010 ━ Lᴀʙᴏʀᴀᴛᴏʀʏ

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┃ ᴼⁱᵗᵒ ᵃⁿᵒˢ ᵃᵗʳᵃ́ˢ

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┃ ᴼⁱᵗᵒ ᵃⁿᵒˢ ᵃᵗʳᵃ́ˢ


- Tchau, Poppy! - Bela e Nancy dizem em uníssono.

- Tchau, Bela! Tchau, Pimentinha!

Sigo em direção ao carro parado na porta da escola. Maggie está escorada na porta me esperando, e quando chego perto o suficiente ela me abraça brevemente, abre a porta e entra. Eu faço o mesmo.

- Oi, pirralha. - Hopper me olha pelo retrovisor.

- Oi, grandão. - dou um sorriso.

- Você vai pra casa ou pra casa na árvore?

- Para a casa na árvore.

Faz dois meses que meus pais morreram. Dois meses que eu não consigo dormir de tantos pesadelos que me assombram. Dois meses tentando suportar a tristeza profunda dentro de mim. E dois meses sendo treinada como uma arma para me vingar dos responsáveis pela morte de meus pais. E depois de tudo, eu e minha irmã passamos a morar com Hopper. A única parte boa disso tudo.

Me despeço da Mag e do Hopper, e sigo para a floresta que vai até o laboratório.

Ando pelo mesmo caminho por tempo suficiente para não confundir as árvores, e dizer que são todas iguais. Chego no portão do laboratório, onde Henry vem me treinando.

Os guardas já me conhecem, então apenas abrem os portões para mim, dizendo que Henry me aguarda na ala sete.

Durante o caminho ouvi gritos na ala restrita. Gritos finos e dolorosos, de crianças como eu provavelmente.

Meu corpo se arrepiou ao ouvir o som. Não consegui conter minha curiosidade, e disparei minha mente por trás da porta. Várias portas se formaram em minha mente, cada uma com um número diferente. No final do corredor havia portas duplas que levavam a uma sala enorme. Procurei pelo dono do grito, mas achei apenas crianças com semblantes agoniados, e sentindo muito medo. Por um segundo me perguntei se Henry sabia que havia crianças ali, sofrendo e gritando de dor.

Mas acabei deixando quieto.

Cheguei até a ala que Henry me esperava, seguindo até a porta entreaberta no fim do corredor.

- Entre, querida. - disse Henry vindo de dentro da sala.

Quando entrei na sala não vi nada além de várias cadeiras enfileiradas com pessoas sentadas nelas. Cada um estava com os rostos cobertos com sacos. Havia mais de dez pessoas ali.

Mas foi o que estava na mesa ao lado de Henry que me fez tremer.

Ao olhar para ele vi o sorriso que se formou em seu rosto.

- A tarefa de hoje é simples, mas possui um intuito essencial. - ele pegou a arma de cima da mesa. - Quero que aprenda a atirar. Neles.

Meus olhos se arregalaram tanto que pensei que iriam saltar de meu rosto. Henry pareceu perceber minha expressão e me tranquilizou:

 𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐎𝐍 𝐅𝐈𝐑𝐄 ━━━ ˢᵗʳᵃⁿᵍᵉʳ ᵗʰⁱⁿᵍˢWhere stories live. Discover now