Corações em Campo│Vondy

📷 31 » Apaixonado

│⚽ Christopher Uckermann│

Minha excitação foi logo substituída pela raiva assim que vi aquele cara no apartamento de Dulce. Senti como se eu não fosse eu mesmo. Não pelo fato de eu ter sentido uma fúria anormal me consumir, mas sim um ciúme anormal. A ideia de Dulce ficar com outro homem me afeta de uma maneira tão extrema, que não posso mais negar. Algo dentro de mim vem mudando desde que comecei a me relacionar com a modelo. Estou muito irritado por ela ter cogitado transar com um cara só pra descobrir quem sabotou a sua maquiagem. Sobretudo isso implica em romper o nosso acordo. A ruiva nem mostrou se importar em me dar um pé na bunda.

Ucker ― É estranho quando uma mulher não fica no meu pé, sabe? {Desabafo, bebendo mais um gole da vodka}

Eu precisava desabafar com alguém. Com o meu pai é impossível abrir o jogo, pois ele consegue ser mais intolerante e insensível do que eu. Liguei para Christian e ele me convidou pra vir ao pub que seu primo inaugurou na semana passada. Relutei um pouco em aceitar, devido às condições que a minha imagem se encontra atualmente. Porém, é como dizem: quem não deve não teme! Há dias eu não saía pra me divertir, e não posso ficar em cárcere privado até finalmente conseguir provar a minha inocência.

Christian ― Haha! {Ele ri} ― A ruiva está fazendo com você o que você sempre faz com as mulheres. {Joga na minha cara}

U ― Fazia. {Corrijo e levanto o dedo indicador} ― No passado. Desde que nós combinamos o acordo, eu só tenho estado com ela. {Digo em tom sério}

C ― Se a Dulce aproveita o sexo entre vocês, você também aproveita, meu amigo. {Aperta o meu ombro}

A ruiva deixa claro que não quer nada de mim além do meu pau.

U ― Mas as coisas podem mudar agora.

C ― Terminaram o lance?

U ― Não. {Nego com a cabeça. Não terminamos com todas as letras e pretendo conversar com a modelo sobre como vamos ficar}

U ― Ela... ela tá querendo transar com outro cara. {Não exponho a história completa}

C ― Qual é o problema? Dá pra continuarem transando mesmo assim, não dá? Você costumava fazer isso com a Linda e... {Ele levanta as sobrancelhas em surpresa} ― Uou! Você se apaixonou pela Dulce.

Engasgo com o líquido que desce pela minha garganta e dou fortes tossidas enquanto dou soquinhos em meu peito.

C ― Não acredito que vivi pra te ver apaixonado. {Ri e termina a sua bebida em um só gole}

U ― Não seja ridículo, Christian. {Reviro os olhos} ― Eu não me envolvo assim com as mulheres. Dulce María é só mais uma com quem já fodi. Ela é como qualquer outra mulher linda e gostosa.

C ― Se continuar mentindo pra si mesmo, você vai acabar pirando.

Aperto o copo entre meus dedos e o olho fixamente.

U ― Dulce é uma mulher fantástica na cama e sabe muito bem como agradar um homem. Mas é só isso. Gosto do sexo que fazemos e não significa que eu esteja apaixonado.

C ― Acho que sei como te ajudar. {Ele apoia o braço no balcão e sinaliza para o barman encher o seu copo novamente} ― Esse lugar tá cheio de gatas. {Olha ao nosso redor} ― Escolha uma e leve-a pra sua casa. {Pisca um olho}

U ― Segundo você, isso me ajuda em que? {Pergunto antes de levar o meu copo à boca}

C ― Não consegue enxergar o que está explícito? Pegue uma das mulheres que está aqui e tire as suas próprias conclusões. Aliás, tente pegá-la. Vai! Vai logo! {Dá tapinhas em minhas costas} ― Aja como o bom e velho Christopher Uckermann.