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Narração da Autora

Naquele mesmo dia, após sair do postinho de saúde, Talibã saiu totalmente transtornado, sequer avisou para sua mulher que estava bem, e que mais uma vez havia voltado pra ela, como prometerá na primeira invasão em que Greco, mais conhecido como Rael comandou.

Talibã subiu pra casa de sua mãe, e lá ele relembrou todos os momentos que tivera com ela, com a mulher que lhe deu a vida! Ele totalmente transtornado pelas coisas que sua mãe haverá lhe dito naquela noite, subiu no quarto de sua mãe e começou a revirar tudo, assim achando todas as provas de que sua mãe não era tão boa quanto ele pensava.

Ele parou ali, e passou horas e horas lendo todas as cartas que ela escreveu, todas as respostas que ela tinha, descobrindo que sua mãe, sua coroa, sua vida como ele costumava chamá-la, na verdade era a verdadeira vilã dali.

A verdadeira culpada!

A noite que estava estrelada, o que entregava que eles venceram mais uma guerra, havia sumido, dando espaço para as nuvens chuvosas e uma grande tempestade.

Ali ao chão, Gael ou melhor, Talibã. Descobriu que sua mãe, sua mãe era a culpada pelas mais de 200 mortes no dia 28 de agosto, e que quem havia atentando contra a vida de seu melhor amigo, havia sido a mando dela, para ver seu filho, seu segundo filho sofrendo por um ódio que ela alimentava sozinha sobre ele, que não tinha culpa de nada.

Talibã chorou, ali ele chorou sozinho. Por saber que não era amado por sua mãe, mais ele a amava, a amava mais que tudo na vida! Ele sabia que se precisasse ele daria a vida dele pela dela, mais sua mão não pensava assim, sua mãe queria de qualquer jeito fazer seu filho sofrer, e o ódio que ela tinha por ele, seu irmão também tinha, no fundo ele sabia que seu irmão tinha inveja dele.

Talibã chorou, e chorou como nunca antes! Levantou e saiu dali, indo diretamente para o forninho e ali, bem ali ele torturou sua mãe e seu irmão o restante da noite inteira, com seu coração em pedaços por estar fazendo isso com sua mãe.

Mais o que mais doeu nele, foi sua mãe gritar em um grito estridente de que nunca deveria ter criado, deveria ter o matado ainda quando criança. Seu irmão, por outro lado, naquele momento ele teve pena de seu irmão, pena por não ter sido forte o bastante para proteger seu irmão caçula, que nasceu 10 minutos depois dele que era a cara de seu pai, ali ele viu, que o ódio que ele tinha dele não era real, ele somente queria ter o que ele tinha, que vendo agora, seu irmão não tinha nada: não tinha o amor de seus pais, não tinha o afeto de seu pai e nem o carinho de sua mãe. E então Rael se permitiu chorar, enquanto era torturado até a morte, pedia desculpa estridentemente pro seu irmão, e quase sem vida disse sua última palavra que foi eu te amo para seu irmão, por outro lado sua mãe dizia até seu último suspiro que o odiava.

Talibã chorou, e chorou dizendo que perdoava seu irmão pro corpo já sem vida dele ali, ele abraçou o corpo de seu irmão e pedia inúmeras desculpas.

Já no hospital naquela noite chuvosa, seu amigo, ou melhor seu irmão, Italiano, como gostava de ser chamado, que teria seu primeiro filho, respirou pela última vez, nos braços de sua amada, que carregava seu filho. Camila sentia que perderia ele pra sempre, enquanto gritava e pedia ajuda para os céus e aos médicos, sua melhor amiga estava ao lado dela a abraçando e tentando dar o apoio que ela precisava.

Naquela noite Talibã não perdeu somente a mulher que lhe deu a vida e seu irmão de sangue, acabou perdendo também seu irmão da vida...

( Último capítulo de hoje! Caso queiram mais, só comentar e/o votar. )

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