Cap XXXVIII - Se você disser que SIM.

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Pov Wanda

Passamos o dia conversando sobre os últimos acontecimentos. Soube que ela já estava em posse dos outros dois livros, Kaybalion e o Livro do Destino, que por sinal, lhe deram mais trabalho do que o esperado para conseguir, e tínhamos esperança de que algum deles nos proporcionasse a resposta para o que queríamos, ou pelo menos uma direção em que podemos ir.

Porém, o assunto mais importante era a Agatha, a forma como ela estava agindo e principalmente a incógnita de quem ela despertaria, pois se essa pessoa tinha poder e conhecimento, não sabemos se devemos considerar ou descartar como potencial inimigo. Natasha estava frustrada por não poder estar presente, nem no momento dessas conversas, assim como no real momento em que eu for despertá-lo. Isso era perigoso de toda forma, mas mesmo que nesses livros não contenham nada sobre o rompimento dessa nossa ligação, ele com toda certeza, me deixam mais forte.

No fim da tarde, decidimos sair para jantar na cidade, e enquanto Natasha tomava seu banho, me odiando por eu ter negado entrar com ela, olhei as imagens da casa da Agatha, que não me mostraram nada fora do normal, além dela passar algumas horas no andar de cima, antes de colocar alguns papeis na gaveta do móvel da sala, dos mesmos que me entrega com os feitiços. Isso mostrava claramente que o Grimório da minha mãe, estava em algum dos quartos. As coisas estão indo bem entre nós duas, mas esse livro é meu por direito e eu o quero, então na primeira oportunidade, irei recuperá-lo.

Tenho intenção de voltar a Cabana o mais rápido possível, pois não consegui terminar nem mesmo o Vishanti ainda, e agora tinha mais dois livros para estudar, fora que preciso voltar às aulas da Agatha em breve. Pretendendo passar apenas dois dias aqui, então depois que a Natasha sai do banheiro, entro para começar a me arrumar e aproveitar o máximo de sua companhia.

Quando saio ela está devidamente arrumada e deitada na cama, com a cabeça virada para a porta, totalmente entretida no seu celular. O cheiro dela exala por todo o quarto e uma ideia infame me vem a cabeça, então paro silenciosamente na porta, mordendo meu lábio inferior. Será? Quer saber, foda-se.

Tiro a toalha, ficando completamente nua e caminho em passos lentos até a cama. Em um movimento rápido, removo o celular da sua mão e jogo-o em algum local do quarto, enquanto coloco um joelho a cada lado do seu rosto.

_ O que...? – Diz antes que eu sente em sua boca. Levo minhas mãos até o zíper de sua calça, removendo-a em seguida, juntamente com a sua calcinha, e ela parece já ter entendido o que eu quero, pois agarra as minhas cochas por trás, nos apoiando naquela posição.

_ Está me devendo, Romanoff. Ahh... – Suspiro em um gemido manhoso assim que sinto sua língua em mim e não perco tempo fazendo o mesmo com ela, que abre mais as pernas, assim que a toco.

Entre gemidos, lambidas, chupadas e mordidas, gozamos uma na boca da outra e a arrastei comigo para o banheiro onde fizemos questão que ambas gozássemos de novo, dessa vez em nossos dedos. Já estava escuro quando terminamos de nos arrumar entre brincadeiras, e entramos no carro em direção a cidade.

_ Eu gosto disso. – Fala me olhando e faço cara de confusa. _ De nós. – Termina e sorrio.

_ Eu também e senti sua falta. – Digo a olhando e ela retorna sua atenção para a estrada, mantendo-se em silêncio por um tempo.

_ Quando você vai voltar pra lá? – Pergunta.

_ Depois de amanhã.

_ Você não manteve contato da ultima vez e muito provavelmente não fará dessa, como tem mais livros sei que pretende passar mais tempo lá...

_ Sim. Não que eu tenha muita escolha, mas se alguém além de nós souber que contenho todos esses livros, podem vir atrás de mim e... O resto você já sabe.

