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Oi manoite.
Minha vidas, quero pedir desculpas pelo meu sumiço e pela falta de capítulo. Eu estou em semana de provas e trabalhos do colégio, então estou vivendo para estudar e fico sem tempo. Além disso, tive alguns problemas pessoais que me desanimaram em vários quesitos e me afetaram na escrita de livros.

E para piorar, porque aqui tudo sempre piora, estou doente. A mami teve a oportunidade de ver nosso Pedaço de mal caminho de pertinho e de tanto gritar, pegar chuva, beber coisas geladas e etc, minha garganta virou a própria desgraça! ( Gente ele é um milhão de vezes mais lindo pessoalmente). Prometo compensar vocês daqui pra frente, okay? Mas não deixo de lembrar a vocês, que os comentários são mais que necessários por aqui.

×100 comentários.
Carmem;

Sabe, fazia tanto tempo que eu não passava por esse tipo de coisa. A última vez foi com o meu pai mas foi bem mais tranquilo, já dessa vez foi aterrorizante porque eu estava com muito medo de levarem o Pedaço, ou, de encontrarem a maconha e a arma comigo. Minha reação na hora, em relação a ter ajudo ele foi pelo fato de que o Jorge precisa de um pai presente e se o Pedaço fosse preso, ele iria mofar em um presídio.. Ele tem passagem, tem um histórico péssimo e querendo ou não, iria sobrar até mesmo pra mim.

Fui tirando minha mão de baixo da cabeça do Jorge, deixando ele encostar no travesseiro fofinho dentro de berço. Afastei minhas mãos puxando a manta fina por cima do corpo pequeno que eu sou completamente apaixonada, e por fim me afastei de vez virando para o outro lado e olhando o Pedaço encostado na porta de braços cruzados. Mexi minha cabeça curiosa e ele balançou a dele levemente.

Pedaço: Tô te devendo desculpas, pô, pelo bagulho que rolou. - Respirei fundo negando.

Carmem: Tá tudo bem, essas coisas acontecem.. eu tô um pouquinho acostumada então sério, tá tudo bem. - Falei caminhando entre o espaço da cama e do berço, parei tirando a minha pulseira e colocando em cima da bancada da escrivaninha.

Pedaço: Independente, ainda assim não devia ter acontecido na presença de vocês dois. Coé, não é da hora ver tua mulher escondendo tua droga, metendo tua arma perto do filho pequeno pra esconder.. Agradeço pra caralho tua atitude mas é um bagulho que tu nunca mais fazer, beleza? - Olhei para ele com atenção. - Independente do resultado, tu nunca mais fazer isso. Não quero tu envolvida nas minhas paradas, não quero o Jorge envolvido nessa merda.

Carmem: Tá bom.. - Assenti com a cabeça. - Foi só o instinto de te manter perto do seu filho por mais um dia.. Não quero que o Jorge cresça sem um pai, já te disse isso várias vezes, nós tivemos nossos pais com a gente até mesmo depois de adultos.. nós dois tivemos tudo, e eu quero que ele tenha até mais do que tivemos. Uma mãe e um pai presentes. Nós dois sabemos a falta que uma dessas figuras pode fazer, o quão ruim é crescer sem um deles, não quero isso pro nosso filho.

Ele se mexer esticando o corpo e estralando alguns ossos, deu um meio sorriso e foi entrando mais no quarto em passos calmos. As mãos no bolso me deram um breve momento de déjà vu, meu tio costumava andar assim pra lá e pra cá, do mesmo jeitinho.. Os dois sempre foram muito parecidos em tudo. Ele parou de costas para a cama e sentou na beirada, erguendo a cabeça e me encarando sério.

Pedaço: Dona Anna, uma hora dessas deve tá pulando de alegria.. - Desviei o olhar dele me sentindo estranha, passei anos sem ouvir esse nome explicitamente. - Pô, geral sabe que a maior paixão dela era tu e agora, tua maior paixão é o nosso moleque. Ela deve tá sentindo maior orgulho disso aí, de tu principalmente.

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