Capítulo 01

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Harry já havia lidado com problemas o suficiente para uma vida, qualquer um concordaria. Ele não tinha interesse em mais conflitos e só queria ter um oitavo ano tranquilo, livre de homens sem nariz tentando dominar o mundo. Era uma pena que seus interesses não fossem levados em consideração pelo universo, pois logo a partida amistosa entre Sonserina e Grifinória se tornou uma carnificina.

Uma batedora da Grifinória havia sido atingida por um balaço lançado deliberadamente contra sua vassoura por um dos Sonserinos. Dois dos artilheiros da Sonserina também estavam no chão e não havia qualquer sinal de que esse excesso cessaria. Harry só poderia ajudar, como sempre fazia, encontrando o pomo o mais rápido possível. Soava fácil, mas a coisinha estava se escondendo particularmente bem hoje.

Harry se desviou de um balaço que caía em sua direção e viu o brilho dourado familiar atrás de uma das arquibancadas. Ele não perdeu tempo em perseguir, mas não foi o único. Malfoy, como sempre, parecia mais preocupado em roubar o pomo de Harry que em encontrá-lo por si mesmo. Eles estavam imediatamente lado a lado, em uma competição pessoal de velocidade e curvas fechadas. Eles estenderam os braços no que deveria ser o último minuto da disputa, mas Harry desviou o olhar brevemente e viu o segundo batedor da Grifinória atingir seu balaço numa direção muito específica.

- Malfoy, cuidado! - Ele tentou avisar à tempo. Aquela competição já havia perdido a graça há muito tempo e receber um balaço estando a esta velocidade daria a Draco mais que um osso quebrado. Apesar disso, seu aviso seria ignorado, então era uma questão de decisão simples, onde ele se amaldiçoou por sempre escolher errado e desistiu de alcançar o pomo em favor de atingir a lateral de Malfoy com força suficiente para que ele saísse daquela trajetória perigosa.

O resultado foi melhor e pior do que Harry poderia antecipar. O balaço de fato cruzou o ar com um assobio alto onde Malfoy esteve há um instante, mas seu golpe podia ter sido um pouco mais forte do que ele calculou. O garoto loiro girou sem equilíbrio e atingiu a lateral de uma arquibancada com força antes de cair de costas de uma altura de quase 7 metros.

Harry não hesitou em mergulhar e aterrissar para pousar ao lado de Malfoy e descobrir se estava tudo bem. O garoto estava desacordado, mas parecia estar respirando. Havia um fio de sangue se infiltrando em seus cabelos platinados e Harry queria se chutar pelo que havia feito. Ele já havia realizado duas faltas e com certeza seria substituído, então não havia outra preocupação em sua mente que não o bem estar de Draco, portanto ele apenas seguiu enquanto a equipe médica retirava Draco do campo com um feitiço de leveza em uma maca branca.

Quando Draco acordou, sua cabeça parecia cheia de vento como um balão, leve demais para ser considerado normal

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Quando Draco acordou, sua cabeça parecia cheia de vento como um balão, leve demais para ser considerado normal. Ele piscou com a luz forte, mas logo haviam vozes também, altas e preocupadas. Ele reconheceu Theo e Blaise. E haviam mais alguns para quem ele estava muito cansado para olhar.

- Madame Pomfrey! Ele acordou! Por favor! - Quem parecia ser Astória estava chamando energeticamente pela enfermeira.

- Não há necessidade de pânico, senhorita Greengrass. - A velha senhora a repreendeu sutilmente enquanto se apressava para cuidar de seu paciente. - Como está se sentindo senhor Malfoy? - Ela perguntou enquanto verificava seu corte na lateral da cabeça.

- Mn... Leve. - Ele respondeu com a língua parecendo especialmente pesada. - Está me deixando enjoado.

- Certo. Finite incantatem! - Ela soltou o que devia ser um feitiço de leveza e, se ele pensou que estava enjoado antes, é porque não havia sentido seu estômago mergulhar daquela forma até então. - E como está agora?

- Mhmm. - Ele apenas gemeu em resposta. - O que aconteceu...? Por que estou aqui? Eu estou morto? - Ele perguntou ao olhar para a outra extremidade de sua cama. Havia uma figura muito bonita em branco, envolta em um halo de luz que o estava encarando com muita veemência.

- Não morto. - Theo respondeu como se fosse uma piada. - Mas não foi por falta de tentativa, você realmente teve uma queda bem feia.

- Se não estou morto. - Ele tentou não pensar sobre a queda da qual Theo falava. - Então por que tem um anjo? - Ele tentou buscar sentido, mas Theodore apenas o encarou confuso e então encarou a enfermeira que parecia igualmente confusa.

- Do que está falando Draco? - Blaise decidiu perguntar. O que só fez Draco temer que estivesse enlouquecendo, ele não podia ser o único vendo, podia?

- Ali. - Ele apontou em direção à figura. - Vocês não conseguem ver?

Diferente do que ele esperava, a figura bonita arregalou os olhos e Blaise segurou uma risada nada sutil contra seu punho, enquanto os outros pareciam em alguns tons de divertidos e preocupados.

- Não faça piadas numa hora dessas. - Astória o cutucou nas costelas em repreensão. - Potter poderia ter te matado lá fora.

- Foi um acidente. - A figura do belo rapaz começou a falar. O halo ao redor dele era, aparentemente o brilho de uma janela em suas costas, mas descobrir isso não o tornou menos bonito. - Eu só queria impedir que o balaço o machucasse.

- Bom trabalho. - Astória retrucou. O garoto pareceu querer dizer algo, mas desistiu encarando Malfoy novamente. - Me desculpe por isso. Não queria que se machucasse.

- Oh. - Muito poderia ser dito sobre Draco, mas não que seu charme natural o abandonaria quando enfrentando uma beleza particularmente agradável como aquela. - É claro que eu desculpo. Isso não foi nada. - Ele sorriu e se apressou em se sentar na lateral da cama, percebendo que Gregory também estava na sala. Ele estendeu a mão em cumprimento. - Sou Draco Malfoy. Prazer em conhecê-lo.

- Eh? - O garoto fez uma careta para sua mão, então uma careta mais estranha para Draco e então apenas encarou madame Pomfrey em confusão.

- Senhor Malfoy.... Não se lembra do senhor Potter?

- Hm. - Draco inclinou o rosto com uma expressão pensativa. - Potter... - Ele tentou reunir alguma lembrança, você é filho de algum amigo do meu pai? - Ele tentou adivinhar, mas só causou mais alguns bufos de diversão e olhares de preocupação. - Desculpe, não sei de onde nos conhecemos.

- Bem. Isso é interessante. - Theo concluiu. Todos pareciam concordar em algum nível.

 Todos pareciam concordar em algum nível

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Notas: Certo. Então esse é o primeiro capítulo que publico na vida e é mais estressante do que eu esperava😅. Prometo não abandonar a história, eu detesto quando autores fazem isso, mas não posso prometer que ela vá ganhar nenhum Pulitzer de literatura. Vou tentar manter divertido.

Me recusei a chamar Blaise e Theodore de Blásio e Teodoro por motivos óbvios e me desculpo com antecedência pelas inconsistências que essa história pode conter. Não sou um poço de originalidade, quase tudo o que eu escrevo é uma releitura do que eu já li. Estou escrevendo por diversão e espero que meus leitores se divirtam também. Todo feedback e conselhos são bem vindos, bons e ruins🤗. Até mais.

Ps: créditos à artista da arte de capa, não sei quem é, mas tirei do Google, não é minha 🙃.

Minhas memórias de vocêWhere stories live. Discover now