Capítulo 13

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Pete levantou a cabeça ao ouvir o som abafado de portas batendo e vozes raivosas enquanto os irmãos continuavam sua briga no quarto de Macau.

Os primeiros três dias depois de trazerem Vegas para casa estavam entre os melhores que Pete se lembrava de ter passado no complexo. Ambos os irmãos fizeram uma pausa temporária em sua programação diária para passar algum tempo juntos. Jogaram videogame - o de tiro favorito de Macau -, almoçaram e jantaram na sala de jantar, antes de irem para o quarto de Vegas para que o irmão mais velho pudesse ler um de seus livros enquanto Macau e Pete conversavam. Brincaram com Veneza, ajudaram-no enquanto praticava a sua caminhada.

No quarto dia - como a maior surpresa da semana, ainda maior que o sequestro - Porsche e Kinn chegaram ao complexo como uma demonstração meio oficial de gratidão à segunda família pelos papéis que desempenharam na extração de Kinn.

A visita durou apenas meia hora, mas como não terminou em banho de sangue já foi um sucesso. Houve até uns cinco minutos em que os primos tiveram uma conversa quase bem-humorada sob os olhos atentos de seus namorados.

Mas agora os irmãos estavam brigando e Pete não sabia o que fazer a respeito. Tudo começou quando Khun Korn voltou de Hong Kong - exatamente uma semana depois de sua partida - e Kinn teve uma discussão com ele. Ficou tão ruim que horas depois ele e Porsche basicamente fizeram as malas e se mudaram para a casa de Porsche. No dia seguinte, Vegas recebeu um telefonema de seu tio pedindo-lhe que adiasse a reunião mensal para o dia seguinte. Quando Vegas pediu a Khun Korn para reagendar porque esse foi o dia que ele reservou para Veneza, o homem simplesmente disse que Tankhun iria ao complexo da segunda família ao mesmo tempo - acompanhado de seus guardas - para assistir o mais jovem Theerapanyakun em seu lugar. Vegas tentou convencer seu tio de que a presença do filho mais velho não era necessária, pois Pete podia assistir a Veneza,

Desde aquele dia, Vegas e Macau brigavam e Pete nem entendia o porquê. Quando ele perguntou ao irmão mais novo Macau disse que queria remarcar sua reunião de negócios para que ele pudesse ficar em casa, mas Vegas não o deixou. Pete não acreditava que uma simples discussão sobre uma questão de agenda pudesse fazer os irmãos gritarem um com o outro à uma da manhã.

Pete olhou para cima quando Vegas entrou no quarto, o outro caminhou ao lado da cama, sentou-se na beirada e se inclinou para frente de modo que seus fios crescidos caíssem em seu rosto, escondendo sua expressão. Pete se ajoelhou atrás dele e colocou as mãos em seus ombros. Ele sentiu como Vegas começou a relaxar quase instantaneamente ao seu toque. Ele colocou os dedos em volta do braço esquerdo de Pete e puxou o pulso para a boca para acariciar o hematoma que ele deixou naquela manhã.

O coração de Pete começou a acelerar desde o primeiro toque e ele deslizou para mais perto para poder apoiar o peito nas costas de Vegas. O outro virou a cabeça, olhou em seus olhos antes de sorrir e agarrar seu antebraço para puxar Pete para seu colo.

Os olhos de Pete se arregalaram e ele sentiu-se endurecer em suas calças como sempre fazia quando Vegas o maltratava com esse olhar em seus olhos. Ele sentiu os arrepios começarem por seu corpo quando o outro deslizou a palma da mão sob o short, até o quadril até que as pontas dos dedos tocaram a parte inferior de sua bochecha, empurrando em um ponto roxo em sua pele que fez Pete gemer.

Sua respiração acelerou de antecipação e ele esperou que Vegas fizesse o próximo movimento, mas o outro apenas olhou para ele enquanto o segurava e acariciava o hematoma sob seu short.

"Vegas?" perguntou Pete quando sentiu que não podia esperar mais.

"Você quer tentar algo novo?" perguntou Vegas, não se movendo mais.

Sombra de Sangue (VegasPete)Where stories live. Discover now