27. Guardasse um segredo

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Talvez se eu...
Guardasse um segredo

Noah Hoffman

Alissa ainda não havia chegado do médico e eu estava prestes a ir buscá-la, quando a sua avó caiu sentada no sofá.

- Vovó Anna! - falei, correndo e a socorrendo no mesmo instante. Ela estava com dificuldade para respirar.

- Tá tudo bem, querido - ela forçou um sorriso.

- Não, não está não - falei, enquanto ela tentava se levantar - Não se levanta, fica sentada aí, você está pálida. Eu vou pegar um copo d'água para você. - falei, fui até a cozinha peguei a água e voltei, entregando em sua mão e esperando-a beber.

- Você é um bom menino, Noah - ela disse, em seu segundo gole. Fiquei em silêncio, eu não sabia bem como responder a aquilo. - Eu queria pedir uma coisa a você...

- Qualquer coisa! - falei, ainda preocupado com o estado de saúde dela.

- Quero que continue cuidando de Alissa, por mim.

- Como assim? - falei, me negando a acreditar no que estava ouvindo - Qual é, vovó Anna? Você mesma vai fazer isso, como você mesma diz, você tem três crianças para criar! - tentei brincar.

- Eu sei... - ela disse, cabisbaixa - Mas temo meu estado de saúde não me deixar cumprir essa minha vontade.

- O que...?

- Noah, eu confio em você - ela disse, segurando as maçãs do meu rosto suavemente - Alissa precisa de uma família, e você é a família dela agora. Minha saúde não está muito boa, e temo por isso, mas enquanto eu puder e conseguir estarei aqui cuidando dela. Mas você tem que me prometer que não vai contar nada para ela e vai cuidar dela se algo acontecer comigo.

- Eu vou cuidar, mas... eu não posso esconder isso, você sabe que...

- Noah, a Alissa está grávida, já passou por muita coisa, devemos a ela um fim de gestação tranquilo. Ela está feliz e isso é o que importa. Me prometa que vai guardar esse segredo! - ela implorou.

- Tudo bem, vovó Anna. Eu guardo o seu segredo.

C

aminhei em passos largos no corredor do colégio, a procura de um rosto conhecido. O encarei de longe, rindo alegremente com seu grupinho, fui me aproximando e a cada passo a raiva que eu sentia aumentava mais.

- E aí, Noah! Meu grande ami... - ele tentou, mas antes que pudesse completar a frase dei um soco de direita no rosto dele. Cole cambaleou para trás, sem entender muito bem aquela briga, um dos seus amigos tsntou me impedir mas também o empurrei, ele desistiu vendo que não podia beter em um lutador. Antes que Cole pudesse se defender continuei batendo nele, com ódio, até ele cair no chão. Chutei suas costelas, sua barriga, enquanto ele tossia. Os alunos formaram uma volta ao redor, estavam filmando a cena, era por volta de umas 6 pessoas segurando celulares. Parei de bater em Cole e o encarei, deitado no chão com dor.

- Nunca mais coloca a culpa de uma merda que você fez em mim! - falei entre os dentes, apontando o dedo em seu rosto.

- Que merda eu fiz, cara? - ele indagou, com dificuldade para falar.

Talvez se eu...Onde histórias criam vida. Descubra agora