O Barão - ItaSasu

Frio

Shizune fechou a porta do quarto, no minuto seguinte pulei da cama me ajoelhando em seguida, levantei os cobertores procurando minha caixa onde guardo meus pertences. Puxei a caixa de madeira que estava debaixo da cama, tirei alguns lenços que ficavam por cima quando finalmente encontrei o que procurava.

— As cartas da baronesa... — Não sei se devo entregá-las para o Itachi, além disso, ele sabe que tem um irmão fora do casamento de seus pais? Bem, se isso estava nas coisas do Madara não consigo ter a certeza. — Não me admiro que o Izuna seja o pai, aquele crápula.

Li as cartas várias vezes, queria ter certeza de que não iria faltar nenhum detalhe, embora eu já saiba a conclusão dessa história. A criança morreu pelo o que diz na carta da baronesa, então talvez seja melhor deixar isso de lado, mas a informação de que ela teve um caso com Izuna realmente me preocupa. Guardei as cartas de volta, peguei meu anel que também estava guardado, minha única lembrança da minha família. Agora que aprendi a ler, sei que está escrito "escarlate" no rubi. Por causa desse mal entendido meu nome é diferente de todos nessa casa, mas isso não importa agora.

[ ... ]

— O que você faz aqui, Izuna? — Madara disse sem a menor paciência. — Eu disse para estar fora da cidade hoje cedo.

— Não posso ir agora, pois trago novidades meu querido irmão. — Jogou uma carta no peito de Madara, sem nenhum medo de morrer, Izuna sorria de ponta a ponta. — Abra, vai ficar feliz.

Madara rasgou o envelope e retirou a carta, puxou os óculos colocando no rosto, passou os olhos pela folha calmamente, alguns minutos depois abriu um sorriso presunçoso, retirou os óculos guardou a carta e ficou em silêncio.

— Não tem nada a dizer?! — Izuna o questionou.

— Preciso dizer alguma coisa? Sabe muito bem que é isso o que quero. — Repousou na poltrona, relaxando os braços. — Bem, mas isso não faz com que você esteja livre do castigo Izuna, você ouviu o que Itachi disse.

— É, eu ouvi bem. — Sentou na mesa despreocupado, Orochimaru entra na sala no mesmo instante, então o moreno abre um sorriso. — Mas, eu e o Orochimaru temos uma novidade para contar.

— Temos? — Olhou para Izuna confuso, mas logo entendeu do que se tratava. — Ah sim, temos.

— Falem de uma vez.

Izuna pulou da mesa para ficar de frente pro seu irmão, Orochimaru também se aproximou já que estava metido nessa história por conta de Izuna.

— Se eu não tivesse puxado o Orochimaru para ver com seus próprios olhos você não acreditaria em mim, irmãozinho. — O secretário assentiu. — Vimos Itachi e a empregada aos beijos na calada da noite de ontem.

Os olhos do Uchiha se sobressaíram instantaneamente, Madara passou sua destra sobre o rosto tentando colocar sua cabeça no lugar que foi desconcertada com somente uma frase.

— Precisamos tomar uma atitude, Madara. — Izuna bateu na mesa, Madara o encarou pensando no que poderia fazer para dar um fim naquele estorvo. — Essa mulher já foi longe de mais, se você não tomar providências não vai ser sua filha que vai subir naquele altar.

— Sendo assim... Então é melhor se sentarem, vamos ter uma longa conversa. — Madara respondeu sério, ambos acataram o pedido, já estava mais que na hora de pôr limites nesse relacionamento absurdo que só atrapalhava no progresso de seus planos, a linhagem de sua família dependeria desse casamento, Madara não poderia simplesmente desistir de tudo, ainda mais por conta de uma mera serviçal.