Um Amor Inefável

capítulo 8 ~ A torta de pêssego.

Pov'Meredith.

Nossa primeira manhã na casa nova começou bem cedo, eu mal consegui dormir de tanta ansiedade, ver tudo ali desarrumada era irritante, eu não tinha toc nem nada assim, me consideravelmente até mentalmente saudável, tirando a parte de ser meio explosiva, eu era de boa, mas gostava de ver tudo arrumado, então levantei cedo, deixei Andrew dormindo e desci para começar a arrumar tudo, fiz o pedido no aplicativo de uma cafeteria e pedi nosso café da manhã, enquanto esperava chegar comecei a tirar as louças das caixas e fui tentando arrumar, talvez depois fizesse diferente, mas o importante agora era colocar tudo em algum lugar, a cada coisa que via, abria um sorriso, realmente valeu apena "marcar" o que desejávamos.

Até os pontes para mantimento era lindo, todos de vidro com tapa dourada, estava quase terminando quando ouvi a campainha, ia abrir mais meu marido já fazia isso.

- entrega.

- chegou a tempo - comentei.

- obrigado, bom dia - o rapaz falou e foi embora, adorava delivery e a facilidade de pagar por aplicativo.

- bom dia coelhinha - Andrew me deu um beijo no rosto.

- bom dia amor!

- porque não me chamou? - ele falou deixando as sacolas de comida sobre a mesa.

- acordei e não consegui voltar a dormir... Então desci, mas não faz tanto tempo assim.

- já tirou as louças todas das caixas - ele notou.

- sim! Vou te deixar o trabalho pesado - brinquei.

- espertinha - ele riu.

- por isso casou comigo - falei a meia voz sentando para comer - pedi nossas comidas favoritas.

- até, tortilhas?

- sim! Precisamos ir aí mercado também, comprar cereal.

- mais tarde? - foi uma sugestão - só tenho mais hoje de folga.

- eu sei - suspirei desanimada, eu tinha apenas sete dias.

- um turno e depois folga.

Depois do café da manhã começamos a arrumar a sala Andrew tirava tudo das caixas e eu ia achando o lugar para eles, a música tocava um tanto alto, gostava de trabalhar assim, Andrew parou e tirou a camisa, fiquei olhando seu corpo malhado.

- seu nariz mexeu - ele falou rindo.

- não mexeu não - fiz uma careta, Andrew insistia em dizer que eu mexia o nariz quando algo me incomodava, quando ficava nervosa ou sem jeito, eu não tinha consciência disso.

- mexeu sim, coelhinha - ele veio até onde estava e beijou meu nariz, quando Andrew começou a me chamar assim achei meio irritante, e também achava que era por ter sido a primeira fantasia que usei para ele, foi um bom momento, ainda estávamos descobrindo sobre o que gostavamos.

Decidi usar algo diferente e comprei a tela fantasia sensual de coelhinha, com orelhinhas brancas e rosa, Andrew sorriu, não riu, não pareceu que ele achou engraçado, foi mais surpresa, eu quase o mandei embora, mas sua defesa veio a tempo, só um pouco depois fui saber que mexia o nariz em momentos diferentes, então o apelido ficou, agora eu gosto.

- você é muito gostoso...

- você me olha todos os dias - sua resposta saiu divertida.

- eu sei, mas ainda não me acostumei.

- o que você quer? - Andrew perguntou me encaram desconfiado.

- credo amor! Assim parece que eu nunca te elogio - me fingi de magoada.