 

— Não precisa disso, Vegas. — Pete riu.

— Precisa sim, te fiz ficar me esperando, nada mais certo do que ir te deixar em sua casa — Vegas se despediu da senhora Mei e saiu do restaurante com Pete — Sol, se eu te convidasse agora para ir dormir na casa do Kinn, você aceitaria? 

— Tem o meu pai, Vegas. 

— Esquece ele, eu sei que é errado, mas esquece ele por um momento — Vegas suspirou — Pelo que já te conheço, você nunca faz o que você quer e deseja, isso me deixa irritado. 

— Por quê? 

— Por que você tem uma vida! Caralho Pete, eu não digo para você deixar seu pai de lado, longe de mim dizer isso. Mas você precisa aprender que nem para tudo você depende dele — Vegas suspirou de novo — O que você quer fazer que seu pai nunca deixou? 

— Andar de moto, viajar de avião, andar de bicicleta — Pete disse a última coisa com vergonha, seu pai havia mudado tanto que até para brincar Pete tinha que ficar apenas no quintal de casa. 

— Eu vou perguntar uma vez só, você quer ir dormir na casa do Kinn? 

 — Kinn e Porsche sempre me convidam para passar uma noite com eles e os meninos lá, tipo uma pequena festa. — Pete sorriu. 

— Mas seu pai nunca deixou, não é? 

— Sim, ele não gosta... Tanto de me ver fora de casa quanto de me ver junto ao Arm ou Kinn — Pete confessou e Vegas nem perguntou, pois estava na cara o motivo. 

— Sim ou não? 

— Sim, Vegas — Pete virou e sorriu — Só não tenho roupas. 

— Isso é o de menos, você pode usar as minhas ou do Kinn — Vegas segurou na mão de Pete. — E assim você pode pintar meu cabelo. 




-x- 

— Kiet? — Mei perguntou quando viu o homem entrar no restaurante. — Já estamos fechados. 

— Pete esteve aqui? 

— Saiu a pouco tempo com Vegas — A mulher disse inocentemente. — Bom rapaz, os dois parecem ser ótimos amigos. 

— Obrigado, Mei. 

Kiet saiu do restaurante com uma cara nada boa, pela segunda vez Pete o desobedeceu e ele não estava gostando de como as coisas estavam indo para bem longe de suas regras. 

mine • vegaspete •Onde histórias criam vida. Descubra agora