_ Se alguém os quisesse, teriam os pego antes de nós. – Usa a lógica.

_ Eles podem não querer os livros, mas irão querer parar alguém que, provavelmente, acabará com mais poder do que já tem. – Digo e ela me olha.

_ Você acha que todo esse poder é seguro? Sabemos o que aconteceu quando você estava apenas com um e...

_ Será. – A interrompo. _ Consigo me controlar melhor agora, por mais que toda essa magia seja extremamente tentadora, tenho um objetivo apenas e depois disso... Só quero viver em paz. – Respondo as suas perguntas de forma sincera, mas sinto que o clima ficou tenso e nem precisaríamos estar conectadas para saber disso. _ Você quer saber de algo especifico? – Tento soar compreensiva, o que menos quero é discutir com ela e estragar esse clima agradável.

_ Não. – Se limita em dizer e estaciona o carro em frente ao restaurante que estivemos da última vez. Entramos e nos acomodamos em uma mesa discreta, pedindo o mesmo prato, mas eu não estava satisfeita com a sua última resposta, então tentei insistir um pouco mais.

_ O que te está te incomodando nessa história? – Pergunto e vejo-a se recostar na cadeira, suspirando antes de continuar.

_ Tudo, Wanda. Tudo me incomoda. Podemos jantar e aproveitar nossa noite? Eu realmente senti a sua falta e, queria ficar com você durante esses dois dias, esquecendo todo o resto lá fora... – Ela se aproxima de mim. _ Podemos fazer isso?

_ Claro. – Toco em sua mão passando segurança, mas estar na cara de que está escondendo alguma coisa. Ela puxa um assunto sobre ter pego uma das missões da Yelena, e vai viajar por uns dias enquanto eu estudo os livros, voltando em uma semana. Nossas vidas nunca foram monótonas, sempre tivemos algo à fazer, e ficar paradas em um trailer não era uma delas, porém, isso com certeza, estava ligado a toda essa tensão.

Decidi deixa-la em seu espaço por esses dias, não queria dar outro surto atoa bancando a namorada psicopata. Esse pensamento me arranca um sorriso involuntário.

_ O que foi? – Ela pergunta.

_ Nada, pensando alto.

_ Fala comigo. – Insiste quando percebe que o sorriso não sai da minha boca. Não que eu seja emocionada, nada disso..., mas a hipótese de namorar a Viúva Negra chega a ser cômica, principalmente depois dela ter pedido "tempo" para se acostumar com a ideia de estar com alguém, mas também... Disse que queria uma vida comigo, certo?

_ Não é nada, juro. – Falo tomando um pouco de vinho e ela curva seu corpo para a frente, na minha direção.

_ Você é uma mulher meio maluca, mas... Absurdamente linda, por isso você me tem. – Faz uma cara sexy e todas as minhas dúvidas vão para o ralo. Droga, droga... Será que é uma boa ideia? _ Você está ficando vermelha, está bem? Quer um pouco de água? – Pergunta preocupada.

_ Vou te fazer uma pergunta, mas não se sinta forçada a dizer sim, ok? – Tento, ainda relutante.

_ Se for para transar no banheiro, é com certeza SIM. – Diz com um puta sorriso e eu suspiro olhando para baixo.

_ Não é isso... – Olho na direção do banheiro. _ Talvez depois, mas o que quero saber é... – Pego em sua mão. _ Você... Falou a verdade quando disse que queria viver comigo? – Me olha fixamente.

_ Claro. Não duvide disso, Wanda... – Diz, devolvendo o carinho em minha mão.

_ Acho que podemos dizer que... Demos um grande passo, em termo de relacionamento agora? – Ela pisca algumas vezes, e faz uma cara indecifrável.

_ Isso é alguma tentativa de pedido de namoro? – Pergunta séria.

_ Se você disser que SIM, talvez... – Faço uma careta aguardando sua resposta.

_ Desculpa, mas eu não posso aceitar. – Fala séria e toma um gole de vinho, se recostando novamente em sua cadeira. Mas o que porra foi isso?


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