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Lá estava eu, naquela casa gigantesca. Avisei meus pais do ocorrido, eles me alertaram pra ter cuidado.

Não vesti nada muito pomposo. Apenas me arrumei de forma decente, o que nem deveria fazer apenas pra visitar esse verme.

Respirei fundo e apertei a campainha. Fui recebido pela empregada do local, a mesma da outra vez. Lisa, eu acho.

- Olá, o que o traz aqui novamente? - A jovem mulher sorriu.

- O senhor Min disse que queria tratar de um assunto comigo. - Ditei.

Isso causou estranhamento na empregada. Ela me deu espaço, permitindo minha entrada. Em passos lentos a empregada me guiou.

- Se algo acontecer, grite. - Sussurrou.

Cada passo, e principalmente a forma que a empregada ditou aquela frase, me fez repensar se eu deveria mesmo estar aqui. Céus, eu tô fodido!

Suspirei quase inaudível, e com cautela dei três batidas na grande porta negra. Ouvi um "entre" ecoar de lá. Sua voz soava alta o suficiente, mas a sala parecia abafar qualquer som. Minha intuição gritava pra não entrar.

Senhor, me ajude!

Entrei devagar no grande escritório. Pra que um cômodo tão grande e exagerado só pra assinar papéis? Qual é a desse cara?

Fechei a porta atrás de mim e me aproximei. O mais velho já me esperava, carregando em sua destra uma taça de vinho e nos lábios um cigarro. Não suporto cheiro de cigarros.

- Sente-se. - Ordenou.

Sentei-me na cadeira em frente à sua mesa. O mais velho levantou, repousando a taça sobre a mesa de vidro. Ele se dirigiu à porta da sala e em minutos, a ouvi sendo trancada.

- O que está fazendo? - Indaguei aflito.

Ele nada respondeu, retornou até sua cadeira e descartou o cigarro no cinzeiro. Meu corpo gelava mais a cada minuto.

- Te chamei aqui para lhe propor um acordo. - Me fitou.

- Por favor, seja breve senhor Min. - Suspirei.

- Tão atrevido... - Sorriu zombando de mim. - Sabe, aquela pizzaria velha dos seus pais realmente me incomoda. - Senti a raiva começar a subir em meu corpo. - Mas posso melhorar ela, o que acha de convencer seus pais a fazerem uma sociedade comigo?

- Em outras palavras, roubar o negócio dos meus pais? - Ditei irônico. - Eu passo.

- Tudo bem, essa é uma das opções que estou oferecendo. - Continuou com aquela calma irritante. - Como quero que Yoongi assuma minha empresa, preciso que ele tenha alguém para lhe orientar e servir de encosto. E nada como um bom esposo, certo?

- Não entendo onde quer chegar. - Arqueei a sobrancelha.

- Simples, você vai casar com Yoongi. - Arregalei os olhos.

- O senhor ficou louco?! Eu só tenho 17 anos! - Ditei como se fosse óbvio.

- Você tem essas duas opções. - O mais velho ditou.

- Por que está me propondo essas ideias ridículas?! O que te faz pensar que vou aceitar?! - Indaguei.

- Simples, se não escolher nenhuma, eu simplesmente vou optar por demolir aquela construção velha e inútil. - Demolir a pizzaria dos meus pais?! Qual o problema desse idiota?!

- Não pode fazer isso! - Me levantei exasperado.

- Posso fazer o que eu quiser, Jung. - Ditou sem sequer se mover. - Se você quiser, tem essas duas opções ou simplesmente sumir da vida do Yoongi.

𝕆𝕟𝕔𝕖 𝕌𝕡𝕠𝕟 𝕒 ℙ𝕒𝕣𝕥𝕪 - 𝙹𝚑𝚔 + 𝙼𝚢𝚐Where stories live. Discover now