Apenas... Te Esperando

Sem testemunhas

Maju já cansada da semana exaustiva, tomava seu café de pé mesmo olhando Diego correr atrás do pequeno coelho no gramado do jardim da sala íntima em seu quarto, a pequena bolinha de pelos presente de Maury ao pequeno. Diego ri ao ver o bichinho roer as folhas das pequenas flores, Maju socorre as flores levando um pedaço de cenoura ao bichinho.                                    _Diego, já falei que ele não deve comer minhas flores, coitadinhas, venha, trouxe cenourinha pra ele, deixe ao lado que ele irá soltar minhas pobres flores. Ele puxa as mechas louras e ri vendo o bolinha feliz já com a cenoura agarrado.
- mama, Bolinha é mais guloso que papai Raul, está sempre com fome, tadinho.

o telefone atrapalha a conversa do pequeno e a mãe, Maju franze a testa vendo a mensagem nada esperada na tela, e logo Edu a porta chamando para o jantar.                                                                   _ filho, venha jantar, e você também Maju, precisamos conversar sobre as minhas férias, no próximo mês.                                                                                                                                                              

 _ não se preocupe comigo e Diego, na próxima semana estamos retornando ao Brasil.                 
 Edu arregala os olhos enquanto pega Diego no colo e estava já saindo da sala, parando na porta e espantado com a conversa iniciada.                                                                                  

 _ Diego meu filho, vai pegar sol em solo brasileiro, e ver vovô? Tem certeza Maju ?.                       
 Maju suspira levando para fora do quarto enquanto caminhavam até a copa.

                                                             No Brasil

Juliano na recepção do hospital envia uma mensagem a Maju, enquanto João se lamenta olhando a mãe pelo vidro da emergência. A bela senhora Raquel não é mais a radiante senhora Andrade de sempre, a doença silenciosa, apareceu e já era um desespero dos enteados e do marido, senhor Alencar não conseguia mais esconder a tristeza, em dezoito anos de convivência, agora um pedido entre suspiros do pai entristecido de mais um momento.
_Encontre Maria Júlia, é hora dela voltar e se despedir da madrasta.

Mateus encara o pai sem acreditar no pedido, mas Juliano se aproxima pegando o terno da cadeira onde estava sentado a noite toda, e interrompe a conversa.                                                               
_não se preocupe pai, ela chega em cinco dias, se não conseguir vir antes por causa da empresa.

Mateus abre um sorriso a meses não se via, João se apega a conversa e abraça Juliano como se pedisse colo.                                                                                                                                                             _obrigado por trazer a mana de volta.

Juliano o afasta e lhe dá um cascudo.                         
_ Moleque idiota, ela vai onde quiser, ninguém manda nela, aprenda a pedir que ela venha até você.

Sr. Andrade apenas suspira, João tem um fio de esperança ao saber da volta da irmã que o mimava, a rotina do hospital está acabando com a saúde de todos. Três dias depois Maju com as malas prontas e os empregados da casa todos tristes com a saída dela e do pequeno da casa, deixando a babá e as duas ajudantes da casa ela apenas observa tudo antes de partir. Raul parecia ainda contrário a decisão, mas nunca iria discutir com ela, ele e Edu se revezaram por esses últimos cinco anos sendo pais de Diego. Uma viagem longa do Canadá até os Estados Unidos e depois São Paulo/Brasil em fim. Raul já tinha pedido ao seu irmão que mandasse um motorista, assim logo levaram Maju e Diego para sua casa, Juliano chega ao condomínio e Diego estava a beira do jardim da casa, uma empregada e os sobrinhos de Raul, Mariele e Jaime filhos de Otávio cuidavam de entretelo, ao escutar a voz do tio, Diego correu pela lateral da casa ao encontro dele, alguém o viu, Juliano o pegou num abraço apertado e riu da carinha de felicidade do pequeno ao ver seu tio.
_ meu tio juju, mãe ele chegou, o tio veio mesmo...