Cap XLVIII - Oi Scar.

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Pov Natasha.

Chegamos ao Laboratório e o Dr. Torres já estava nos aguardando com uma equipe, que me encaminhou para um local preparado e, depois de tudo devidamente organizado para o parto, Wanda entra, também com roupas apropriadas para estar no quarto. Meu coração estava a mil e pelo rosto da Wanda, a apreensão estava lá também. Não a culpei até começar a sentir contrações descomunais, me dando a certeza de que, se ela ainda tivesse esses "benefícios" em seus dedos, a obrigaria a usar camisinha neles para sempre.

6 horas se passaram quando, depois de conferir minha dilatação, a equipe retornou a entrar no quarto, e o que aconteceu depois desse momento ficará na minha mente para sempre.

Segurava a mão da Wanda com força enquanto o médico me mandava empurrar mais forte, estávamos assim a alguns minutos, a dor não era parecida com as que eu estava acostumada a passar, mesmo sabendo que valeria apena em breve, então tirando o fato de olhar para minha mulher como se ela fosse a culpada daquela tortura e meus apertos em suas mãos estivessem fazendo-a querer gritar, o incrível aconteceu... Foi um pequeno gemido a princípio, mas lá estava o choro que soou como a melhor das canções em meus ouvidos, sorri de imediato e Wanda também, enquanto nos encarávamos.

Ambas estávamos emocionadas pelo momento quando olhamos em direção a nossa filha pela primeira vez, e uma das enfermeiras estava se encaminhando para um local do quarto com ela.

_ Para onde ela vai? – Pergunto para Wanda, em lágrimas que insistiam em continuar caindo.

_ Calma, eles só vão limpá-la. – Foi ela me informar e a enfermeira trazê-la à mim, colocando-a em meu peito. Tinha poucos cabelos ruivos em sua cabeça, uma pele leitosa e mãozinhas fechadas, assim como seus olhinhos. Mas no segundo seguinte ela os abriu e os direcionou para mim, soltando um pequeno gemido, e foi como olhar nos olhos da Wanda, transparecendo tudo o que me fez me apaixonar por ela... Sorri e não pude conter mais lágrimas caírem, com a tamanha felicidade que eu estava sentindo.

_ Oi Scar... – Falo baixinho e vejo Wanda se abaixar sorrindo, encostando seu rosto no meu, me beijando enquanto soluçava e olhava a nossa filha nos olhos pela primeira vez.

_ Oi Scar! – Diz e sorri pra mim. _ Você é fruto de um lindo amor e viverá cada dia tendo a certeza disso, filha... Te amamos muito, seja bem vinda. – Fala e ficamos naquela bolha, só nós três, com uma enorme felicidade em meu peito gritando que haveria muitos momentos como esse a partir de agora... Essa era a nossa vida, era a nossa família...

Dois dias depois estávamos em casa e fomos recebidas por Yelena, Clint e Laura na porta, todos entusiasmados para conhecer a nova integrante da família. Sem dúvida, essa foi uma das poucas e exclusivas vezes que vi minha irmã chorar, ela até tentou ser ficar firme, mas ao ouvi-la, Scar deu um lindo sorriso e soubemos na hora que existiria uma linda história ali.

Scar praticamente não precisava de berço pelos dias que se seguiram, revezando entre o meu colo, o da Wanda e o da Yelena. Tudo parecia ser tão precioso que queríamos ter o máximo de tempo com ela. Me recuperei rápido do parto, estávamos em um casulo nosso nas primeiras duas semanas, aprendendo como e vivendo com uma recém-nascida agitada, claro que havia momentos em que nos perdíamos, como a primeira vez que ela sentiu dores por gases e isso sem dúvida será cômico, quando passarmos dessa fase inicial.

Estava noite e esse hoje, definitivamente não era meu turno, precisava descansar um pouco então subi para o quarto, tomei um belo banho e me deitei na minha cama espaçosa, removendo algumas coisas da Scar que estavam em cima da mesma. Foi o tempo apenas de suspirar relaxando e vejo a porta do quarto ser aberta.

_ Oi, já está dormindo? – Wanda pergunta em meio ao escuro do quarto.

_ Não, aconteceu algo? – Acendo o abajur do meu lado da cama.

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