13 - Talibã

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Gael Souza | Talibã 💸

Alguns dias se passaram desde a visita íntima da Agnes e nós tem mantido contado por mensagem, tô bem bem boiola na nega mesmo, não nego.

Hoje é minha fuga, tá tudo planejado, um policial vai ajudar e se for da vontade do pai vai dar certo, não fiz amizade com ninguém e não vou levar ninguém junto comigo.

Se louco, não desejo cair aqui nunca MAIS.

Pego o celular na parte de baixo do travesseiro e entro nas mensagem, logo enviando uma pra Joice.

Mensagem on

Talibã: E aí, como você está? Precisa de algo? Tá ligado que só falar né?

Joice: Tô bem, não preciso de nada
já descobriu algo sobre quem te colocou aí?!

Talibã: Não descobri não, mais quando souber
vai ser sem massagem. E outra isso não é assunto
pra você Joice, se liga.

— Se não precisa de nada vou desligar, se cuida.

Joice: Desculpa, só queria saber.
Se cuida, fica com Deus.

Mensagem of f

A Joice já tem um tempo que está nesses papo estranho querendo saber demais, mais não vou acusar sem provas.

Não acho que seja possível ela ser a x9, ajudei a mina pra caralho, certeza que ela não faria isso.

Mais vou ficar na maciota, quando sair. Na cola dela.

Fico deitado nessa cama do caralho até dar a hora de sair, Italiano passou tudo certinho por ligação, tô na maior saudade do meu morro, na coroa. Tá louco, isso não é vida não, maior saudade de uma comida descente.

Policial: Bora Talibã, tá na hora. Tu vai me prender aqui e vai levar os bagulho entendeu? Pra parecer que tu me usou de refém! — diz o policial corrupto, dinheiro hoje em dia é a chave de tudo. — Depois vai pro segundo corredor e entra na porta escrito " Diretoria " atrás da estante tem uma passagem que vai sair na segunda rua, tu vai sair do bueiro, teu parceiro vai estar la, tu tem 10 minutos pra sair daqui pela passagem.

O olho com o maior deboche do mundo, aprendi com a gostosa da Agnes, rio no pensamento por isso.

Talibã: Tô ligado, tô ligado. Quando eu tiver bem longe daqui, avisa o maldito do Édson, que eu vou atrás dele.

Prendo o policial na cela, logo pegando a arma as chaves e os bagulhos tudo, troco de roupa com o mesmo antes e vou pra sala que ele falou.

Empurro devagar e sem fazer barulho a estante e passo ali, logo me virando e puxando novamente ali.

Caralho, nem sei por quanto tempo andei nessa porra de túnel fudido, longe pra caralho.

Tô parecendo aquelas puta rampeiras que dá a noite toda e depois sai como se nada tivesse acontecido, preferia dar meia hora de cu do que estar andando esse caralho todo, ainda mais sem comer por uma semana.

Depois de quase umas duas horas andando, saio no bueiro logo avisando o carro ali, Deus que me perdoe mais eu tô fedendo pra caralho.

Me aproximo do carro e abro a porta.

Talibã: Acorda filho da puta, vai dar um beijo no teu homem não? — gasto.

Italiano: Até que enfim! — da risada — Tu mergulhou na merda? Tá fedendo pra caralho.

Talibã: Óbvio? — encaro ele serinho — Bora logo, não tô aguento mais esse vudu em mim, só quero ir pra casa — suspiro. — Falando nesse papo aí, como tá aquela meta lá que te falei?

Italiano: Já paguei o tratamento todo, e o baile pra hoje está tudo no esquema.

Talibã: E o morro? Minha neguinha? A coroa?

Italiano: Tudo nos conformes, inclusive minha puta gostosa. Você vai me dar férias, quero sair com a branquela.

Talibã: Já vai me trair na minha cara? — afino a voz. — A gente desenrola esse meta aí pra tu, Bele? Agora dirige esse caralho seu gostoso, porque eu realmente preciso de um banho.

Encosto a cabeça no banco enquanto vamos fazendo o percurso em silêncio, estava cansadão.

Na cadeia você não dorme não, fica com um olho fechado e o outro aberto, era umas 2h30 pra chegar no Lins do presídio e eu iria ficar esse tempo todo fedendo.

Talibã: A não, se louco. Para em um motel pra eu tomar banho. Vou chegar na coroa assim não.

Italiano: Beleza — da risada — Tem um ali na frente e roupa no banco de trás.

Ele estaciona e entra no hotel, pego as roupas e subo pro quarto enquanto ele acerta as coisas ali embaixo. Vou diretamente pro banheiro e entro ali, jogando as roupas que estava no lixo e relaxando na água quente dali, lavo bem os cabelos, aparo a barba e faço o corte no grau com a maquininha que tinha ali, ia chegar todo mendigo não.

Fico mais um tempo ali, e saio cheirosinho, me seco e visto a roupa que tinha ali, uma cueca preta, blusa branca da Lacoste e uma bermuda preta da merma marca e no pé um chinelo havaianas branco do Brasil mesmo.

Após tomar banho e tudo, passo um pano no banco do carro e vou pro banco de trás, me deito ali enquanto o Italiano dirigia pro Lins, nem sei em que momento aconteceu, só sei que capotei ali mesmo....

Hotel Caro [M]  Where stories live. Discover now