Capítulo 23- parte 1

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Narcissa se encolhe quando o elfo aparata Harry dentro de um quarto. Ela está sempre pálida, mas agora está pálida doentia. Seus olhos refletem o mesmo pavor que Harry sente.

Andrômeda pega sua varinha, mas quando ela vê que é apenas Harry, ela a guarda novamente. Ela está suja, com manchas de sangue no rosto e no vestido, mas não está pálida, muito pelo contrário, suas bochechas estão pintadas com um vermelho raivoso.

Ela não parece assustada.

Ela parece pronta.

É óbvio que ambas estavam no meio de uma briga.

Harry passa por elas, como se estivesse em transe, parando ao lado da cama de Teddy.

Ele não responde quando Harry pega sua mão, mas não parece ferido, seu peito sobe e desce uniformemente, mas ele não vai acordar, não importa quantas vezes Harry sussurre seu nome, não importa o quão alto a voz de Andrômeda soe enquanto ela grita com sua irmã.

- Ele está vivo! Eu o vi com meus próprios olhos. Você não entende?!- Andrômeda ruge pela quinta vez.- NÓS TEMOS QUE IR! Potter, pelo amor de tudo que é sagrado, diga alguma coisa!

- Ele está aqui.- é tudo o que Harry consegue dizer, os olhos no rosto inocente de Teddy.

É difícil falar, quase impossível se concentrar. Ele não sabe se é por causa do choque, da perda de sangue ou da visão de Teddy sem resposta.

- Aqui?- a voz de Narcissa não passa de um sussurro.- Aqui em...casa?

- Sim.

- Inferno maldito!- Andrômeda entra e sai da visão de Harry. Ela está mancando, mas não parece estar ciente.- Tudo bem. Harry vai ficar com Teddy. Você e eu levaremos cada peça de joalheria e ouro que tiver em seu quarto. Suponho que não encontraremos Voldemort em seus aposentos...

- Não fale o nome dele!

Andrômeda continua.

- Assim que fizermos isso, vamos embora. Harry vai carregar Teddy. Nós iremos para Grimmauld e pegaremos Delphini. E então nós fugimos!

- Não podemos sair!- Narcissa diz.- Andrômeda, ele está aqui!

- Sim, podemos, mas o tempo está se esgotando. Temos que nos apressar...

- Lucius modificou as proteções.- Narcissa diz, e Harry acha que a ouviu dizer isso antes.

- Teddy?- ele tenta novamente.- Teddy, por favor, acorde.- se ao menos ele abrisse os olhos ou apertasse a mão de Harry, se ao menos Harry pudesse saber com certeza que Teddy se recuperaria, então ele poderia se concentrar.

- Certamente há uma saída dessa porra de Mansão!

- Não há. Ele nos trancou.

- Não podemos aparatar. Mas podemos ir a pé, tenho certeza. Deve haver alguma coisa, eu sei como os Malfoys são paranóicos! Deve haver um túnel para fora ou...

- Não vou embora sem meu marido e meu filho!

Deus, onde está Delphini? Voldemort mencionou que ela está na Mansão, mas ele poderia ter mentido.

Ela está com medo? Ela está segura? Harry pensa em se levantar, mas Teddy parece tão indefeso.

Em sua mente, ele vê o rosto de Dora, olhos fechados, deitada no chão do Salão Principal, Harry pisca, tentando permanecer na realidade. Teddy não está morto. Ele está respirando, e não parece estar com dor.

Uma parte de Harry insiste para que ele suba na cama e descanse ao lado de Teddy.

- Vamos parar na casa de Draco. depois de pegarmos Delphini. Ele pode vir junto conosco. Ele é inteligente, sua esposa é competente, eles devem ter algum ouro em casa também. Quanto a Lucius, ele escolheu isso, Narcissa! Ele arrastou você para essa merda não uma vez ou duas, mas três vezes! É culpa dele que você está...

Either Must DieOù les histoires vivent. Découvrez maintenant